O
relatório Focus, elaborado a partir de uma pesquisa de expectativas com cerca
de 120 profissionais do Departamento de Relacionamento com Investidores e
Estudos Especiais (Gerin) provenientes de bancos, corretoras e outras
instituições financeiras, apresenta o levantamento das expectativas do mercado
apresentando as previsões para os índices de preços, atividade econômica,
câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. A análise da sala de ações é
centrada em sete indicadores: PIB, IPCA, IGP-M, Meta da taxa Selic, Dívida
Líquida do Setor Público, Balança Comercial e a Taxa de Câmbio. Com a
proximidade do fim do ano, as expectativas dos agentes tendem a se manterem
estáveis
O
Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que é calculado pela fundação
Getúlio Vargas (FGV), reflete a inflação sob a ótica da oferta e capta
variações nos preços de atacado, preços ao consumidor e preços da construção
civil (com pesos respectivos de 60%, 30% e 10%). A expectativa mediana
para o índice na semana, permanece em alta, saltando de 8,88% para 8,98% em
2021.
Calculado
pelo IBGE e considerado o índice oficial de inflação no Brasil, as expectativas
de mercado para o Índice de Preços ao consumidor Amplo (IPCA) elevaram-se de
3,87% para 3,98%. O IPCA mede a variação de preços de mercado para o consumidor
final, captando a inflação para famílias com renda média mensal entre 1 e 40
salários mínimos. Como no IGP-M, as expectativas do IPCA para 2021, estão em
constante crescente desde o início do ano.
A expectativa
de crescimento do PIB brasileiro, após duas semanas de estabilidade, volta a
cair, na qual se espera um crescimento de 3,26% para o fim do ano, ante 3,29%
da semana anterior. O crescimento da economia é medido pelo aumento do Produto
Interno Bruto (PIB), que corresponde à soma de todos os bens produzidos pelo
país no intervalo de um ano.
A
taxa de câmbio é tida como preço de uma moeda estrangeira, em termos da moeda
local. Impactada pela taxa de câmbio, a balança comercial é expressão do saldo
das exportações subtraídas as importações realizadas pelo país. Com isso, a
expectativa para a taxa de câmbio real/dólar para o fim do ano foi de alta, em
relação à semana anterior, passando de R$5,10 para R$5,15. Para a balança
comercial, a expectativa caiu de US$ 55,10 bilhões para US$ 55,00 bilhões, voltando
ao mesmo patamar das primeiras semanas do ano.
A
expectativa dos analistas de mercado para a taxa Selic, permaneceu em 4,00%, patamar
que persiste há três semanas seguidas. A
Selic é considerada a taxa de juros básica da economia brasileira, na qual é
utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração
diária, servindo também de referência para as demais taxas de juros da
economia.
Coordenador:
Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
Analista acadêmico: Robert Figueiredo de
Queiroz
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