terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Terça-feira, 04 de dezembro de 2012. 
Enfoque nas bolsas de valores de segunda-feira:

  • O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, subiu 1,27%, para 58.202 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 7 bilhões. A Bovespa iniciou seu primeiro pregão de dezembro em alta, influenciada por resultado positivo da indústria chinesa. A Bolsa brasileira foi ajudada pela divulgação da PMI (Índice de Gerentes de Compras, na sigla em inglês) chinesa, que indicou aceleração do setor industrial chinês pela primeira vez em 13 meses, animando mercados em todo o mundo. No setor de construção civil, a percepção é que após a decepção com o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no terceiro trimestre, investidores passaram a considerar que o governo poderá manter os juros mais baixos por mais tempo - o que beneficiaria o setor. Fonte: REUTERS 
Notícias relevantes dessa terça-feira:
  • A balança comercial fechou novembro com déficit de US$ 186 milhões. Foi a segunda vez no ano que as importações superaram as exportações, após o déficit de US$ 1,3 bilhão registrado em janeiro. Apesar das notícias ruins do mês passado, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) divulgou que as exportações e as importações tiveram o segundo melhor desempenho para o período de janeiro a novembro. E que o país nunca exportou tantos manufaturados para o exterior. O saldo acumulado no ano está positivo em US$ 17,185 bilhões, o que significa uma queda de 33,9% em relação ao mesmo período de 2011. No mês passado, as compras do Brasil lá foram infladas pelas importações de combustíveis, que cresceram 103,4% em comparação com outubro. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, esse aumento foi de 32,1%. Fonte: O Globo
  • As três intervenções de ontem do Banco Central no câmbio foram incapazes de derrubar o dólar para abaixo de R$ 2,12, indicando demanda reprimida por moeda física. Ontem, a moeda fechou em queda de 0,52%, a R$ 2,120, após bater máxima de R$ 2,139. O BC anunciou, pela manhã, o primeiro leilão de swaps tradicionais do dia. Dos 40 mil contratos ofertados, todos para janeiro, colocou 28,2 mil, equivalentes a US$ 1,089 bilhão. O dólar passou a cair mas, mesmo assim, o BC voltou a intervir, anunciando segundo leilão de swaps tradicionais, no qual colocou todos os 20 mil contratos com vencimento em janeiro. No meio da tarde, o BC interveio pela terceira vez, realizando leilão conjugado de venda e compra de dólares no valor de US$ 5 bilhões. Nessa operação, a autoridade monetária vende moeda à vista, para recomprá-la após prazo determinado - no caso, parte em janeiro e parte em fevereiro. Essa foi a primeira vez que o BC realizou esse tipo de operação desde dezembro do ano passado. O último leilão conjugado em que houve negócio foi em abril de 2009. Fonte: Valor Econômico
  • A Grécia anunciou que vai usar 10 bilhões para recomprar 30 bilhões em títulos da própria dívida, na esperança de reduzir seu déficit. A medida era uma das exigências impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela Europa para liberar recursos no valor de 44 bilhões. A recompra será feita com um desconto de até 70% e vai representar perdas para os investidores privados que detêm papéis do Tesouro grego. No entanto, para investidores, existe a garantia de que esses papéis serão trocados por bônus do fundo de resgate europeu. Se a medida promete reduzir o valor da dívida grega e levar perdas ao setor privado, o que ainda não está claro é o que os governos europeus estão dispostos a fazer para ajudar. Pelo plano, a Grécia terá de ter uma dívida máxima de 124% do PIB até 2020. Em 2014, a projeção é de que a taxa seja de 191% do PIB. Fonte: O Estado de S. Paulo
  • Após abandonar sua posição histórica contrária à adoção de medidas de controle de capitais, na esteira da grande crise financeira global de 2008, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou ontem seu primeiro documento com um conjunto de recomendações sobre o que considera a forma apropriada de administrar fluxos de recursos entre mercados financeiros. Em sua "Visão Institucional", o Fundo admite que limitações à livre entrada e saída de investimentos podem ser necessárias para evitar desequilíbrios econômicos e risco ao sistema financeiro em meio a turbulências. Para desagrado de emergentes como o Brasil, porém, que criticou o manual, recomenda que controles de capitais sejam impostos apenas de forma temporária e com alvo específico, sem discriminar nacionalidade. Além disso, o FMI adverte que tais medidas não devem substituir ajustes na política macroeconômica (como juros, câmbio, política fiscal, etc.). É uma crítica a países que tomam o caminho mais curto de taxações temporárias ou medidas administrativas, mas com o objetivo de corrigir distorções que demandam ações mais difíceis. Fonte: O Globo
  • O Ministério da Economia da Espanha pediu formalmente, ontem, o desembolso de 41 bilhões de euros — o equivalente a 53,3 bilhões de dólares — de fundos europeus para recapitalizar o seu setor bancário. A aprovação foi definida na reunião dos ministros de Finanças da Zona do Euro, que estão reunidos em Bruxelas, na Bélgica. As ajudas, no entanto, custarão caro. Em troca do resgate europeu, os bancos terão de cumprir um rigoroso plano de reestruturação, que incluirá cortes, venda de filiais, fechamento de cerca de mil agências e restrições de crédito. Também devem ser exigidas as demissões de 8 mil funcionários das instituições financeiras, o que preocupa o governo da nação ibérica, já que as taxas de desemprego estão em cerca de 25%. Os valores disponibilizados pelo Banco Central Europeu (BCE) representam quase 4% do Produto Interno Bruto (PIB) espanhol. Todo o valor deve ser repassado aos bancos do país em até seis meses, depois da autorização oficial. Fonte: Correio Braziliense
  • O varejo encerrou novembro com fraco desempenho de vendas e em trajetória de desaceleração no ano. Isso indica que, até momento, os negócios, especialmente a prazo, ainda não deslancharam por ocasião do Natal, apesar dos juros cadentes. Endividamento e inadimplência elevados são os principais obstáculos a uma reação do crédito ao consumidor que, segundo projeção da Serasa Experian, deve ocorrer a partir de abril de 2013. No mês passado, as consultas para venda financiadas cresceram apenas 0,2% em relação ao mesmo período de 2012. De janeiro a novembro, a taxa média de crescimento das vendas à vista e a prazo foi de 2,7%. Em outubro, esse indicador era maior, crescia 2,9%. Isso indica uma tendência de desaceleração. No mês passado, a inadimplência líquida, que considera o saldo entre calotes e renegociações em relação às vendas a crédito de três meses anteriores voltou a subir e atingiu 3,7%. Fonte: O Estado de S. Paulo 
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça 
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

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