Terça-feira, 13 de novembro de 2012.
Enfoque nas bolsas de valores de segunda-feira:
- O Ibovespa caiu 0,51 por cento, a 57.064 pontos, pressionado pela queda das blue chips e pelo tombo de ações do setor elétrico. O giro financeiro do pregão foi de 3,96 bilhões de reais. O fraco movimento era reflexo de feriado nos EUA --o segmento de bônus do país ficou fechado, mas as bolsas abriram normalmente. Novos sinais de recuperação da economia chinesa chegaram a sustentar um respiro da Bovespa pela manhã, mas temores sobre EUA e Grécia levaram o Ibovespa a registrar sua quarta queda consecutiva. O risco de um chamado "abismo fiscal" nos EUA segue limitando o apetite de investidores por ativos de risco, assim como a situação da endividada Grécia, que busca obter nova parcela de resgate internacional e prazo maior para cumprir suas metas fiscais. Fonte: REUTERS
Notícias relevantes dessa terça-feira:
- O cenário econômico continua fraco para as principais economias, apesar de haver sinais crescentes de estabilização na China, nos Estados Unidos e no Canadá, informou ontem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em relatório mensal sobre a situação econômica global. A entidade divulgou que o seu indicador antecedente composto (CLI, na sigla em inglês), pelo qual avalia a tendência econômica dos países, indicou que a China permaneceu estável em 99,4 pelo quarto mês consecutivo, interrompendo a tendência de queda. Para os Estados Unidos, o índice subiu levemente para 100,9, ante 100,8 em agosto, o que é um indicativo de estabilização do crescimento na maior economia do mundo. Na Zona do Euro, o cenário deteriorou-se na Alemanha e na França. Fonte: Correio Braziliense
- Os governos da Zona do Euro não chegaram ontem a um acordo sobre o desembolso de mais dinheiro para a altamente endividada Grécia apesar de o país ter aprovado um duro orçamento para 2013, no último domingo porque não há ainda um consenso sobre como tornar a dívida sustentável pelos próximos 10 anos. Ministros de Finanças reunidos em Bruxelas para avaliar o andamento do programa de resgate da economia grega, no entanto, estão dispostos a dar mais dois anos de prazo para que Atenas alcance as meta de redução do déficit público, uma concessão que vai requerer um financiamento adicional de cerca de 32 bilhões de euros até 2016. Sem os recursos demorarem a sair, a Grécia corre o risco de entrar em moratória no próximo dia 16, quando vencem bônus governamentais no valor de 5 bilhões de euros. Fonte: Valor Econômico
- As recentes chuvas ainda não foram suficientes para iniciar uma trajetória de recuperação dos reservatórios das hidrelétricas. Informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgadas ontem mostram que o nível dos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste fechou em 34,8%, 7,9 pontos porcentuais acima da chamada curva de aversão ao risco (CAR) - patamar mínimo de armazenamento de água nas usinas para atender com segurança a demanda do mercado. No Nordeste, o nível dos reservatórios das usinas encerrou ontem em 32,5%, ligeiramente abaixo dos 33% da semana passada. O volume de água está 5,6 pontos porcentuais acima da CAR para a região. No Norte, o nível dos reservatórios fechou em 39,7%, ligeiramente inferior aos 40,6% da semana anterior - o ONS não informa no documento a CAR para a região. Fonte: O Estado de S. Paulo
- O sinal verde do governo para a Petrobras reajustar os combustíveis está próximo. Com os preços agrícolas em queda, o que levou os índices gerais de preços (IGPs) à deflação, a equipe econômica começa a ver espaço para a Petrobras corrigir os valores da gasolina e do diesel até o fim de dezembro, como forma de reforçar o seu caixa. Sem esse aumento, a estatal não conseguirá ampliar a produção e o risco de desabastecimento será cada vez maior, já que nem as importações têm sido suficientes para garantir o consumo. Segundo especialistas, as diferenças entre os valores artificialmente baixos praticados pela Petrobras em relação à média dos cobrados no exterior são de 27,5% para gasolina e de 33% para o diesel. Essa distorção já acarretou perdas à Petrobras de R$ 22 bilhões desde 2011. Fonte: Correio Braziliense
- A Agência Internacional da Energia (AIE) prevê crescimento de 14% da demanda mundial de petróleo até 2035, alcançando 99,7 milhões de barris diários, puxado pelos transportes. O órgão, que defende os interesses dos países consumidores, também estima um aumento do preço do barril bruto importado pelos países membros para US$ 125 em 2035, frente aos US$ 107 de média deste ano. Segundo o relatório anual da AIE, os Estados Unidos devem superar a Arábia Saudita e liderar a produção de óleo bruto até 2017. Na avaliação da agência, um aumento na extração de petróleo e de gás de xisto deverá empurra o maior consumidor de combustíveis do mundo em direção à autossuficiência, um alívio para o governo norte-americano, que vem procurando reduzir a dependência das importações de países árabes. As conclusões revisaram o relatório de 2011, que previa a Arábia Saudita como maior produtora até 2035. Fonte: Correio Braziliense
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
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