Enfoque nas bolsas de valores de segunda-feira:
- O Ibovespa fechou em queda de 0,09%, aos 61.899 pontos. O volume financeiro total fechou em R$ 6,652 bilhões, dos quais R$ 2,7 bilhões foram do exercício de contratos de opções sobre ações. Do volume do exercício, R$ 2,26 bilhões foram opções de compra e R$ 439,71 milhões opções de venda. Foi o menor giro financeiro desde o vencimento de 19 de novembro do ano passado, quando o exercício somou R$ 2,599 bilhões. O vencimento de opções sobre ações salvou a bolsa brasileira do marasmo total e garantiu algum volume para a Bovespa, num pregão que não contou com a direção de Nova York, cujos mercados estavam fechados em função do feriado de Martin Luther King. Depois do exercício de opções, às 13 horas, no entanto, o mercado pouco andou. Fonte: Valor Econômico
Notícias relevantes dessa terça-feira:
- Bancos internacionais voltaram a reduzir seus empréstimos ao Brasil, e a América Latina registra a maior retração de créditos externos desde 2009, no auge da crise econômica. Dados do Banco de Compensações Internacionais revelam que, no terceiro trimestre de 2012, a redução de empréstimos externos ao País foi de US$ 2,8 bilhões. Trata-se do segundo trimestre consecutivo de redução de empréstimos para o Brasil. Entre abril e junho, a queda foi de US$ 5,6 bilhões. Mas os bancos estrangeiros não estão reduzindo seus empréstimos apenas para o Brasil. Num cálculo envolvendo os mercados emergentes, a contração chega a US$ 30 bilhões. A América Latina teve uma queda de US$ 12 bilhões, a maior desde 2009. Fonte: O Estado de S. Paulo
- Com dificuldades para adequar as prestações da casa própria ao orçamento, muitas famílias com renda acima de R$ 5,4 mil estão adiando a tomada de empréstimos. O resultado foi a queda do número de financiamentos. Temendo perder vendas, muitas construtoras reduziram os valores das unidades na planta. Em 2012, os preços ficaram estáveis no mercado. A quantidade de casas e apartamentos prontos financiados pelos bancos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) — em geral, para famílias com renda superior a R$ 5,4 mil — registrou queda em 2012, em relação a 2011. Os dados preliminares da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que reúne todos os bancos que concedem crédito pelo SBPE, apontam diminuição em torno de 7% do total de unidades contratadas no ano passado. Fonte: Correio Braziliense
- O consumo de energia no sistema elétrico nacional cresceu 6,3% em dezembro de 2012, na comparação anual, para 62.801 megawatts (MW) médios. O aumento foi motivado por temperaturas acima da média esperada para essa época do ano, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no Boletim de Carga Mensal, disponível em seu site. Em todo o ano de 2012, a alta foi de 4,2% em relação a 2011. A geração de energia no Sudeste/Centro-Oeste subiu 7% ante dezembro de 2011. No Sul, o aumento foi de 6,4%; e no Nordeste houve avanço de 7,9% em dezembro. O Norte registrou queda de 3,4% no consumo no período. O ONS informou ainda que, apesar do aumento das chuvas nas regiões que abastecem os principais reservatórios de hidrelétricas, as usinas termelétricas continuarão operando para dar confiabilidade no sistema e poupar energia hídrica. Fonte: O Globo
- A balança comercial brasileira aprofundou a queda e já apresenta um déficit de US$ 2,7 bilhões nos primeiros 20 dias do ano. O saldo negativo do período é maior do que o rombo de todo o mês de janeiro do ano passado, de US$ 1,3 bilhão. Um desequilíbrio tão forte da balança não era observado ao longo de um mês desde a época em que o dólar ainda era fixo e estava cotado em R$ 1. Em outubro de 1998, o resultado ficou deficitário em US$1,4 bilhão. O primeiro sinal de fraqueza foi visto logo após a virada do ano, quando a balança ficou no vermelho em US$ 100 milhões. A partir daí, o rombo foi crescente: US$ 878 milhões na segunda semana do mês e mais US$ 1,7 bilhão na terceira, conforme divulgou ontem o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No acumulado de 2013, as importações de US$ 12,2 bilhões superam os US$ 9,5 bilhões obtidos com as exportações no período. Fonte: O Estado de S. Paulo
- Após um ano de testes para ganhar experiência, o goveno federal pretende turbinar o programa de compras governamentais de estímulo à indústria até dezembro. O Palácio do Planalto quer estender para todos os produtos fabricados no País a política de margem de preferência, que autoriza gastos até 25% maiores para aquisição de um bem produzido no Brasil, em detrimento de importados. O assunto deve ser resolvido ainda no primeiro semestre. Em vez de editar decretos definindo margens para produtos específicos, como foi feito para calçados e fármacos, por exemplo, a equipe do ministro da Fazenda, Guido Mantega, prepara estudos para criar margens para grupos de bens. A ideia é “tabelar”, de uma só vez, o maior número possível de produtos, como que para criar um "marco regulatório” para compras públicas. No ano passado, cerca de R$ 2,5 bilhões saíram dos cofres federais em licitações com margem, quase metade do valor na compra de veículos pesados no programa PAC Equipamentos. A meta era gastar R$ 15 bilhões. Além disso, o governo pretende publicar margens de “0%” para alguns produtos, o que serviria para criar uma referência: segundo as condições de mercado, não haveria como justificar gastos maiores nas compras públicas desses bens. Fonte: O Estado de S. Paulo
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
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