Sexta-feira, 08 de fevereiro de 2013.
Enfoque nas bolsas de valores de quinta-feira:
- O Ibovespa encerrou a sessão em declínio de 0,98%, aos 58.372,46 pontos. O giro financeiro somou R$ 8,2 bilhões. Durante a manhã, a Bovespa chegou a ensaiar um pregão de recuperação técnica, quando marcou a máxima de 59.435 pontos (+0,82%). No entanto, a abertura das bolsas de Nova York no vermelho e o comunicado do Banco Central Europeu (BCE), após sua reunião de política monetária, fizeram a Bolsa brasileira inverter a tendência de valorização e bater a mínima do dia, com recuo de 1,42%, aos 58.116 pontos. A queda acelerada do dólar, após o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, mostrar-se preocupado com o cenário de inflação no Brasil, também prejudicou as exportadoras que integram a carteira teórica do Ibovespa, que liderou as perdas do dia. Fonte: ESTADÃO
Notícias relevantes dessa sexta-feira:
- O Banco Central (BC) provocou ontem forte volatilidade nos mercados, gerando confusão entre os agentes econômicos em relação à trajetória da inflação e das políticas monetária e cambial daqui em diante. O dólar caiu para o menor patamar desde maio do ano passado, os juros no mercado futuro subiram para os níveis mais elevados em quatro meses e o Ibovespa teve o quarto pregão seguido de perdas. A sequência de eventos começou com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro. O avanço de 0,86% superou a média projetada, de 0,83%, por 11 especialistas ouvidos pelo Valor Data. A inflação em 12 meses foi a 6,12%, a mais alta em um ano. No meio da manhã, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse à jornalista Miriam Leitão que a inflação preocupa no curto prazo, está mostrando uma "resiliência forte", mas que não há descontrole inflacionário". Em seguida, ele admitiu tratar-se de uma situação que "não é confortável" e que, por isso, "o BC está avaliando tudo". O mercado entendeu a última frase como uma referência à possibilidade de elevação da taxa básica de juros (Selic) antes do esperado. Fonte: Valor Econômico
- O governo achatou o reajuste dos valores do seguro-desemprego para quem ganha mais de um salário mínimo, sem consultar o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), provocando revolta das centrais sindicais. O cálculo do benefício nas faixas acima do piso (hoje em R$ 687) passou a ser feito com base na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em substituição ao índice que reajusta o salário mínimo, que sobe de acordo com o Produto Interno Bruto (PIB) e com a inflação. Se a regra fosse mantida, as faixas do seguro-desemprego teriam de subir 9% neste ano, e não os 6,2% anunciados pelo governo. A justificativa apresentada pelo secretário executivo do Ministério do Trabalho, Marcelo Aguiar, atual presidente do Codefat para mudar a fórmula que reajustou o benefício nos últimos dez anos foi a necessidade de preservar o equilíbrio das contas do FAT. Fonte: O Estado de S. Paulo
- Depois da confusão criada no mercado com as especulações sobre a destinação da faixa de 700 megahertz (MHz) para uso de serviços móveis de quarta geração, o governo finalmente começou a abrir o jogo e colocar as cartas na mesa, com a publicação, ontem, da portaria ministerial que determina à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que adote os procedimentos para licitar a frequência para as empresas de celular. Nos últimos meses, o governo lançou balões de ensaio e testou a resistência de operadoras de telecomunicações e radiodifusores, que são partes de um tripé, para ver até que ponto cada um poderia ceder sem que um pé ficasse menor que o outro. Com pouca oferta e muita demanda por espaço, o governo decidiu encurtar em cerca de um ano o prazo para desocupação da faixa e antecipar o apagão da TV analógica. Paralelamente, garantiu a realocação dos canais. Isso apaziguou os radiodifusores, embora eles tenham enviado ao governo estudos que demonstram que a liberação da faixa é problemática em muitos municípios e inviável em outros. Ao desligar o sistema analógico, só funcionará a TV digital. Na última ponta do tripé está o consumidor, que ganha mais opções de internet veloz e TV de alta definição. Fonte: Valor Econômico
- O presidente do Banco Central Europeu (BCE) Mario Draghi, enfatizou que o euro está em linha com sua média de longo prazo, tanto em termos nominais quanto reais. De fato, se considerada a cotação do euro ante uma cesta de 12 moedas, em termos reais, a taxa avançou no período 4,6%, tendo o CPI como deflator. Em termos nominais, o euro ronda o maior nível em 14 meses. Do ponto de vista "endógeno", Draghi disse que houve uma melhora significativa na confiança e no ambiente financeiro. Os fundings para os bancos foram 65% maiores em janeiro do que há um ano e 65% do total de emissões soberanas foram feitas por países periféricos, ante apenas 7% em 2012. Não houve sinal de que o BCE possa vir a reduzir a taxa de juros nos próximos meses, apesar de o mercado considerar cada vez mais essa hipótese. Especialmente porque do ponto de vista da inflação os riscos estão equilibrados no médio prazo e os preços devem cair abaixo da meta de 2% nos próximos meses. Haveria, portanto, espaço para mais estímulos. Para o BCE, os riscos para o cenário central na zona do euro continuam a ser negativos, porque relacionam-se à demanda interna e exportações mais fracas que o esperado, bem como a questões geopolíticas, lenta implementação de reformas estruturais que poderiam ter impacto sobre a evolução dos preços das commodities e dos mercados financeiros. Fonte: Valor Econômico
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
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