O relatório Focus, elaborado a partir de uma
pesquisa de expectativas com cerca de 120 profissionais do Departamento de
Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Gerin) provenientes de
bancos, corretoras e outras instituições financeiras, apresenta o levantamento
das expectativas do mercado apresentando as previsões para os índices de
preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. A
análise da sala de ações é centrada em sete indicadores: PIB, IPCA, IGP-M, Meta
da taxa Selic, Dívida Líquida do Setor Público, Balança Comercial e a Taxa de
Câmbio. Com a proximidade do fim do ano, as expectativas dos agentes tendem a
se manterem estáveis
Índice de Preços ao
consumidor Amplo (IPCA), Calculado pelo IBGE e considerado o índice oficial de
inflação no Brasil, as expectativas de mercado para 2021, apresentam mais uma semana de alta considerável,
passando de 7,58% para 8,00% atualmente, persistindo com alta, há 23 semanas. O
IPCA mede a variação de preços de mercado para o consumidor final, captando a
inflação para famílias com renda média mensal entre 1 e 40 salários mínimos.
Já o Índice Geral de Preços de Mercado
(IGP-M), que é calculado pela fundação Getúlio Vargas (FGV), reflete a inflação
sob a ótica da oferta e capta variações nos preços de atacado, preços ao
consumidor e preços da construção civil (com pesos respectivos de 60%, 30% e
10%). A expectativa mediana do índice para o fim do ano, teve novamente uma
queda de 19,31% para 19,22%, e quebrando a tendência de aumento que teve
durante algumas semanas atrás.
A taxa Selic, para o fim
de 2021, voltou a crescer pela segunda semana consecutiva, indo de 7,63% para 8,00%.
A Selic é considerada a taxa de juros básica da economia brasileira, na qual é
utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração
diária, servindo também de referência para as demais taxas de juros da
economia.
A expectativa de
crescimento do PIB brasileiro para o fim do ano volta a cair pela quinta semana
consecutiva, apresentando expectativa de 5,04%, uma queda alta, quando
comparado aos 5,15% da semana anterior. O crescimento da economia é medido pelo
aumento do Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde à soma de todos os bens
produzidos pelo país no intervalo de um ano.
Dívida líquida do Setor Público que corresponde à diferença entre passivos e ativos
acumulados pelas três esferas do governo, incluindo o Bacen, e pelas empresas
estatais, de modo que é possível manter estabilizado o endividamento com
crescimento de passivos e ativos simultaneamente. Após 5 semanas de
estabilidade volta a reduzir pela terceira semana, saindo de 61,15 para 61,00.
A taxa de câmbio que é tida como preço de uma
moeda estrangeira, em termos da moeda local. Impactada pela taxa de câmbio, a
balança comercial é expressão do saldo das exportações subtraídas as
importações realizadas pelo país. Com isso, a expectativa da taxa de câmbio
real/dólar para 2021, subiu para em R$5,20 na semana, enquanto a expectativa
relacionada a balança comercial para o fim do ano, tem um aumento indo para US$
71,00, pela segunda semana houve o aumento.
Coordenador: Prof.
Dr. Sinézio Fernandes Maia
Analista acadêmico: Layanne
Lima Melo
Robert Figueiredo de Queiroz
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