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Sala de Ações tem como prerrogativa semanal a discussão dos setores da bolsa de
valores através do monitoramento e do estudo dos diversos ativos listados na
B3, para verificar a correlação entre as notícias das empresas e do setor em
relação ao desempenho dos ativos e a variação do número de negócios. O
monitoramento também visa a comparação entre as rentabilidades dos setores e os
benchmarks (Ibovespa, CDI). Nessa semana o Ibovespa fechou em alta de 4,50% e
acumula no ano uma alta de 1,03%, em comparação com o CDI anual de 0,19%.
O setor de consumo apresentou alta de 3,59% e acumula
alta anual de 0,23%. Os destaques da semana foram PCAR3 (12,75%), MRFG3
(7,67%), FLRY3 (7,24%), BRFS3 (5,61%) e CVCB3 (4,88%). Quantos as notícias a
Assaí investirão R$ 7 bilhões em novas unidades até 2026, após cisão do GPA. Já
a JBS investirá R$ 60 milhões em unidade de Jaguariúna – SP. Enquanto a Yduqs
tenta renegociar um alongamento de dívida no valor de U$ 40 milhões com
Citibank, objetivando tornar o acordo mais tolerante com o endividamento da
empresa e procura estender o prazo de vencimento para janeiro de 2022. O setor
apresentou queda de -47,87% no número de negociações nessa semana.
O setor básico voltou a performar positivo, com um
retorno semanal de 6,23%, no ano o setor sobe 3,72%, acima do CDI e do IBOV. O
destaque das siderúrgicas foi a CSN, devido ao anúncio de que a CSN Cimentos
S.A. começa a operar como uma empresa independente. É o primeiro passo da
cimenteira para fazer uma oferta futura de ações na B3, seguindo a trilha da
CSN Mineração, de minério de ferro. O destaque da semana foi a Braskem. O papel
foi impulsionado na sessão, apresentando 20,40% de retorno, após a companhia
informar que vai reativar nos próximos dias, provavelmente, as suas operações
na unidade de cloro e soda em Maceió. Outra notícia relevante foi relacionada
ao Goldman Sachs, que manteve a recomendação neutra para a Cosan. O banco
avalia que a Raízen, pode se tornar a maior produtora de açúcar e etanol do
País, caso se confirme uma possível combinação de negócios com a Biosev. Com
isso o número de negócios do setor apresentou uma leve alta de apenas 0,79%,
com destaque para a Braskem, que apresentou uma alta de 84,02% em suas
negociações.
O setor de energia iniciou a primeira semana do mês
com um retorno de 4,14%. Já no resultado anual, o setor se encontra negativo,
em -4,95%. Os principais destaques da semana foram Eletrobrás, Engie e Cemig,
respectivamente. A estatal federal viu o preço das suas ações subir bastante
após o Presidente Jair Bolsonaro incluir a privatização da companhia na
mensagem de prioridades legislativas ao Congresso Nacional, divulgada na
semana. Já a Engie está aproveitando o momento de baixa pluviométricas no
Brasil. Com a diminuição, o governo reduz a geração das hidrelétricas com o
objetivo de poupar água e, para atender à demanda, aciona mais termelétricas,
que produzem energia mais cara. E nesse cenário, a companhia francesa obtêm
vantagens. Por fim, a Cemig, que busca concentrar os investimentos em
atividades tradicionalmente exploradas pela companhia, prioritariamente em
Minas Gerais, e acelerar o programa de desinvestimentos, com a venda de
negócios nos quais a empresa tem participação minoritária ou o controle
compartilhado.
O setor imobiliário apresentou alta de 3,40% na
semana, contudo acumula uma queda no ano de -3,74%. Os destaques da semana
foram CYRE3 (7,06%), MRVE3 (3,95%), ECOR3 (3,05%), MULT3 (3,02%) e BRML3
(2,93%). O setor apresentou recuperação após duas quedas nas semanas
anteriores, o setor também foi favorecido com o anúncio pelo governo de SP, que
manterá a flexibilização no estado. Essa semana o Cade também conseguiu barrar
a Iguatemi de usar a “cláusula do raio”, em que existe uma proibição contratual
de uma mesma loja abrir uma nova unidade dentro de uma determinada distância, o
Cade defende que a decisão tornar a concorrência mais justa entre redes de
shoppings. O setor apresentou queda de -0,45% no número de negociações
O setor de transporte e telecomunicação apresentou
alta de 5,53% na semana e acumula alta de 2,57% no ano. Os destaques da semana
foram AZUL4 (7,96%), RENT3 (7,81%), EMBR (7,74%), VIVT3 (5,86%) e RAIL3
(5,17%). Quantos as notícias a TIM adquiriram direito a participação no C6
Bank, após o atingimento de metas da parceria estratégica. Já a Localiza
anunciou que irá pagar R$ 63,8 milhões em JCP, enquanto a Rumo iniciou a
emissão em R$ 1,2 Bilhão em debêntures, o objetivo é investir na malha paulista
e a Azul Cargo anunciou um aumento de 64% na sua receita. O setor apresentou
queda de -6,40% no número de negociações.
Coordenador:
Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
Analistas acadêmicos: Ivonaldo Ferreira, Robert Figueiredo, Jéssica Evelin, Kléber Costa e Vítor Martins
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