quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Quarta-feira, 05 de dezembro de 2012. 
Enfoque nas bolsas de valores de terça-feira:
  • O Ibovespa caiu 1,1%, a 57.563 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 9,5 bilhões. O índice chegou subir 0,54% na máxima, com ganhos das ações de construtoras, após o governo anunciar medidas de incentivo para o setor, mas o movimento não se sustentou. Nos EUA, a Casa Branca descartou nesta manhã uma proposta de republicanos para evitar o "abismo fiscal", que incluía reformas tributárias e cortes de gastos, sob a justificativa de que ela não respeitava a promessa do presidente Barack Obama de aumentar os impostos para os mais ricos. O prazo para uma solução para negociações destinadas a evitar que o país tenha que fazer cortes agressivos de custos e elevar impostos termina no final deste ano. Fonte: REUTERS
Notícias relevantes dessa quarta-feira :
  • Frustrado por um Produto Interno Bruto (PIB) fraco no terceiro trimestre do ano — avanço de minguado 0,6% —, o governo lançou ontem mais um pacote na tentativa de fazer a economia reagir. O beneficiado da vez foi o setor da construção civil, que, ontem, teve atendido um pedido antigo, a desoneração da folha de pessoal. O setor trocou a contribuição de 20% sobre os salários pelo recolhimento de 2% em cima do faturamento. Ganhou ainda uma linha de crédito especial de R$ 2 bilhões, a juros de 0,94% ao mês, e a redução de 6% para 4% da alíquota unificada do Imposto de Renda, da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL), do PIS e da Cofins. Já a cobrança unificada de 1%, que antes beneficiava apenas imóveis de até R$ 85 mil, foi estendida para unidades de até R$ 100 mil. Todas essas bondades implicam em uma renúncia fiscal de R$ 3,3 bilhões. Fonte: Correio Braziliense
  • A produção industrial ensaiou uma ligeira alta em outubro em relação a setembro, mas ficou abaixo do esperado pelo mercado. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve crescimento de 0,9%, contra retração de 0,6% no mês anterior. A expectativa de especialistas era de que o aumento chegasse a 1,5%. Apenas 13 das 27 atividades acompanhadas pelo IBGE tiveram resultado positivo. "Isso indica que o crescimento não é disseminado, mas está focado em bens de consumo, como automóveis, beneficiados pela isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)", afirma Alessandra Ribeiro, economista da Tendências, o cenário não é ainda de recuperação, apenas reflete os incentivos dados pelo governo para alguns setores, principalmente de bens de consumo. Fonte: Correio Braziliense
  • O volume concedido de crédito imobiliário em outubro foi de R$ 7,56 bilhões, considerando empréstimos com recursos da caderneta de poupança. A cifra representa um avanço de 24% ante igual período do ano passado e de 9% em relação ao mês anterior. No acumulado de 2012, foram concedidos R$ 66,2 bilhões de recursos, avanço de 1,9% na comparação com igual período do ano anterior. Em termos de unidades, foram financiados em outubro 39,3 mil imóveis, aumento de 4,2% em relação a setembro e de 3,8% comparado a outubro do ano passado. Fonte: Valor Econômico
  • O consumidor brasileiro terá, a partir de março, uma conta de luz que será 16,7%, na média, mais barata do que é hoje. O desconto ainda pode subir, dependendo de medidas em estudo pelo governo Ontem, o governo federal anunciou que todos os contratos de concessão que vencem entre 2013 e 2017 das linhas de transmissão e 60% das usinas de geração de energia elétrica foram renovados sob novas bases, que inclui uma remuneração muito inferior à de hoje. Desse corte de 16,7%, segundo o governo, 7 pontos porcentuais virão da redução dos encargos setoriais, 4,5 pontos porcentuais da queda das receitas em transmissão e 5,2 pontos do corte das tarifas de geração. Se todas as companhias tivessem aderido ao pacote anunciado em setembro pela presidente Dilma Rousseff, a contribuição de geração seria maior, de 8,5 pontos porcentuais, o que levaria o corte total da conta de luz aos 20,2% prometidos em cadeia nacional de rádio e TV na véspe-ra do 7 de Setembro. Fonte: O Estado de S. Paulo
  • Para prover liquidez ao mercado de câmbio e impedir uma alta muito rápida do dólar, o Banco Central tem atuado com mais força no mercado desde o início da semana. Ontem, anunciou uma medida que eleva de 360 dias para cinco anos o prazo para a modalidade de pagamento antecipado de exportações que fica isento de taxação. As operações acima disso continuam pagando alíquota de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), como operações normais de crédito. Operadores avaliam que, além de dar liquidez para o mercado, as ações do BC evitam distorções nas cotações e movimentos especulativos, evitando um impacto excessivo na inflação. Fonte: Correio Braziliense
  • Quase um ano atrás, centenas de bancos europeus tomaram emprestado um total de mais de € 1 trilhão (US$ 1,3 trilhão) do Banco Central Europeu (BCE), que se esforçava para evitar uma escalada da crise. Hoje, sinalizando uma cura parcial do setor, alguns dos maiores bancos da Europa se preparam para pagar esses empréstimos. Com base em uma pesquisa realizada por analistas do Morgan Stanley, os bancos europeus devem pagar um total de cerca de € 80 bilhões dos empréstimos do BCE no início de 2013. A maior parte dessa quantia provavelmente virá dos bancos do norte da Europa. Mas esse esforço de devolução tem gerado temores de que os bancos possam estar agindo prematuramente e se arriscando a ficar vulneráveis se a crise voltar a se intensificar. O BCE ativou o programa de empréstimos de emergência, conhecido como LTRO, no fim do ano passado, distribuindo dois lotes de empréstimos de baixo custo válidos por três anos. Os bancos podem começar a reembolsá-los a partir do mês que vem. Fonte: Valor Econômico 
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça 
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

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