Com o cenário da pandemia em pleno vigor, o IBGE divulga dados do segundo trimestre de 2020, registrando retração de -9,7% do PIB. Essa é a maior queda trimestral do PIB brasileiro desde o início da divulgação dos dados, na década de 80. A retração se deu em diversos componentes do PIB, mostrando assim, uma deterioração generalizada e significativa da atividade econômica. Esta não é uma virtude somente da economia brasileira; é também do resto do mundo. A diferença é que ainda estamos em um cenário mais otimista que os demais.
Aproveitando a recuperação das informações, as expectativas de crescimento da economia, antes da pandemia, era de +2,3%. Nem os mais pessimistas analistas podiam esperar um cenário de queda de -5,52% (conforme boletim focus da semana 34) da economia brasileira. É bem verdade que no mundo o registro de expectativas para a atividade econômica de 2020 giram em torno de -10%.
Observando nossa base de dados divulgada em 01.09.2020, ressalta-se o valor do PIB a preço de mercado de R$ 1.653,0 bilhões, ante ao valor de R$ 1.803,4 bilhões do primeiro trimestre. Já o consumo registra uma queda de R$ 1.162,2 Bi para R$ 1.002,7. Chama a atenção também a queda da conta Formação Bruta de Capital Fixo, ou seja, o volume que representa o quanto as empresas aumentaram (ou neste caso reduziram) os seus bens de capitais. Este indicador reflete a capacidade de produção do país frente a onda de confiança de seus empresários. Em outras palavras, pode-se associar este indicador ao nível de INVESTIMENTOS de uma economia (nível de construções, compras de máquinas novas, formação de novas áreas de produção do agronegócios, estoques de mercadorias, etc). O volume financeiro passou de R$ 285,1 bi ara 247,5 bi.
Para compensar nossas contas negativas, lançamos olhares para a nossa balança comercial. Observando a série de exportação, que vinha menor que a importação desde o segundo trimestre de 2019, o segundo trimestre de 2020 apresentou R$ 324,33 bilhões contra importações na ordem de R$ 264,29 bilhões; um alento para nossas expectativas otimistas quanto a recuperação econômica (parte dela devida aos negócios da agropecuária brasileira). Dessa forma, entretanto, pode-se inferir que os dados trimestrais sinalizam que o pior momento já tenha passado, basta ver os dados mensais e o boletim Focus, do Banco Central, que já aponta uma inversão da queda.
A velocidade da recuperação tem sugerido que a reforma tributária (que pressupõe a capacidade de arrecadação do Governo), além da reforma administrativa que mede o tamanho do Estado, definirão os instrumentos críveis para consolidação de nossas expectativas de crescimento econômico. O olho no fechamento de diversas empresas torna-se uma preocupação recorrente para o nível e Investimentos delineados para nossa atividade econômica.
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