Quinta-feira, 14 de março de 2013.
Enfoque nas bolsas de valores de quarta-feira:
- O Ibovespa encerrou o dia com queda de 1,41%, a 57.385 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 7,72 bilhões. Segundo a agência Reuters, as negociações na bolsa paulista azedaram na tarde desta quarta-feira, após rumores sobre um possível rebaixamento do rating de crédito soberano do Brasil ganharam força nas mesas de operações. As agências Moody's e S&P negaram qualquer mudança na nota do país, enquanto a Fitch não comentou o assunto, de acordo com a agência. As ações preferenciais da mineradora Vale caíram 3,72%, sendo a principal pressão de baixa para o Ibovespa. Operadores citaram a notícia de que o governo da Argentina ameaça revogar a concessão da mineradora no projeto de potássioRio Colorado. Fonte: O Globo
Notícias relevantes dessa quinta-feira:
- A Standard & Poor"s (S&P) anunciou ontem a revisão para baixo da perspectiva de risco de seis bancos de médio porte brasileiros: BicBanco, Fibra, Intermedium, Mercantil do Brasil, Paraná Banco e Indusval. A perspectiva de todos passou de "estável" para "negativa". "Vemos que o risco da indústria no setor bancário brasileiro como crescente", diz a S&P em comunicado. Na opinião da agência, a classificação de risco dos bancos pode piorar em algum momento nos próximos seis meses a dois anos. Para a S&P, o forte crescimento do crédito entre os bancos públicos somado à pressão do governo pela redução dos spreads criou "distorções" no mercado. Fonte: Valor Econômico
- Depois de registrar o pior fevereiro em vendas desde 2010, o mercado de carros novos ainda não reagiu em março, conforme esperavam as fabricantes. Os estoques seguem elevados, beirando os 40 dias, e a expectativa se volta para a segunda metade do mês, quando a maioria das marcas pretende realizar campanhas e feirões chamando a atenção do consumidor para a nova alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 1º de abril. Entre o fim de maio e dezembro, o IPI dos carros 1.0 foi zerado e o dos modelos até 2.0 foi reduzido à metade. Em janeiro, a alíquota voltou a ser cobrada gradualmente e a maioria das empresas repassou a diferença aos preços para os veículos da linha 2013, em índices que variaram de 1% a 5%. Fonte: O Estado de S. Paulo
- A presidente Dilma Rousseff autorizou integralmente o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a levar adiante a proposta de criação do fundo que vai repassar recursos do Tesouro Nacional para o sistema bancário privado e público. Seu formato ainda está em discussão. Ele pode vir a receber dinheiro barato do Tesouro e repassá-lo para os bancos para que o sistema financeiro seja incorporado ao financiamento de infraestrutura. Ou pode usar parcial ou integralmente R$ 15 bilhões de depósitos compulsórios para empréstimos-ponte aos vencedores das concessões. A característica desse fundo, portanto, ainda está sob debate. Não está claro para os técnicos do governo se é preciso ter o financiamento e as garantias, só os financiamentos ou apenas as garantias. A única coisa certa é que a presidente Dilma Rousseff colocou na rua o maior programa de privatização que o país já viu. Até a conclusão dos editais, o projeto de criação do fundo terá que estar pronto, o que é previsto para junho deste ano. Fonte: Valor Econômico
- A crise na Zona do Euro continua repercutindo negativamente na produção das indústrias da região, que caiu mais do que o esperado no início de 2013, com recuos na França e Alemanha. A produção de maquinário para fazer outros bens, um indicador que mede a confiança das empresas na realização de negócios futuros, recuou 1,2% em janeiro ante o mês anterior, e a produção de bens duráveis, como carros e móveis, caiu 1,4% no mesmo período. Alemanha e França, as duas maiores economias da Zona do Euro, registraram contração da produção; os dados para a Itália não foram fornecidos pela Eurostat. A produção industrial, com dois terços dela gerados pela Alemanha, França e Itália, também sofreu queda de 1,3% na comparação anual em janeiro. A produção industrial nos 17 países que compartilham o euro recuou 0,4% em janeiro ante dezembro, ampliando os sinais de que o bloco está enfrentando dificuldades para sair da recessão. Fonte: Correio Braziliense
- A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), que reúne as torrefadoras e processadoras de café, informou ontem aos supermercados que não terá condição de reduzir os preços de seus produtos em 9,25%, conforme foi anunciado na última sexta-feira pelo governo, por causa da desoneração do PlS/Cofins de oito produtos da cesta básica, entre eles o café torrado e moído. O motivo alegado pela Abic, em nota enviada à Associação Paulista de Supermercado (Apas), é que o setor já tem um regime de tributação especial. "Tendo sido cancelado o crédito presumido de 7,4%, concedido pelo governo para a indústria na desoneração prevista na MP n° 609, fica a indústria do café impossibilitada de assumir os aumentos de custos resultantes da diferença com o PIS/Cofins de saída, igual a 9,25%, sob pena de assumir prejuízos", diz a nota. Fonte: O Estado de S. Paulo
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
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