Quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013.
Enfoque nas bolsas de valores de quarta-feira:
- O Ibovespa subiu 0,57 por cento, a 57.273 pontos, num pregão instável, o índice oscilou entre alta de 0,8 por cento e queda de 0,46 por cento na sessão. O volume financeiro da bolsa foi de 7,95 bilhões de reais. O avanço de Wall Street impulsionou a bolsa brasileira pelo segundo pregão consecutivo. Falando novamente em audiência no Congresso, Bernanke minimizou sinais de divisões no Federal Reserve, afirmando que a política de compra de ativos tem apoio da "maioria significativa" de membros do BC. Um leilão bem-sucedido de títulos governamentais da Itália também contribuiu para a melhora do sentimento dos mercados, reduzindo preocupações de que um impasse político em Roma poderia reacender a crise da dívida do bloco. Fonte: REUTERS
Notícias relevantes dessa quinta-feira:
- Os bancos privados vão poder fazer uma espécie de giro da carteira de crédito para projetos de infraestrutura. As instituições financeiras poderão transferir ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) as operações feitas com parte dos recursos que são obrigados a deixar depositados no Banco Central. A Medida Provisória (MP) 600, do fim do ano passado, criou um mecanismo que dá aos bancos o poder de iniciar as contratações do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e depois transferir às operações ao BNDES, dando mais celeridade aos negócios. Os bancos terão interesse nas operações porque os compulsórios do BC sobre depósitos à vista não têm nenhuma remuneração. Já ataxa mais barata do PSI tem juros de 3% ao ano. O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve definir hoje as regras para essa nova linha do PSI para os bancos. R$ 15 bi é o limite do valor que os bancos poderão descontar dos depósitos compulsórios para financiar os projetos de infraestrutura nas mesmas condições do PSI, oferecidas pelo BNDES. Fonte: O Estado de S. Paulo
- Quem mora de aluguel e tem contrato com vencimento em março deverá pagar mais caro pelo imóvel. Isso porque o principal indicador que corrige os preços das habitações, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), já acumula alta de 8,29% nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro. A última vez que esse indicador teve aumento tão expressivo foi em julho de 2011, quando chegou a 8,36%. Ainda que o reajuste dos contrato que vão vencer em março tenha ficado muito alto, a variação registrada no mês de fevereiro foi de apenas 0,29%, bem abaixo do que esperava a maioria dos analistas do mercado financeiro, que apostava em uma alta de 0,34%. Fonte: Correio Braziliense
- Com a mudança de estratégia do governo em relação ao mercado de câmbio, e a consequente queda da cotação do dólar, o real se tornou a moeda com maior valorização do mundo este ano, numa lista que inclui as 16 principais moedas do planeta. O real avançou 3,50% em 2013 até ontem, liderando com folga o ranking das divisas, segundo dados da agência Bloomberg News. Isso significa que o custo de se comprar dólares no Brasil caiu mais do que em outros lugares. Para especialistas, a valorização deve continuar, com o governo usando a cotação do câmbio para tentar reduzir a inflação no país. Ontem, o dólar comercial fechou em queda de 0,60%, a R$ 1,974. A baixa foi intensificada após a presidente Dilma Rousseff declarar que está comprometida em manter a inflação do país sob controle e o câmbio flexível. Fonte: O Globo
- Diante da desconfiança de executivos de vários setores sobre as regras para concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, a presidente Dilma Rousseff prometeu ontem que o governo vai trabalhar para garantir que os investimentos necessários sejam feitos com "estabilidade jurídica clara, remunerados devidamente, com financiamentos de longo prazo". O sinal foi dado durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (GDES). O programa de concessões não deslanchou no ano passado porque estava errado, comentou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão. "O governo desenhou um modelo que priorizou pouco a lucratividade dos projetos e, agora que percebeu que as concorrências ficaram vazias, adequou o modelo". Fonte: O Estado de S. Paulo
- A visão de que o compartilhamento de infraestrutura de rede pode reduzir custos para as empresas e, por consequência, baratear os serviços para os usuários tem levado a Agência Nacional de Telecomunicações a ver com bons olhos as eventuais parcerias que têm sido discutidas entre as operadoras. Tanto é que os contratos de quarta geração de serviços móveis (4G), assinados no ano passado, previram a obrigação de compartilhamento de, no mínimo, 50% das torres entre as empresas. O conselheiro da Anatel, Rodrigo Zerbone analisa o compartilhamento de 4G entre Oi e TIM, pedido pelas teles, mas que não envolve o uso comum das bandas de radiofrequência adquiriras no leilão. Outro pedido, da Telefônica/Vivo, que teria interesse em parceria com a Claro, também está sob estudo e poderia avançar até a faixa de frequência. Fonte: Valor Econômico
- Esgotou-se a margem para os bancos públicos forçarem novas quedas nos juros do sistema bancário, disse ao Valor PRO , serviço de notícias em tempo real do Valor, um dirigente de uma instituição financeira federal. Neste momento, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal discutem como manter os juros mais baixos caso se configure um cenário em que o Banco Central promova um aperto monetário. Os juros médios cobrados pelos bancos nos empréstimos bancários com taxas livremente pactuadas no mercado subiram de 25,3% para 26,1% ao ano entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, segundo os dados divulgados ontem pelo Banco Central. Entre fevereiro e dezembro, os juros bancários caíram o equivalente a 7,2 pontos percentuais. Segundo balanços de 2012 divulgados na semana passada, os bancos federais já começam a compensar, com o aumento de volume de crédito, a perda que tiveram com a redução de juros. Fonte: Valor Econômico
- As concessões de crédito consignado dispararam no início do ano, principalmente para aposentados e pensionistas do INSS. A alta foi de 32,9% de dezembro para janeiro, o que representa um total de R$ 11,4 bilhões, segundo o BC. Apenas para os beneficiários da Previdência, o salto foi de 57% no período. O forte movimento visto no mês passado pode ser sazonal, na avaliação do chefe do departamento econômico do BC, Tulio Maciel. "O início de ano é um período de compromissos de pagamento para as famílias.". Enquanto o juro médio do crédito com recursos livres fechou janeiro em 26,1% ao ano, o do consignado foi de 24,5% ao ano. A modalidade também é interessante para os bancos porque, como as parcelas são descontadas direto do salário, a inadimplência é baixa. Em janeiro, ficou em 2,7%, enquanto a geral foi de 5,6%. Fonte: O Estado de S. Paulo
- Graças a um forte aumento na arrecadação, o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou superávit primário de R$ 26,1 bilhões em janeiro. O resultado representa um aumento de 25,5% em relação ao mesmo período no ano passado, quando o primário foi de R$ 20,8 bilhões. Foi a maior economia de recursos para o pagamento de juros da dívida pública já obtida no primeiro mês de um ano. Segundo relatório divulgado pelo Ministério da Fazenda, as receitas do Governo Central somaram R$ 101,8 bilhões e cresceram 17,3% em relação a janeiro de 2012. No primeiro mês do ano, a arrecadação foi turbinada pela decisão das empresas de anteciparem o pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) relativo a lucros obtidos em 2012. Isso resultou numa receita de R$ 7,5 bilhões. O resultado primário de janeiro corresponde a 24,1% do esforço fiscal previsto para o Governo Central este ano, que é de R$ 108,1 bilhões, ou 2,15% do Produto Interno Bruto (PIB). Já a meta do setor público consolidado, que inclui Governo Central, estados e municípios, é de R$ 155,9 bilhões, ou 3,1% do PIB. Mas a equipe econômica já admitiu que fará um primário menor para estimular o crescimento. Fonte: O Globo
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
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