O relatório Focus, elaborado a partir de uma pesquisa de expectativas com cerca de 120 profissionais do Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Gerin) provenientes de bancos, corretoras e outras instituições financeiras, apresenta o levantamento das expectativas do mercado apresentando as previsões para os índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. A análise da sala de ações é centrada em sete indicadores: PIB, IPCA, IGP-M, Meta da taxa Selic, Dívida Líquida do Setor Público, Balança Comercial e a Taxa de Câmbio. Com a proximidade do fim do ano, as expectativas dos agentes tendem a se manterem estáveis
No último dia 06 de julho, foi publicado o relatório das expectativas de mercado que elevou a projeção do Índice de Preços ao consumidor Amplo (IPCA) de 1,63% para 1,72%. O IPCA capta a inflação para famílias com renda média mensal entre 1 e 40 salários mínimos, sendo considerado o índice oficial da inflação no Brasil. O índice é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mede a variação de preços de mercado para o consumidor final.
O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), calculado pela FGV, reflete a inflação pelo lado da oferta. A expectativa para o IGP-M permaneceu estável em 6,25%. O IGP-M engloba desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais Este índice capta variações nos preços de atacado, preços ao consumidor e preços da construção civil (com pesos respectivos de, 60%, 30% e 10%).
A taxa Selic é determinada pelo Comitê de política monetária (Copom) do Banco Central, é utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração diária e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.
Atualmente, a Selic encontra-se no patamar de 2,25% a.a., valor mais baixo da série histórica. A expectativa dos analistas de mercado, permaneceu estável, indicando que a Selic pode sofrer novos cortes, encerrando o ano em 2,00%.
A taxa de câmbio é um fator importante por afetar diretamente as exportações e importações do país. A expectativa da taxa de câmbio para o fim do ano permaneceu estável em R$ 5,20.
A expectativa de crescimento da economia brasileira se elevou pela segunda semana consecutiva, de -6,50% para -6,10%, o melhor resultado em sete semanas. O crescimento da economia é medido pelo aumento do Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde à soma de todos os bens produzidos pelo país.
A balança comercial é a expressão do saldo das exportações subtraindo as importações do país, indicando uma situação de déficit ou superávit do comércio brasileiro. A previsão do resultado da balança comercial se elevou US$ 54,00 bilhões.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) é colocada no boletim como porcentagem do PIB e expressa a diferença entre a dívida pública bruta e os créditos não-financeiros do setor público e do Banco Central. A projeção do mercado financeiro indica que a dívida líquida do setor público deve encerrar 2020 em 67,30%, um aumento de 0,60 p.p. em relação à semana anterior.
Luiz Fernando Oliveira do Nascimento
Analista Acadêmico da Sala de Ações
Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
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