sábado, 11 de setembro de 2021

     O relatório Focus, elaborado a partir de uma pesquisa de expectativas com cerca de 120 profissionais do Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Gerin) provenientes de bancos, corretoras e outras instituições financeiras, apresenta o levantamento das expectativas do mercado apresentando as previsões para os índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. A análise da sala de ações é centrada em sete indicadores: PIB, IPCA, IGP-M, Meta da taxa Selic, Dívida Líquida do Setor Público, Balança Comercial e a Taxa de Câmbio. Com a proximidade do fim do ano, as expectativas dos agentes tendem a se manterem estáveis

    Índice de Preços ao consumidor Amplo (IPCA), Calculado pelo IBGE e considerado o índice oficial de inflação no Brasil, as expectativas de mercado para 2021, apresentam mais uma semana de alta considerável, passando de 7,27% para 7,58% atualmente, persistindo com alta, há 22 semanas. O IPCA mede a variação de preços de mercado para o consumidor final, captando a inflação para famílias com renda média mensal entre 1 e 40 salários mínimos.

    Já o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que é calculado pela fundação Getúlio Vargas (FGV), reflete a inflação sob a ótica da oferta e capta variações nos preços de atacado, preços ao consumidor e preços da construção civil (com pesos respectivos de 60%, 30% e 10%). A expectativa mediana do índice para o fim do ano, teve uma queda de 19,65% para 19,31%, voltando para onde estava a 4 semanas atrás, e quebrando a tendência de aumento que teve durante as últimas seis semanas atrás.

    A taxa Selic, para o fim de 2021, voltou a crescer depois de ficar estável semana passada, indo para 7,63%. A Selic é considerada a taxa de juros básica da economia brasileira, na qual é utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração diária, servindo também de referência para as demais taxas de juros da economia.  

    A expectativa de crescimento do PIB brasileiro para o fim do ano volta a cair pela quarta semana consecutiva, apresentando expectativa de 5,15%, uma queda alta, quando comparado aos 5,22% da semana anterior. O crescimento da economia é medido pelo aumento do Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde à soma de todos os bens produzidos pelo país no intervalo de um ano.

    Dívida líquida do Setor Público que corresponde à diferença entre passivos e ativos acumulados pelas três esferas do governo, incluindo o Bacen, e pelas empresas estatais, de modo que é possível manter estabilizado o endividamento com crescimento de passivos e ativos simultaneamente. Após 5 semanas de estabilidade volta a reduzir pela segunda semana, saindo de 61,30 para 61,15.

    A taxa de câmbio que é tida como preço de uma moeda estrangeira, em termos da moeda local. Impactada pela taxa de câmbio, a balança comercial é expressão do saldo das exportações subtraídas as importações realizadas pelo país. Com isso, a expectativa da taxa de câmbio real/dólar para 2021, subiu para em R$5,17 na semana, enquanto a expectativa relacionada a balança comercial para o fim do ano, tem um aumento indo para US$ 70,80, saindo da estabilidade que apresentou durante algumas semanas.

Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

Analista acadêmico: Layanne Lima Melo

Robert Figueiredo de Queiroz













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