Quarta-feira, 06 de março de 2013.
Enfoque nas bolsas de valores de terça-feira:
- O Ibovespa caiu 0,97 por cento, a 55.950 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 7,95 bilhões de reais. O setor de construção foi a principal influência negativa para o índice, na contramão dos mercados externos, com investidores cautelosos à espera de sinais sobre os rumos dos juros no Brasil. Investidores seguiam na expectativa pelos resultados da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que serão conhecidos na quarta-feira. A BM&FBovespa também anunciou nesta terça-feira benefícios para todos investidores que fazem operações de day trade e tabela progressiva de descontos de tarifas, com base no volume financeiro de negociações. Neste caso, as medidas valem a partir de dezembro. Fonte: REUTERS
Notícias relevantes dessa quarta-feira:
- Praticamente um mês após o último reajuste (30/1), a Petrobras anunciou ontem à noite aumento dos preços do óleo diesel, a partir de hoje. Autorizada pelo governo, a segunda correção do ano será de 5% nas refinarias, sem impostos, e visa a melhorar o caixa da estatal. A alta anterior foi de 5,4%, além de 6,6% para a gasolina. O reajuste do diesel tem impacto pequeno no IPCA, índice da meta de inflação do governo. O aumento do diesel terá efeito maior no IGP-M: de 0,10 a 0,15 ponto percentual em março. O índice de inflação, que em fevereiro ficou em 0,29% (acumulando 8,29% em 12 meses), corrige contratos de aluguel no país. Técnicos do setor de distribuição estimaram que o impacto nas bombas deverá ficar entre 3% e 4%, caso seja feito apenas o repasse do aumento dado nas refinarias. O novo aumento surpreendeu executivos e especialistas do setor. Eduardo Velho, economista-chefe da Planner Prosper, diz que o reajuste reduziu a defasem dos preços do diesel em relação ao mercado internacional, em torno de 20% para cerca de 17%. Ele lembra que a alta indica que o governo não pretende elevar o preço da gasolina a curto prazo, devido ao impacto na inflação. Fonte: O Globo
- Depois do fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, decidiu se reunir com os representantes do setor produtivo para traçar uma estratégia para impulsionar a atividade este ano. Mantega receberá hoje em seu gabinete pesos pesados da economia, os presidentes de seis confederações patronais. É uma tentativa de evitar que 2013 repita o tímido crescimento de 0,9% do ano passado. Em 2009, governo e setor privado criaram o Grupo de Acompanhamento da Cri-se(GAC), para discutir os impactos da turbulência externa sobre a economia brasileira. Sob a mesma sigla, o encontro mudou de nome e passou a ser chamado de Grupo de Avanço da Competitividade. No governo de Dilma, porém, essas reuniões tomaram-se mais escassas. Fonte: O Estado de S. Paulo
- Em seu último discurso antes de transferir o cargo a Li Keqiang, o primeiro-ministro Wen Jiabao anunciou que a China vai aumentar gastos e dívida pública para alcançar crescimento de 7,5% em 2013 e reforçar os esforços para mudar a estrutura de sua economia, com elevação do consumo doméstico. A meta de 7,5% para a expansão do PIB é a mesma do ano passado, quando os dirigentes chineses abandonaram a mágica cifra de 8% e deram adeus ao crescimento médio anual de 10% que havia vigorado por três décadas. Em 2012, o PIB da segunda maior economia do mundo aumentou em 7,8%, a menor taxa desde 1999, com forte desaceleração em relação aos 9,2% registrados em 2011 e aos 10,3% de 2010. O menor índice é considerado mais sustentável, mas continua acima da média de 7,0% prevista no Plano Quinquenal para o período 2011-2015, que enfatiza a necessidade de estimular a demanda doméstica e reduzir a dependência de investimentos e exportações como fonte de crescimento. Apesar da retórica oficial, poucas mudanças estruturais foram realizadas nesse sentido e os investimentos continuam a ser o principal motor da expansão do PIB. Fonte: O Globo
- O governo vai editar até o fim do mês decreto com a criação da Agência Brasileira Gestora de Fundos e Garantias (ABGF). Chamada pelo setor de Segurobrás, a nova estatal terá papel-chave no apoio à oferta de garantias para os grandes projetos de concessões de infraestrutura. A equipe econômica trabalha para que a seguradora, que terá sede em Brasília, esteja em pleno funcionamento no segundo semestre, quando editais de concessões já estarão na rua. A oferta de garantias pela ABGF se soma a duas outras iniciativas no governo que formam um tripé de apoio às novas concessões: estímulos ao financiamento privado e ao mercado secundário de debêntures (títulos privados) emitidos pelos empreendedores. O governo está discutindo como poderá oferecer recurso (funding) barato para bancos privados aumentarem o crédito para infraestrutura. Fonte: O Estado de S. Paulo
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
0 comments:
Postar um comentário
Agradecemos seu comentário.