Enfoque nas bolsas de valores de quinta-feira:
- O Ibovespa encerrou a sessão em baixa de 0,56%, aos 58.077,31 pontos. O índice ficou no vermelho durante todo o pregão. Na mínima, recuou 1,12%, aos 57.751 pontos e, na máxima, ficou estável, aos 58.406 pontos. O giro financeiro também foi o pior do ano, totalizando R$ 5,321 bilhões. Os dados desanimadores de crescimento econômico na zona do euro e no Japão aumentaram a aversão ao risco e levaram a Bovespa a renovar a pontuação mínima do ano. As companhias ligadas a commodities foram as mais prejudicadas, com Vale caindo mais de 1%. Os papéis da companhia também foram pressionados pela divulgação de um balanço fraco da concorrente anglo-australiana Rio Tinto, que anunciou seu primeiro prejuízo líquido anual em 2012 Fonte: ESTADÃO
Notícias relevantes dessa sexta-feira :
- A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) prevê que a produção brasileira de óleo diesel vai saltar de pouco mais de 40 milhões de m3, atualmente, para mais de 80 milhões de m3 em 2018. A expectativa da autarquia considera projetos de refino incluídos no plano de negócios 2012-2016 da Petrobras. Alguns desses empreendimentos, no entanto, ainda estão em avaliação pela estatal. No boletim "Evolução do mercado de combustíveis e derivados: 2000-2012", divulgado ontem, a agência considerou que a primeira fase da refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, entrará em operação no fim de 2014. Já a segunda etapa dará a partida em maio de 2015, agregando no total 230 mil barris/dia à capacidade de processamento do parque de refino nacional. A autarquia também listou os pontos críticos para a evolução do mercado de combustíveis e derivados no Brasil. Segundo a agência, há um gargalo "relevante" na capacidade dos terminais, "especialmente devido ao aumento do volume de importação de diesel e gasolina, que passaram a competir por espaço". Fonte: Valor Econômico
- A economia da zona do euro esfriou no trimestre passado no ritmo mais rápido em quase quatro anos, à medida que a desaceleração da atividade mundial e profundas recessões ao longo da fronteira meridional da zona da moeda única contaminaram potências como a Alemanha e a França. O relatório sobre o Produto Interno Bruto (PIB) produzido pela agência de estatísticas da União Europeia ressalta um risco crucial para o bloco da moeda única, quando a crise da dívida na Europa entra em seu quarto ano. O PIB da zona do euro caiu 0,6% no quarto trimestre, em comparação com o terceiro, de acordo com o relatório do Eurostat. Isso se traduz em uma queda anualizada de 2,3%, de acordo com o economista Greg Fuzesi, do J. P. Morgan. Economistas esperavam uma queda de 0,4% no trimestre. Foi o terceiro declínio trimestral consecutivo do PIB e o quinto trimestre consecutivo em que o PIB do bloco de países da moeda única não cresceu. O PIB da Alemanha, maior economia na Europa, recuou 0,6% em relação ao trimestre anterior, devido a uma queda das exportações e do investimento, o que equivale à taxa anualizada de 2,3%. O PIB da França, segunda maior economia do euro, encolheu ao ritmo anualizado de 1,1%. Fonte: Valor Econômico
- O Produto Interno Bruto (PIB) real do Japão caiu no período outubro-dezembro pelo terceiro trimestre consecutivo, quando mais uma vez a desaceleração da economia mundial pôs a nu a dependência do país das exportações. O PIB encolheu à taxa anualizada de 0,4% no trimestre outubro-dezembro, comparativamente ao trimestre anterior, segundo revelaram ontem dados divulgados pela Secretaria de Governo do Japão. Agravando ainda mais o quadro, dados do trimestre anterior, julho-setembro, foram corrigidos para baixo, para uma taxa anualizada de queda de 3,8%, a partir dos 3,5% anteriores. dados inferiores aos projetados indicam que os principais motores do crescimento do Japão - as exportações e os gastos corporativos com bens de capital - continuam a revelar fragilidade. No período de três meses, as exportações caíram pelo segundo trimestre consecutivo, à taxa anualizada de 14%, enquanto as importações recuaram 9% anualizados. No total, a queda da demanda externa subtraiu 0,2 ponto percentual do PIB. Os gastos privados em bens de capital caíram 9,9% anualizados, pelo quarto trimestre seguido. Os estoques também diminuíram, contribuindo com 0,2 ponto percentual para o decréscimo total do PIB. Fonte: Valor Econômico
- A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) espera que as vendas no setor tenham um crescimento "consistente" em relação a 2012, mas alerta que a alta será menor que a registrada no ano passado, de 6,75%, na comparação com 2011. A entidade estima um avanço "não tão grande como 2012, mas um crescimento", disse Ana Paula Bastos, a economista do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), parceiro da CNDL na divulgação de dados mensais de vendas e inadimplência no setor. O avanço será influenciado, segundo a economista, pelo cenário de inflação e juros controlados e aumento de investimento, que gera emprego e renda. As desonerações promovidas pelo governo, segundo Ana Paula, vão controlar a inflação, que teve "um aumento pontual e sazonal" em janeiro. As vendas do varejo apresentaram alta de 3,88% em janeiro em relação ao mesmo mês de 2012, segundo dados divulgados ontem pela entidade. Já para a inadimplência, a economista do SPC estima que haverá alta até abril e, depois desse período, será iniciado um período de "arrefecimento", terminando o ano em menor patamar que o registrado em 2012. Esse movimento é provocado pelo grande volume de vendas no Natal, aliado aos compromissos de início do ano, como compra de itens escolares, além de tributos (IPTU e IPVA). Fonte: Valor Econômico
- A emissão de títulos soberanos no exterior saiu do radar de curto prazo do governo brasileiro, que prefere não correr o risco de pagar taxas mais altas do que as obtidas nas últimas operações, segundo apurou o Valor. O país não precisa captar recursos no exterior para atender sua necessidade de financiamento, estimada em R$ 12 bilhões em 2013. As emissões são feitas para servir de referência e abrir espaço para que o setor privado também busque dinheiro fora do país. Como as condições estão menos favoráveis, em função da alta na taxa de retorno dos títulos da dívida americana (que servem de parâmetro para as emissões), uma colocação de papéis do Brasil sairia com taxas superiores às verificadas em operações anteriores. No ano passado, o Tesouro levantou US$ 2,175 bilhões por meio de duas operações que bateram recordes de baixa em termos de taxa. O Global 2021, em janeiro, na reabertura de uma operação anterior, garantiu rendimento ("yield") de 3,45% ao ano para o investidor, enquanto o Global 2013, vendido em setembro, teve taxa de 2,69%. Na hipótese de o Brasil ir a mercado e o prêmio pedido ser o mesmo, a taxa ficaria ao redor de 3,2%, acima da registrada naquela ocasião. Fonte: Valor Econômico
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
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