Quinta-feira, 07 de fevereiro de 2013.
Enfoque nas bolsas de valores de quarta-feira:
- O Ibovespa caiu 0,83 por cento, a 58.951 pontos. Na mínima, o índice chegou a recuar 1,44 por cento. O giro financeiro do pregão foi de R$ 7,36 bilhões. O ambiente de aversão ao risco no exterior pesou no mercado, segundo operadores. Investidores optaram por cautela na expectativa pelos resultados da reunião do Banco Central Europeu na quinta, em meio a novos sinais de desacordos políticos na região. Certo desânimo com as perspectivas de recuperação para a economia brasileira e preocupações com a intervenção governamental continuavam a pesar. As ações preferenciais da Petrobras foi a principal influência negativa para o Ibovespa, com queda de 2,65 por cento, a R$ 17,60. Fonte: REUTERS
Notícias relevantes dessa quinta-feira:
- A China decidiu investigar os fabricantes brasileiros de celulose pela prática de dumping. É a primeira vez que os chineses, principais alvos de medidas de defesa comercial, abrem uma investigação contra o Brasil. Segundo fontes do setor, a medida pode ser uma retaliação por conta das barreiras impostas pelo País às importações de papel chinês. O Ministério de Comércio da China informou ontem que iniciou uma investigação de dumping, que é vender abaixo do preço de custo, contra os fabricantes de celulose solúvel de Brasil, Estados Unidos e Canadá. As margens de dumping preliminares são de 49,4% para Brasil, 50,9% para Canadá e 29,9% para EUA. A investigação tem prazo de um ano para ser concluída. Desde a criação da Organização Mundial de Comércio (OMC), o Brasil iniciou 55 investigações antidumping contra a China e aplicou 33 sobretaxas. Os chineses nunca haviam investigado o Brasil e concentravam as sobretaxas em EUA (27), Japão (27), Coreia do Sul (27) e União Europeia (13). A China vinha adotando uma política de evitar conflito comercial com países em desenvolvimento. Fonte: O Estado de S. Paulo
- O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu ontem que o governo federal vai descontar dameta fiscal deste ano, no máximo, 45 bilhões. Esse abatimento será obtido de uma forma diferente neste ano, uma vez que, como antecipou ontem o Estado, até R$ 20 bilhões em desonerações de impostos serão contabilizados como parte da economia feita para o pagamento de juros da dívida pública. O valor restante será obtido da forma "tradicional", isto é, por meio do desconto de investimentos prioritários. Neste ano, serão abatidos R$ 25 bilhões em despesas relacionadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), afirmou o ministro. A meta da economia que o governo fará para pagar os juros da dívida pública neste ano continua sendo de R$ 155,9 bilhões, ou cerca de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, essa economia, chamada de superávit primário, poderá ser de 2,3% do PIB, segundo afirmou ontem o ministro, caso todos os descontos da meta sejam realizados. "E claro que se a economia crescer mais, a arrecadação será melhor e não precisaremos abater tudo", disse Mantega. Fonte: O Estado de S. Paulo
- O fluxo cambial roubou as atenções do mercado ontem. O fluxo cambial de janeiro ficou negativo em US$ 2,386 bilhões, o primeiro déficit para o mês desde 2009, quando a saída líquida foi de US$ 3,018 bilhões. A conta comercial teve déficit de US$ 4,755 bilhões, contra superávit de US$ 2,370 bilhões na conta financeira. Embora a maioria dos profissionais aposte numa recuperação do fluxo neste ano, essa expectativa está longe de ser consensual. Para alguns, ela depende de ações concretas do governo e do Banco Central. No mercado de juros, as taxas projetadas nos contratos negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em alta pela sétima sessão seguida. Fonte: Valor Econômico
- Na batalha por mais investimentos para escapar do "pibinho", o governo anunciou ontem uma espécie de via rápida para os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em reunião com representantes de todos os Estados, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, informou que as obras não serão mais paralisadas nas etapas iniciais por problemas na execução. Os bancos vão medir a obra após terem a realização de 40%. Só então, havendo problemas que não tenham sido resolvidos, os pagamentos serão suspensos. Outras verificações serão feitas aos 60%, 90% e aos 100% de execução. "Estamos fazendo uma aposta aqui que, com isso, vamos conseguir aumentar a velocidade", disse Miriam. Ela alertou que não vale "acumular e só resolver os problemas" com 40% da execução, sob pena de demorar "um tempão" para retomar os trabalhos. O objetivo da reunião de ontem foi orientar os Estados sobre como ter acesso aos R$ 31,3 bilhões de novos recursos para o PAC 2, anunciados pela presidente Dilma na semana passada, em encontro com prefeitos. Fonte: O Estado de S. Paulo
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
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