Quarta-feira, 14 de novembro de 2012.
Enfoque nas bolsas de valores de terça-feira:
O Ibovespa fechou em alta de 0,74%, a 57.486 pontos. O giro financeiro da sessão foi de R$ 6,18 bilhões, impulsionada pelas ações de empresas do setor de energia e imobiliário. Investidores reagindo bem à notícia de que a transmissora de energia vai propor aos acionistas que rejeitem a renovação antecipada da concessão elétrica que vence em 2015. Após passar boa parte do dia no vermelho e cair 0,8% na mínima do dia, o mercado brasileiro migrou para o campo positivo pela tarde, seguindo de perto a dinâmica externa. Em meio a persistentes incertezas sobre a liberação de mais ajuda internacional para a Grécia, a notícia de que a Alemanha está estudando o pagamento de três parcelas do socorro ao país de uma única vez caiu bem nos mercados. Fonte: REUTERS
Notícias relevantes dessa quarta-feira :
- As vendas do comércio varejista cresceram pelo quarto mês seguido e aumentaram 0,3% em setembro, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE). No entanto, quando se incluem os números referentes aos setores de veículos e de material e construção — formando o chamado varejo ampliado — o resultado foi uma queda de 9,2%, o pior resultado mensal desde o início da série histórica, em 2003. O recuo pode ser explicado pelo setor de automóveis e motos que, no período, apresentou queda nas vendas de 22,6%, depois de ter subido 8% em agosto. Segundo a economista do IBGE Aleciana Gusmão, os consumidores anteciparam as compras de carros em agosto, temendo o fim do desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que acabou sendo prorrogado pelo governo. O outro motivo para a queda é mais preocupante: o alto nível de endividamento das famílias, que explica também o crescimento modesto do varejo restrito. Fonte: Correio Braziliense
- O Banco do Povo da China (PBOC, banco central do país) seguiu diminuindo suas injeções de liquidez ontem, ao ofertar menos contratos de recompra reversa em suas operações regulares de mercado aberto. A redução da oferta de dinheiro coincide com um momento em que indicadores apontam para uma aceleração econômica no país. Em comunicado divulgado na madrugada, o PBOC disse que ofertou 78 bilhões de yuans em contratos de recompra reversa de sete dias - uma linha de crédito de curto prazo - a 3,35%, igual à taxa oferecida na semana passada. Também foram colocados 108 bilhões de yuans em contratos de 28 dias à taxa de 3,60%, a mesma da semana passada. O volume combinado desses dois vencimentos é quase um terço menor que os 277 bilhões de yuans da oferta passada, que por sua vez já tinha sido um terço inferior ao da semana anterior. Operadores disseram que esse declínio indica que o banco central chinês estaria satisfeito com as atuais taxas praticadas no mercado monetário. Fonte: Valor Econômico
- Com gargalos cada vez mais visíveis em áreas estratégicas como infraestrutura, o Brasil tem uma carga tributária 67% maior que a média da América Latina. Enquanto no Brasil a arrecadação total de impostos e contribuições equivale a 32,4% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país), em um conjunto de 15 economias da América Latina, na média, é de 19,4%. O país só fica atrás da Argentina, com receita tributária correspondente a 33,5% das riquezas produzidas naquele país. É o que mostra um estudo feito pelo Centro Interamericano de Administrações Tributárias (Ciat) em parceira com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Fonte: O Globo | Correio Braziliense
- O Instituto Internacional de Finanças (IIF), que representa as maiores instituições financeiras do mundo, revelou um aumento da preocupação com a qualidade dos ativos de bancos das economias emergentes, em relatório enviado esta semana a seus sócios. A instituição diz que um período de crescimento mais fraco durante a maior parte do ano colocou a atenção na potencial deterioração da qualidade dos ativos, com maior inadimplência nas operações, após vários anos de crescimento de dois dígitos no créditos na maioria dos emergentes. Por outro lado, o IIF conclui que os emergentes terão bem menos dificuldades que outros países na implementação do Acordo de Basileia 3. Esse acordo triplica a exigência do volume de capital de alta qualidade de um banco, ou seja, o núcleo formado por ações e lucros acumulados. O chamado "Tier 1" passou de 2% para 4,5%, além do colchão de 2,5% para blindar a instituição durante crises. No total, o nível mínimo de capital vai a 7%. Fonte: Valor Econômico
- Pela primeira vez em quase dois anos, houve crescimento generalizado de tráfego nas rodovias brasileiras. Se no meio do ano os números chegavam a indicar estagnação, com crescimento de praticamente 0% em relação ao ano anterior, agora as empresas do setor se mostram otimistas e acreditam em uma alta ainda mais forte no fim do ano. Além de ser o principal gerador de caixa para os grupos especializados em infraestrutura de transportes, o tráfego também é usado como um termômetro da economia brasileira e em cálculos de projeções sobre o Produto Interno Bruto (PIB). Os executivos das companhias explicaram ao mercado que o segundo trimestre do ano tinha sido o pior de 2012 e que, dali pra frente, o tráfego começaria a crescer novamente. Fonte: Valor Econômico
- Em um último recurso para evitar o calote de pagamento, a Grécia retornou ontem aos mercados financeiros e vendeu um total de € 4,06 bilhões em títulos soberanos para saldar dívidas. A estratégia funcionou e permitirá ao governo de Antonis Samaras saldar um total de € 5 bilhões em dívidas com vencimento em 16 de novembro, ganhando tempo para que a União Europeia supere as divergências e conceda mais dois anos ao país para chegar ao equilíbrio financeiro. A Agência de Gestão da Dívida Pública (PDMA) ofereceu aos investidores privados títulos com validade de um e três meses, pelos quais teve de pagar juros que variaram entre 3,95% e 4,2%. Ao Parlamento Europeu, o ministro de Finanças da Grécia, Yannis Stournaras, reconheceu que o país chegou ao seu limite, e que evitou a moratória por detalhe. Nos bastidores de Bruxelas, Paris e Berlim, um acordo multilateral segue sendo negociado. Na Alemanha, o ministro de Finanças Wolfgang Schäuble revelou ao jornal Bild que a UE estuda liberar todas as parcelas de empréstimo até aqui bloqueadas e por vencer em um mesmo momento, cerca de € 44 bilhões à Grécia - tudo parte do segundo plano de socorro, aprovado em 2011. Fonte: O Estado de S. Paulo
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
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