domingo, 12 de julho de 2020

Carteira P/VPA ou Alavancagem, têm como objetivo selecionar ações utilizando o método de Benjamin Graham e que seu preço esteja abaixo do seu Valor Patrimonial por ação (VPA), adquirindo ações subvalorizadas ou ações com “desconto”. A análise é realizada para as 25 empresas selecionadas na carteira fundamentalista da Sala de Ações, definidas de acordo com o método de investimento de Benjamin Graham, que contempla 5 setores: Básico, energia, transporte/telecomunicações, imobiliário e consumo.
Benjamin Graham (1894 - 1976) foi um economista americano considerado o criador da estratégia de Investimento em Valor (Value Investing), filosofia de investimento para longo prazo que virou uma das mais eficazes e rentáveis ao longo das últimas décadas. 
Graham sugere sete critérios de qualidade e quantidade para a escolha de ações:
•          Tamanho adequado da empresa
•          Condição financeira suficientemente forte
•          Estabilidade de Lucros
•          Histórico de dividendos
•          Crescimento dos lucros
•          Razão Preço/Lucro moderado
•          Razão Preço/ativos moderado
Resumindo a sua teoria em poucas palavras, o investidor deve selecionar ações de boas empresas sempre tem bons históricos de crescimento, grande porte, dividendos consistentes, lucros estáveis e preço acessível.
P/VPA
O P/VPA é uma relação entre o valor atual de uma ação no mercado e o valor patrimonial por ação e o quanto os investidores estão dispostos a pagar, no momento, pelo patrimônio líquido da companhia. Onde P é o preço da ação negociado no mercado e VPA, que representa o patrimônio líquido da empresa dividido pelo número de ações, é o valor patrimonial da ação, ou seja, o valor contábil da ação, que seria o seu preço justo.  Assim, o P/VPA permite descobrir se uma ação está sendo negociada na Bolsa de Valores com desconto ou ágio em relação ao valor do patrimônio líquido.
Método de seleção de ativos utilizado pela Sala de Ações
A escolha dos ativos ocorre respeitando os seguintes critérios, a partir do conjunto de empresas, semanalmente, utilizando o preço de fechamento da sexta-feira, é calculado o P/VPA das respectivas empresas, a partir do VPA fixado em 30/12/2019. É selecionada uma empresa de cada setor, aquela que apresentou o menor P/VPA da semana, contanto que esse P/VPA seja inferior a 1,5, respeitando o filtro de Benjamin Graham para esse múltiplo, embora seja preferível que esse múltiplo esteja no patamar inferior a 1. 
A carteira é reposicionada semanalmente, operando comprado na segunda-feira e operando vendido na sexta-feira, de acordo com a mudança nos valores do P/VPA das empresas, com a rentabilidade da carteira sendo acumulada. 
Resultado e Retornos
Utilizando o preço de fechamento do dia 03.07.2020, é calculado o P/VPA do dia das 25 empresas selecionadas previamente pela Sala de Ações e feita a seleção de uma empresa de cada setor (Básico, energia, transporte/telecomunicações, imobiliário e consumo) que tenha respeitado o critério de Graham que é um P/VPA inferior a 1,5. O retorno semanal e anual da carteira é calculado a partir da data que ocorreu a compra dia 06.07.2020 (segunda-feira) e finaliza do dia da venda na venda 10.07.2020 (sexta-feira).
Nessa perspectiva as empresas que entraram na carteira de alavancagem na semana 28, ressaltando que o P/VPA utilizado é o da semana anterior, foram as seguintes: Cemig (Setor de Energia P/VPA: 1,02), Vivo (Setor de Telecomunicações P/VPA: 1,17), Ultrapar (Setor de Básico P/VPA: 1,04), Pão de Açúcar ( Setor de Energia P/VPA: 1,44*). A Performance da carteira de Alavancagem na semana 28 foi de (0,52%), melhor que o índice Ibovespa (0,23%), o acumulado do ano da carteira totalizou 22,26%.

Sala Benjamin Graham
Analistas Acadêmicos da Sala de Ações


Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

Coordenador do Projeto Sala de Ações UFPB






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