A análise grafista Giro pela Bolsa tem como objetivo demonstrar as variações nos índices setoriais, bem como o IBovespa e o câmbio a preços Futuros. Com isso, busca-se ter uma noção de como o mercado interno operou durante a semana. A Teoria de Dow é a base dos nossos estudos, mais voltado para a análise com uso de Price Action e Ondas de Elliot, não considerando condições macroeconômicas; admite-se por hipótese que todas as informações pertinentes ao mercado se encontram nos preços dos ativos, ou seja, no GRÁFICO.
A
análise buscou na semana 36 (30/08 a
03/09) manter o nível de previsão
semanal para os respectivos ativos escolhidos. Os índices setoriais que
abrangem as empresas observadas nos monitores fundamentalistas buscam obter uma
melhor noção de como os ativos podem performar durante o período de vigência na
carteira e, se necessário haver realocações, adicionalmente aos índices
setoriais da carteira é analisado o índice Financeiro tendo em vista sua
influência no índice Bovespa, o IBOV e o Dólar a preço futuro.
O Índice de Energia chegou na região de
resistência mencionada na última análise, confirmou a tendência terciária de
baixa que tinha sido apontada pelo indicador MACD-S e finalizou a semana
realizando um pullback na MME9. As próximas prováveis regiões caso a tendência
continue são os 83.000 e 85.430, sendo esse último, o topo histórico do índice.
A tendência só será perdida caso ocorram fechamentos abaixo do suporte marcado
em 79.337.
O Índice Imobiliário confirmou a formação do pivô de baixa e agora
segue em movimento descendente rumo ao suporte dos 770 pontos, região de fundo
formada em abril de 2019. O indicador MACD-S aponta o início de um novo rali de
baixa que já foi confirmado pelo preço uma vez que este perdeu uma região de
suporte e também último fundo formado.
O Índice de Consumo voltou a testar o suporte deixado nos 4.900 e
finalizou a semana com uma leve recuperação da queda do dia anterior. A
tendência de baixa ainda permanece e só será interrompida após o índice superar
a casa dos 5.225 pontos.
O Índice de Materiais Básicos
continua o movimento baixista,
formando um pivô e confirmando-o caso venha a fechar abaixo do último fundo
deixado nos 6.200. Enquanto trabalhar dentro da região do canal traçado, o
índice estará ainda em uma tendência baixista que, no momento, tem como último
alvo os 5.700 pontos. Caso respeite a região de suporte onde se encontra e
perfure a resistência dos 6.620, uma reação pode estar sendo iniciada para
reverter o cenário atual.
O Índice do Setor
Financeiro veio mais uma vez tocar
a região de suporte marcada nos 10.970 e encontrou defesa por parte dos
compradores que fez com que o candle deixasse um longo pavio. Se essa região
for perdida, o suporte que se iniciou em março de 2019, aos 10.510 seria o
próximo alvo. Vale ressaltar que no gráfico semanal a MME9 cruzou para baixo a
MME21, sinalizando que a tendência negativa pode ser estendida por um período
maior.
O Índice do Setor Industrial ensaiou uma retomada vindo buscar a resistência
aos 26.770 que prontamente foi respeitada, empurrando o índice para baixo. Ainda
não temos uma tendência claramente definida, que poderá aparecer nas próximas
semanas se perfurado o topo dos 27.000 ou perfurado o fundo dos 25.100. No
gráfico em escala semanal, após uma clara tendência de alta, o preço está
lateralizado há um mês.
O Petróleo
Brent respeitou a LTB marcada no gráfico e no último pregão deixou um
padrão de candle chamado de estrela cadente, que se confirmado, dá forças para
a continuação do movimento baixista. O próximo alvo inferior estaria na faixa
dos US$67,00 sendo a continuação da tendência de baixa confirmada a partir da
perda do suporte aos US$64,50. Uma reação altista para o petróleo só se
configura caso a resistência dos US$76,00 seja superada. Lembrando que sob uma
ótica macro, o ativo ainda está em um canal de alta.
O Dólar futuro fechou a semana cotado a R$5,20, testando por toda a semana o suporte do
canal de alta, mostrando dificuldade em superar a região e que acabou deixando um
candle de indecisão (doji) no gráfico em escala semanal. Os indicadores no
gráfico diário apontam para uma tendência baixista que ainda não foi confirmada
pelo preço. O próximo suporte importante, caso finalmente perfure o canal onde
se encontra, continua na região dos R$5,03. Os R$5,30 prosseguem como próxima
resistência.
O Índice Bovespa futuro
voltou a testar a retração de 61,8% na semana em que perdeu uma linha de tendência
de alta no indicador de saldo de volume (OBV), mostrando que o interesse demonstrado
na semana anterior se perdeu momentaneamente. Por ter respeitado a LTB e não
ter superado a resistência dos 120.800, a tendência de baixa ainda está
vigente, tendo como próximo alvo os 114.820 e logo depois os 111.000. No
gráfico semanal a MME9 cruzou a MME21 para baixo, o que pode indicar um cenário
de baixa mais forte nos próximos dias caso os pontos mencionados anteriormente
se concretizem.
Variações na Semana:
IEEX: (-0,75%)
IMOB: (-6,77%)
ICON: (-3,15%)
IMAT: (-2,56%)
IFNC: (-3,85%)
INDX: (-2,88%)
UKOIL: (-0,19%)
WDO1!: (+0,22%)
WIN1!: (-3,42%)
Salientamos
que as informações contidas têm caráter puramente acadêmico.
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
Analista Acadêmico: Kermit O. G. Costa
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