sábado, 8 de dezembro de 2012

Sexta-feira, 07 de dezembro de 2012. 
Enfoque nas bolsas de valores de quinta-feira:

  • O Ibovespa fechou com variação negativa de 0,04 por cento, a 57.656 pontos. O giro financeiro foi de 6,58 bilhões de reais. A Bovespa terminou praticamente estável, com investidores cautelosos enquanto aguardam sinais de avanço nas negociações para evitar o abismo fiscal nos Estados Unidos. A Europa também voltou ao foco, após o Banco Central Europeu (BCE) manter a taxa de juros da região inalterada e prever que a economia da zona do euro deve ter nova contração em 2013. Na cena doméstica, o mercado repercutiu a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Embora o documento tenha sinalizado que os juros permanecerão estáveis por um período prolongado, agentes financeiros ampliaram suas apostas de novos cortes da Selic no ano que vem. Fonte: REUTERS
Notícias relevantes dessa sexta-feira:
  • Neutra, enxuta, repetitiva. Essas características atribuídas à ata do Copom por especialistas foram consideradas suficientes para abrir espaço para o mercado reforçar apostas em corte de juros, tanto na BM&F quanto nos cenários macroeconômicos dos economistas. Afinal, havia receio de que a autoridade monetária traria advertências sobre os riscos de inflação, uma vez que o dólar só fez subir no último mês e as expectativas para os índices de preço não cederam, mesmo com dados fracos de atividade. O temor não se confirmou, o que endossou a leitura de que o ciclo de alívio monetário poderá ser retomado, como parte da empreitada do governo para estimular a economia. E é sob essa percepção que investidores se posicionam no mercado de juros. No encerramento do pregão, o DI janeiro de 2014 tinha taxa de 6,86%, ante 7,10% ontem, com giro extraordinário de 1 milhão de contratos. Fonte: Valor Econômico
  • O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, está avaliando pedido do setor da construção civil para que o governo aumente, de R$ 500 mil para R$ 750 mil, o limite máximo do valor de imóveis que podem ser financiados por meio do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O pedido original foi feito meses atrás pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário de Poupança (Abecip), mas a equipe econômica não se animou. O assunto voltou à tona nesta semana como uma das reivindicações da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) para reativar o setor e, por tabela, estimular o frágil nível da atividade do país. “O tema é polêmico e ainda não conseguimos unanimidade nem dentro do setor e muito menos no governo” admitiu Paulo Safady Simão, presidente da CBIC. “Pode não ser interessante para o governo ampliar o uso do Fundo de Garantia para a casa própria, uma vez que os recursos dos trabalhadores vêm sendo destinados à habitação popular”, disse um técnico do governo. Fonte: Correio Braziliense
  •  A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, informou que a presidente Dilma Rousseff quer fazer o anúncio do programa de novas concessões e de investimentos em aeroportos ainda este ano. “Ela (Dilma) quer lançar o novo plano quando voltar da viagem à Rússia e à França”, disse a ministra. A presidente irá na próxima semana a Paris, onde fica nos dias 11 e 12, e depois seguirá para Moscou, lá permanecendo nos dias 13 e 14. Ela disse que o governo também está avaliando a lista dos aeroportos de grande porte que serão concedidos à iniciativa privada. Gleisi e o ministro-chefe da SAC, Wagner Bittencourt destacaram que os investimentos nos aeroportos regionais deverão chegar a R$ 4 bilhões até 2015. O plano envolve a construção de cerca de 70 novos terminais regionais, que se somarão aos 136 já existentes. Fonte: Correio Braziliense
  • O esforço do governo federal para reduzir os preços das tarifas de energia elétrica pode ser neutralizado pelos gastos feitos para a geração de energia por usinas termelétricas (gás, óleo, biomassa), que estão a plena carga, por causa do baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. O presidente do Operador Nacional do sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse ao GLOBO que o custo da geração térmica deve chegar a R$ 2 bilhões neste ano. E os consumidores pagarão por isso em suas contas de luz no próximo ano. Os reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste estão em 31,28%. Na Região Nordeste, o nível bate em 34,58%, enquanto no Sul chega a 36,41%. Na época do racionamento, o nível ficou abaixo dos 20%. A curto prazo não há riscos de escassez de energia. Fonte: O Globo
  •  A presidente Dilma Rousseff classificou como "equívoco" a avaliação de que a renovação das concessões tirou receita das empresas do setor elétrico. Sem citar nomes, voltou a alfinetar as estatais dos Estados controlados pelo PSDB que não aderiram ao pacote. Dilma não informou quanto o Tesouro terá de aportar para que o custo da energia seja reduzido em 20%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que ainda não está definido de que forma isso será feito. O senador Aécio Neves (PSDB-MG). Nome mais cotado do partido para as eleições presidenciais de 2014, o senador mineiro disse que Dilma faria "estelionato eleitoral" se não conseguisse manter a promessa do desconto de 20%. A presidente voltou a defender o governo e disse que a renovação das concessões sem redução de tarifas e receitas não seria correta. Fonte: O Estado de S. Paulo
  • Desde o início do ciclo de redução da taxa básica de juros em agosto de 2011, as multinacionais com sede no exterior diminuíram com força os empréstimos às filias brasileiras. No ano passado, eram fortes os indícios de que as empresas vinham usando esse canal para evitar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações em renda fixa. Entre agosto de 2010 e agosto de 2011, início do ciclo de afrouxamento monetário, o ingresso líquido de empréstimos entre companhias com atuação no Brasil e no exterior era de US$ 17,4 bilhões, valor que caiu para US$ 12,5 bilhões em outubro deste ano, considerando-se o acumulado em 12 meses. Essa queda ocorreu principalmente por causa da redução dos envios do exterior ao Brasil. As empresas com matriz fora do país, por exemplo, emprestaram às suas filiais no Brasil US$ 32 bilhões, também nos 12 meses encerrados em agosto de 2011, valor que desacelerou para U$ 22,1 bilhões em outubro deste ano, queda de 32% no período. Fonte: Valor Econômico 
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça 
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

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