O relatório Focus, elaborado a partir de uma pesquisa de expectativas com cerca de 120 profissionais do Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Gerin) provenientes de bancos, corretoras e outras instituições financeiras, apresenta o levantamento das expectativas do mercado apresentando as previsões para os índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. A análise da sala de ações é centrada em sete indicadores: PIB, IPCA, IGP-M, Meta da taxa Selic, Dívida Líquida do Setor Público, Balança Comercial e a Taxa de Câmbio. Com a proximidade do fim do ano, as expectativas dos agentes tendem a se manterem estáveis
Índice de Preços ao consumidor
Amplo (IPCA), Calculado pelo IBGE e considerado o índice oficial de inflação no
Brasil, as expectativas de mercado para 2021, apresentam mais uma semana
de alta considerável, passando de 7,27% para 7,58% atualmente, persistindo com
alta, há 22 semanas. O IPCA mede a variação de preços de mercado para o
consumidor final, captando a inflação para famílias com renda média mensal
entre 1 e 40 salários mínimos.
Já o Índice Geral de Preços de
Mercado (IGP-M), que é calculado pela fundação Getúlio Vargas (FGV), reflete a
inflação sob a ótica da oferta e capta variações nos preços de atacado, preços
ao consumidor e preços da construção civil (com pesos respectivos de 60%, 30% e
10%). A expectativa mediana do índice para o fim do ano, teve uma queda de
19,65% para 19,31%, voltando para onde estava a 4 semanas atrás, e quebrando a
tendência de aumento que teve durante as últimas seis semanas atrás.
A taxa Selic, para o fim de 2021,
voltou a crescer depois de ficar estável semana passada, indo para 7,63%. A
Selic é considerada a taxa de juros básica da economia brasileira, na qual é
utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração
diária, servindo também de referência para as demais taxas de juros da
economia.
A expectativa de crescimento do
PIB brasileiro para o fim do ano volta a cair pela quarta semana consecutiva,
apresentando expectativa de 5,15%, uma queda alta, quando comparado aos 5,22%
da semana anterior. O crescimento da economia é medido pelo aumento do Produto
Interno Bruto (PIB), que corresponde à soma de todos os bens produzidos pelo
país no intervalo de um ano.
Dívida líquida do Setor Público que
corresponde
à diferença entre passivos e ativos acumulados pelas três esferas do governo,
incluindo o Bacen, e pelas empresas estatais, de modo que é possível manter
estabilizado o endividamento com crescimento de passivos e ativos
simultaneamente. Após 5 semanas de estabilidade volta a reduzir pela segunda
semana, saindo de 61,30 para 61,15.
A taxa de câmbio que é tida como
preço de uma moeda estrangeira, em termos da moeda local. Impactada pela taxa
de câmbio, a balança comercial é expressão do saldo das exportações subtraídas
as importações realizadas pelo país. Com isso, a expectativa da taxa de câmbio
real/dólar para 2021, subiu para em R$5,17 na semana, enquanto a expectativa
relacionada a balança comercial para o fim do ano, tem um aumento indo para US$
70,80, saindo da estabilidade que apresentou durante algumas semanas.
Coordenador:
Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
Analista
acadêmico: Layanne Lima Melo
Robert
Figueiredo de Queiroz
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