domingo, 16 de junho de 2024

 


A principal meta da equipe da Sala Benjamin Graham é conduzir uma análise fundamentalista das empresas listadas na B3, realizando estudos e monitoramento detalhados e realizando avaliações semanais alinhadas aos princípios do 'Investidor Inteligente'. Além disso, a equipe visa analisar a relação entre as notícias relacionadas às empresas e ao setor em comparação com o desempenho dos ativos e as flutuações no volume de negociações. Outro objetivo do monitoramento é comparar as rentabilidades dos diferentes setores com o benchmark (Ibovespa). Essa análise é segmentada em cinco setores distintos: Energia, Imobiliário, Transporte/Telecom, Básico e Consumo. 

Setor de Energia apresentou um desempenho semanal negativo de -0,32%. Entre os destaques desta semana (23) estão as ações da Engie (EGIE3) e da Copel (CPLE6), com retornos positivos de 1,56% e 1,08%, respectivamente. A Copel anunciou a renovação do contrato com o BTG Pactual para atuar como formador de mercado na B3. A parceria, que existe desde 2018, tem como objetivo aumentar a liquidez das ações da empresa. O período inicial do contrato é de 12 meses, podendo ser estendido até 60 meses. Recentemente, a Copel vendeu a UEG Araucária, uma usina termelétrica a gás natural, para a Âmbar Energia S.A. pelo valor total de R$395 milhões, como parte de seu processo de descarbonização da matriz de geração.


O Setor Imobiliário apresentou uma queda de -2,06% nesta semana. Nenhuma ação do setor conseguiu obter um retorno positivo. Entre os piores desempenhos, destacaram-se a administradora de shoppings Iguatemi (IGTI111) com -4,07%, seguida pela Cyrela (CYRE3) com -2,71% e pela CCR (CCRO3) com -2,69%. Nesta semana, a CCR divulgou um fato relevante: Adalberto de Moraes Schettert renunciou ao cargo de membro efetivo do conselho administrativo, para o qual havia sido eleito em 18 de abril deste ano. Mudanças de liderança geralmente são vistas de forma negativa pelo mercado.


Setor de Transporte e Telecomunicação apresentou uma queda na semana 23, com um retorno de -0,07%. Os destaques positivos foram Totvs (TOTS3), com um desempenho semanal de 7,33%, seguida por WEG (WEGE3) com 5,79% e CVC Brasil (CVCB3) com 2,43%. Uma notícia relevante do setor é que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 58 milhões para o Plano de Investimento em Inovação da Weg Drives and Controls (WDC). Além disso, a WDC fez uma parceria com a Horse para desenvolver sistemas de propulsão híbrida para veículos.


Setor Básico teve um fechamento semanal negativo, com um retorno de -0,79%. Os principais destaques do setor foram PetroRio (PRIO3) com um retorno de 5,24%, Braskem (BRKM5) com 4,42%, e Klabin (KLBN11) com 1,80%. Na quinta-feira, a Braskem (BRKM3) informou que assinou um acordo para a venda de uma fatia de 63,7% na empresa de soluções ambientais industriais Cetrel para a Gerenciamento de Resíduos Industriais (GRI), em um negócio de aproximadamente 284 milhões de reais. Segundo a petroquímica, do valor total da transação, 199 milhões de reais serão pagos na data da transferência das ações para a GRI, e o restante até novembro de 2025, "podendo sofrer ajustes usuais deste tipo de operação".


Setor de Consumo apresentou um retorno negativo de -1,05% na semana 23. As empresas que se destacaram foram São Martinho (SMTO3) com um retorno de 8,81%, Pão de Açúcar (PCAR3) com 5,21%, e Raizen (RAIZ4) com 3,70%. Entre os destaques, as ações da São Martinho (SMTO3) foram uma das mais valorizadas no índice Ibovespa. Esse desempenho foi impulsionado pela valorização do petróleo no mercado internacional e pela possível alta nos preços dos combustíveis no Brasil.



Resumo IBOVESPA


O Ibovespa registrou um retorno semanal negativo de -0,91%, mensal de -1,99% e acumula uma queda anual de -10,82% desde 29/12/23. No cenário global, o destaque da semana foram os dados do CPI abaixo do esperado, o que renovou as expectativas de cortes nas taxas de juros nos EUA e impulsionou o S&P 500 e o Nasdaq a novas máximas. No Brasil, o foco permanece nas declarações do governo sobre a política fiscal. Os juros futuros e o dólar subiram acentuadamente até o meio da semana, antes de se estabilizarem na sexta-feira após sinais mais positivos sobre os esforços para alcançar o equilíbrio fiscal.



Cecília Santos - Assessora Acadêmica da Sala de Ações

Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia - Coordenador da Sala de Ações

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