quarta-feira, 17 de março de 2021

O relatório Focus, elaborado a partir de uma pesquisa de expectativas com cerca de 120 profissionais do Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Gerin) provenientes de bancos, corretoras e outras instituições financeiras, apresenta o levantamento das expectativas do mercado apresentando as previsões para os índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. A análise da sala de ações é centrada em sete indicadores: PIB, IPCA, IGP-M, Meta da taxa Selic, Dívida Líquida do Setor Público, Balança Comercial e a Taxa de Câmbio. Com a proximidade do fim do ano, as expectativas dos agentes tendem a se manterem estáveis

O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que é calculado pela fundação Getúlio Vargas (FGV), reflete a inflação sob a ótica da oferta e capta variações nos preços de atacado, preços ao consumidor e preços da construção civil (com pesos respectivos de 60%, 30% e 10%). A expectativa mediana para o índice na semana, permanece em alta, saltando de 8,88% para 8,98% em 2021.

Calculado pelo IBGE e considerado o índice oficial de inflação no Brasil, as expectativas de mercado para o Índice de Preços ao consumidor Amplo (IPCA) elevaram-se de 3,87% para 3,98%. O IPCA mede a variação de preços de mercado para o consumidor final, captando a inflação para famílias com renda média mensal entre 1 e 40 salários mínimos. Como no IGP-M, as expectativas do IPCA para 2021, estão em constante crescente desde o início do ano.

A expectativa de crescimento do PIB brasileiro, após duas semanas de estabilidade, volta a cair, na qual se espera um crescimento de 3,26% para o fim do ano, ante 3,29% da semana anterior. O crescimento da economia é medido pelo aumento do Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde à soma de todos os bens produzidos pelo país no intervalo de um ano.

A taxa de câmbio é tida como preço de uma moeda estrangeira, em termos da moeda local. Impactada pela taxa de câmbio, a balança comercial é expressão do saldo das exportações subtraídas as importações realizadas pelo país. Com isso, a expectativa para a taxa de câmbio real/dólar para o fim do ano foi de alta, em relação à semana anterior, passando de R$5,10 para R$5,15. Para a balança comercial, a expectativa caiu de US$ 55,10 bilhões para US$ 55,00 bilhões, voltando ao mesmo patamar das primeiras semanas do ano.

A expectativa dos analistas de mercado para a taxa Selic, permaneceu em 4,00%, patamar que persiste há três semanas seguidas.  A Selic é considerada a taxa de juros básica da economia brasileira, na qual é utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração diária, servindo também de referência para as demais taxas de juros da economia.  

 

Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

Analista acadêmico: Robert Figueiredo de Queiroz











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