sábado, 4 de setembro de 2021

A análise grafista Giro pela Bolsa tem como objetivo demonstrar as variações nos índices setoriais, bem como o IBovespa e o câmbio a preços Futuros. Com isso, busca-se ter uma noção de como o mercado interno operou durante a semana. A Teoria de Dow é a base dos nossos estudos, mais voltado para a análise com uso de Price Action e Ondas de Elliot, não considerando condições macroeconômicas; admite-se por hipótese que todas as informações pertinentes ao mercado se encontram nos preços dos ativos, ou seja, no GRÁFICO.

A análise buscou na semana 36 (30/08 a 03/09) manter o nível de previsão semanal para os respectivos ativos escolhidos. Os índices setoriais que abrangem as empresas observadas nos monitores fundamentalistas buscam obter uma melhor noção de como os ativos podem performar durante o período de vigência na carteira e, se necessário haver realocações, adicionalmente aos índices setoriais da carteira é analisado o índice Financeiro tendo em vista sua influência no índice Bovespa, o IBOV e o Dólar a preço futuro.

O Índice de Energia chegou na região de resistência mencionada na última análise, confirmou a tendência terciária de baixa que tinha sido apontada pelo indicador MACD-S e finalizou a semana realizando um pullback na MME9. As próximas prováveis regiões caso a tendência continue são os 83.000 e 85.430, sendo esse último, o topo histórico do índice. A tendência só será perdida caso ocorram fechamentos abaixo do suporte marcado em 79.337.

O Índice Imobiliário confirmou a formação do pivô de baixa e agora segue em movimento descendente rumo ao suporte dos 770 pontos, região de fundo formada em abril de 2019. O indicador MACD-S aponta o início de um novo rali de baixa que já foi confirmado pelo preço uma vez que este perdeu uma região de suporte e também último fundo formado.

O Índice de Consumo voltou a testar o suporte deixado nos 4.900 e finalizou a semana com uma leve recuperação da queda do dia anterior. A tendência de baixa ainda permanece e só será interrompida após o índice superar a casa dos 5.225 pontos.

O Índice de Materiais Básicos continua o movimento baixista, formando um pivô e confirmando-o caso venha a fechar abaixo do último fundo deixado nos 6.200. Enquanto trabalhar dentro da região do canal traçado, o índice estará ainda em uma tendência baixista que, no momento, tem como último alvo os 5.700 pontos. Caso respeite a região de suporte onde se encontra e perfure a resistência dos 6.620, uma reação pode estar sendo iniciada para reverter o cenário atual.

O Índice do Setor Financeiro veio mais uma vez tocar a região de suporte marcada nos 10.970 e encontrou defesa por parte dos compradores que fez com que o candle deixasse um longo pavio. Se essa região for perdida, o suporte que se iniciou em março de 2019, aos 10.510 seria o próximo alvo. Vale ressaltar que no gráfico semanal a MME9 cruzou para baixo a MME21, sinalizando que a tendência negativa pode ser estendida por um período maior.

O Índice do Setor Industrial ensaiou uma retomada vindo buscar a resistência aos 26.770 que prontamente foi respeitada, empurrando o índice para baixo. Ainda não temos uma tendência claramente definida, que poderá aparecer nas próximas semanas se perfurado o topo dos 27.000 ou perfurado o fundo dos 25.100. No gráfico em escala semanal, após uma clara tendência de alta, o preço está lateralizado há um mês.

Petróleo Brent respeitou a LTB marcada no gráfico e no último pregão deixou um padrão de candle chamado de estrela cadente, que se confirmado, dá forças para a continuação do movimento baixista. O próximo alvo inferior estaria na faixa dos US$67,00 sendo a continuação da tendência de baixa confirmada a partir da perda do suporte aos US$64,50. Uma reação altista para o petróleo só se configura caso a resistência dos US$76,00 seja superada. Lembrando que sob uma ótica macro, o ativo ainda está em um canal de alta.

O Dólar futuro fechou a semana cotado a R$5,20, testando por toda a semana o suporte do canal de alta, mostrando dificuldade em superar a região e que acabou deixando um candle de indecisão (doji) no gráfico em escala semanal. Os indicadores no gráfico diário apontam para uma tendência baixista que ainda não foi confirmada pelo preço. O próximo suporte importante, caso finalmente perfure o canal onde se encontra, continua na região dos R$5,03. Os R$5,30 prosseguem como próxima resistência.

O Índice Bovespa futuro voltou a testar a retração de 61,8% na semana em que perdeu uma linha de tendência de alta no indicador de saldo de volume (OBV), mostrando que o interesse demonstrado na semana anterior se perdeu momentaneamente. Por ter respeitado a LTB e não ter superado a resistência dos 120.800, a tendência de baixa ainda está vigente, tendo como próximo alvo os 114.820 e logo depois os 111.000. No gráfico semanal a MME9 cruzou a MME21 para baixo, o que pode indicar um cenário de baixa mais forte nos próximos dias caso os pontos mencionados anteriormente se concretizem.

Variações na Semana:


IEEX: (-0,75%)

IMOB: (-6,77%)

ICON: (-3,15%)

IMAT: (-2,56%)

IFNC: (-3,85%)

INDX: (-2,88%)

UKOIL: (-0,19%)

WDO1!: (+0,22%)

WIN1!: (-3,42%)


 

Salientamos que as informações contidas têm caráter puramente acadêmico.

 

Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

Analista Acadêmico: Kermit O. G. Costa


























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