Segunda-feira, 03 de dezembro de 2012.
Enfoque nas bolsas de valores de sexta-feira:
- O Ibovespa encerrou com declínio de 0,65%, aos 57.474,57 pontos. No mês, o ganho encolheu para 0,71% e, no ano, para 1,27%. Na mínima do dia, o índice atingiu 56.704 pontos (-1,99%) e, na máxima, 58.031 pontos (+0,31%). O giro financeiro somou R$ 14,3 bilhões. O desempenho fraco do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a preocupação com o abismo fiscal e os dados econômicos nos Estados Unidos. Mesmo assim, a Bolsa conseguiu registrar ganho no mês. O destaque ficou para as ações do setor de energia elétrica, que reagiram em alta à MP 591. A principal mudança da MP 579 foi o reconhecimento do governo federal de que as transmissoras possuem um saldo a indenizar dos ativos anteriores a 2000, antes considerados totalmente amortizados. Fonte: ESTADÃO
Notícias relevantes dessa segunda-feira:
- O mercado reduziu pela terceira semana seguida as perspectivas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Os analistas consultados agora preveem que 2012 encerrará com uma expansão do PIB de 1,27 por cento, contra 1,50 por cento na semana anterior. Para 2013, a expectativa foi reduzida para expansão de 3,70 por cento, após previsão de crescimento de 3,94 por cento anteriormente. A pesquisa Focus desta segunda-feira mostrou também que o mercado elevou a previsão para o dólar, cuja expectativa agora é de que encerrará este ano a 2,07 reais, após 2,03 reais na semana anterior. Para 2013 essa perspectiva foi elevada a 2,06 reais, ante 2,02 reais. Ao mesmo tempo, os analistas mantiveram a projeção de que a Selic permanecerá no atual patamar de 7,25 por cento até o final de 2013. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Focus foi mantida em 5,43 por cento para 2012 e em 5,40 por cento para 2013. Fonte: REUTERS
- O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo e só 0,9% na comparação com igual período do ano anterior, somando R$ 1,09 trilhão. Ao ficar abaixo da menor das estimativas que vinham sendo feitas nas últimas semanas, os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) decepcionaram investidores e analistas, e criaram um clima de tensão e nervosismo na equipe econômica do governo. Mantega, que na semana passada ainda apostava em alta trimestral de 1,3% , se disse “surpreso” com o “pibinho”, mas, sobretudo com o comportamento do setor de serviços, responsável por 60% da composição do indicador, que teve variação nula no período. Fonte: Correio Braziliense
- Pelo quinto trimestre consecutivo, a taxa de investimentos na economia operou no vermelho, caindo 2% ante o trimestre anterior. No ano, a chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede o consumo de máquinas e equipamentos destinados ao setor produtivo, já despenca 3,9%. Foi a pior retração desse indicador em três anos. Foram ao todo cinco resultados trimestrais negativos consecutivos na comparação anual, igualando o desempenho da crise de 2008 e 2009. Na comparação contra o terceiro trimestre de 2011, a desaceleração chegou a 5,6%. O maior destaque positivo na indústria na comparação anual dos trimestres foi o setor de produção de eletricidade, gás e água, com alta de 2,1%. O negativo foi a extrativa mineral, com um tombo de 2,8%, influenciado essencialmente pelo recuo na produção de petróleo. Fonte: Correio Braziliense
- O consumo das famílias não decepcionou no terceiro trimestre. A expansão foi de 0,9% no período na comparação com o segundo trimestre, num desempenho melhor que nos trimestres anteriores. Frente ao ano passado, esse setor cresceu 3,4%, numa aceleração frente aos 2,4% de abril a junho. É a 36º expansão consecutiva. Explicam esse crescimento contínuo a alta da massa salarial (soma dos ganhos de todos os trabalhadores brasileiros) de 6,6% e a expansão do crédito de 13,7%. O mercado de trabalho parece não ter sido afetado pela economia morna, com a taxa de desemprego de 5,3%, a menor desde 2002, e alta do rendimento de 4,6%. Fonte: O Globo
- O desemprego na Zona do Euro atingiu novo recorde em outubro, com outras 173 mil pessoas sem trabalho, mas os preços ao consumidor caíram fortemente em novembro e deram certo alívio às famílias durante a recessão. A inflação anual ficou em 2,2% no 11º mês do ano, segundo informações do Eurostat, o escritório de estatísticas da União Europeia (UE). A taxa de desocupação subiu para 11,7% em outubro, de acordo com a Eurostat, acima dos 11,6% em setembro e um aumento expressivo em relação à expansão de 9,9% registrada um ano antes. Quase 19 milhões já perderam o emprego. A economia da Zona do Euro deve ter uma fraca recuperação em 2013 e os especialistas esperam que o desemprego continue subindo. “Nós ainda não saímos da crise”, disse, ontem, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. Fonte: Correio Braziliense
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
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