Quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013.
Enfoque nas bolsas de valores de quarta-feira:
- O Ibovespa recuou 0,16 por cento, a 58.405 pontos, numa sessão instável o índice oscilou entre alta e queda de cerca de 0,4 por cento. O giro financeiro foi de 11,4 bilhões de reais. O retorno após o recesso de Carnaval foi "morno", segundo operadores, com ajustes para o exercício de opções sobre índice na Bovespa e o vencimento de Ibovespa futuro na BM&F. Também foram observados movimentos de correção em relação aos preços de papéis de empresas brasileiras negociados em Nova York (ADRs). Em relatório nesta quarta-feira, analistas técnicos da Itaú Corretora afirmaram que o Ibovespa permanece em tendência de baixa no curto prazo, com suporte em 58 mil pontos. Se perder esse patamar, o índice pode afundar até os 55.100 pontos. Fonte: REUTERS
Notícias relevantes dessa quinta-feira:
- A falta de mão de obra é apontada por muitos economistas como um entrave ao crescimento mais forte da economia. No Banco Central, porém, existe a visão de que o problema está sendo ao menos minorado pelo aumento da produtividade dos trabalhadores. O nível de educação do brasileiro que trabalha aumentou bastante. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que a escolaridade média dos brasileiros com mais de 25 anos aumentou de 5,6 para 7,2 anos entre 2000 e 2011. Em termos proporcionais, é um avanço de 28%, maior que o observado na China e na Índia. Fonte: Valor Econômico
- A demanda por investimentos públicos e privados continua crescendo tanto nos países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento, impulsionada pela alta do padrão de vida, urbanização ou até pelas mudanças climáticas, mas o financiamento seguirá diminuindo, tendência que preocupa governos e setor privado do G-20. Stephen Cecchetti, economista-chefe do Banco Internacional de Compensações (BIS), estima que o déficit nos investimentos em infraestrutura seja de US$ 2 trilhões por ano. Em entrevista ao Valor, na cúpula de agosto, o vice-ministro de finanças da Rússia, Sergey Storchak, ressaltou a importância de o G-20 tomar decisões para estimular novas fontes de crédito para investimentos de longo prazo, mas informou haver resistências no grupo das maiores economias, principalmente dos Estados Unidos. Levantamento apresentado no seminário em Moscou revela que as operações de "project finance" em infraestrutura globalmente caíram dramaticamente, de US$ 300 bilhões em 2007, quando começou a crise, para US$ 100 bilhões no ano passado. Fonte: Valor Econômico
- O cerco do governo aos produtos importados suspeitos de práticas desleais de competição, cada vez mais intenso no governo Dilma Rousseff, ganhará um reforço a partir do mês que vem. Para agilizar a análise das reclamações crescentes da indústria nacional, a equipe do governo ganhará 90 investigadores de defesa comercial a partir de março. Eles se somarão aos 30 técnicos atuais. O país já é líder na abertura de processos antidumping e foi apontado como um dos principais responsáveis pelo crescimento dos casos globais no último relatório da OMC (Organização Mundial do Comércio), de 2012. Antidumping é o nome da medida de proteção a setores produtivos afetados quando um item chega a um país por um preço inferior ao valor normal praticado em seu mercado de origem. Um novo marco regulatório de defesa comercial está praticamente pronto e deve ser publicado em breve. A principal mudança é o encurtamento no prazo das etapas, para reduzir o período de investigação dos processos de 15 para dez meses. Fonte: Folha de S. Paulo
- A União Europeia e os EUA anunciaram para o fim deste ano o início das conversas para costurar um dos mais importantes acordos de livre-comércio da história. O comércio entre Estados Unidos e União Europeia supera os US$ 2 bilhões por dia, o que representa cerca de um terço de todo o fluxo comercial do mundo. Apesar de as tarifas de comércio entre as duas economias já serem relativamente baixas, a Câmara de Comércio americana calcula que a remoção de todos os impostos pode somar US$ 180 bilhões ao PIB (Produto Interno Bruto) combinado de EUA e UE nos próximos cinco anos. Há vários pontos comerciais divergentes entre as duas economias. As negociações devem contar com o apoio de grupos empresariais, que já colocaram lobistas para trabalhar. Ambientalistas, no entanto, poderão ser um grande obstáculo para o acordo. Fonte: Folha de S. Paulo
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
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