segunda-feira, 11 de março de 2013

Segunda-feira, 11 de março de 2013. 
Enfoque nas bolsas de valores de sexta-feira:

  • O Ibovespa fechou em queda de 0,7%, a 58.432 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 7,48 bilhões. Na semana, a bolsa acumulou alta de 2,72% e no mês, tem valorização de 1,76%. No ano, no entanto, há queda de 4,13%. O recuo menor do que o esperado da inflação em fevereiro reacendeu preocupações com as perspectivas para a economia brasileira, pressionado pelo comportamento de OGX e Petrobras, fazendo investidores embolsar ganhos após o Ibovespa ter avançado cerca de 5% em dois dias. A preocupação de que o governo elevará juros em breve para conter a inflação também puxou o índice. investidores embolsar ganhos após o Ibovespa ter avançado cerca de 5% em dois dias. Fonte: O Globo
Notícias relevantes dessa segunda-feira: 
  •  Pela primeira vez neste ano, o mercado elevou a projeção para a taxa Selic em 2013, apontando agora para 8% ao ano, segundo relatório Focus. A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro apontou uma leve alta, esperando agora aumento de 3,10%, ante 3,09% projetados na semana anterior. O relatório apontou também alta no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que deve atingir 5,82% neste ano, projeção acima da divulgada semana passada (5,70%). A produção industrial também mostrou alta na passagem semanal, indicando crescimento de 3,00% em 2013, ante projeção de 2,86% na semana anterior. Fonte: Infomoney
  • As dúvidas do mercado a respeito da política cambial do Banco Central aumentaram significativamente com a omissão da autarquia na sexta, ao não intervir no câmbio mesmo após o dólar cair abaixo de R$ 1,95 pela primeira vez desde maio passado. Agora, o mercado se divide entre os que dizem acreditar que o BC abrirá espaço para o dólar cair ainda mais, para ajudar no controle da inflação, e os que apostam que os fundamentos econômicos voltarão a forçar uma desvalorização do real. A deterioração maior que a prevista da inflação fortaleceu a tese de que a taxa Selic deve ser elevada já na próxima reunião de política monetária do BC, em abril. O que levou o mercado a ajustar o dólar à expectativa de juro mais alto. Desde o fim de janeiro, quando o dólar voltou a ser negociado abaixo de R$ 2, o BC atuou duas vezes para defender o piso de R$ 1,95. O mercado viu essas atuações como um "recado" do BC de que não queria a moeda abaixo desse patamar. Mas, na sexta, quando a autarquia não atuou após o dólar furar esse piso, o consenso em torno dessa sinalização evaporou. Fonte: Valor Econômico
  • Em meio a uma pré-campanha eleitoral e preocupada com a alta de preços, a presidente Dilma Rousseff fez sexta-feira mais um pronunciamento em cadela nacional de rádio e televisão, desta vez para anunciar a isenção de impostos federais sobre os produtos da cesta básica. O governo federal vai abrir mão de R$ 5,5 bilhões em receitas já neste ano. A partir do ano que vem, a renúncia fiscal total será de R$ 7,3 bilhões. O corte de impostos, que seria anunciado no feriado de 1.° de Maio, foi antecipado para contrabalançar a forte inflação dos primeiros dois meses do ano. Nos cálculos da equipe econômica, a medida anunciada pela presidente Dilma deve reduzir em até 0,6 ponto porcentual o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, convocou para segunda-feira uma reunião com os principais empresários e representantes do setor de supermercados e comércio varejista para cobrar o repasse “imediato” das desonerações ao consumidor. Todos os produtos da cesta básica passam a ter a alíquota do PIS/Cofins zerada. Fonte: O Estado de S. Paulo
  • A alta da inflação em fevereiro, que foi de 0,60% pelo índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), surpreendeu o governo, da mesma forma que superou as previsões de mercado. A expectativa era uma inflação no mês passado entre 0,40% e 0,45%. O mercado tem colocado em dúvida o real empenho do governo em combater a inflação, que nos últimos dois anos fechou bem acima do centro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%. Esta meta pode sofrer uma variação de até dois pontos porcentuais, para baixo ou para cima. O governo tem evitado iniciar nova retomada de aumento dos juros, como instrumento de contenção do IPCA, sob o argumento de que não há problema pelo lado da demanda. Por isso, tem anunciado medidas de estímulo a economia para melhorar a oferta no Brasil, mas que terão influência positiva sobre os preços. Fonte: O Estado de S. Paulo
  •  Para manter o benefício do desconto na conta de luz anunciado em janeiro e evitar pressão sobre a inflação, o governo oficializou na sexta feira um socorro às distribuidoras de energia. As poucas chuvas levaram as empresas a comprar eletricidade produzida por termoelétricas, que é mais cara. A conta é paga por essas comercializadoras, mas depois é repassada para o consumidor. A ajuda será por meio de um fundo setorial, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que tem R$ 11 bilhões em caixa. Além disso, todos os anos essa conta será recheada com mais R$ 4 bilhões que o Tesouro Nacional repassará de Itaipu. O dinheiro será transferido para as distribuidoras pagarem os custos extras com a compra emergencial de energia térmica, evitando assim um pedido de reajuste extraordinário da tarifa, o que acabaria minando o desconto da conta implantado pelo governo no início do ano. O governo também decidiu que o custo do uso, em momentos emergenciais, de energia proveniente de termoelétricas passará a ser repartido. Até então, ficava a cargo das distribuidoras, que repassavam os valores para as tarifas. Agora, 50% desse custo ficará com o agente que estiver exposto no mercado de curto prazo. A outra metade será rateada entre consumidores, produtores e comercializadores. O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, evitou declarar o valor total que o sistema elétrico precisará para compensar as despesas geradas em momentos de energia mais escassa. "Não sabemos de quanto será o valor, mas caberá na conta da CDE.". As novas regras surpreenderam as geradoras de energia, que foram incluídas no rateio dos custos provenientes do uso emergencial de térmicas. Fonte: O Estado de S. Paulo
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

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