quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Quarta-feira, 28 de novembro de 2012. 
Enfoque nas bolsas de valores de terça-feira:

  • O Ibovespa caiu 0,86 por cento, a 56.248 pontos, cedendo à fraqueza dos mercados em Nova York. O giro financeiro do pregão foi de 6,3 bilhões de reais, ante média diária de 7,2 bilhões de reais em 2012. Um acordo na Europa para reduzir a dívida grega e liberar mais recursos emergenciais ao país deu sustentação ao avanço do Ibovespa durante quase todo o pregão --o índice chegou a marcar alta de 1,2 por cento na máxima intradiária. Mas o mercado virou na hora final do pregão, à medida em que investidores optaram por cautela diante do risco de um abismo fiscal nos EUA --cerca de 600 bilhões de dólares em cortes de gastos e aumentos de impostos que podem entrar em vigor automaticamente em janeiro e jogar o país em recessão. Fonte: REUTERS
 Notícias relevantes dessa quarta-feira:
  • A população grega acordou com uma boa notícia: os ministros de Finanças da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) haviam fechado, de madrugada, um acordo que reduz a dívida grega e abre caminho para a liberação de mais parcelas do socorro financeiro. Depois de 12 horas de negociação em Bruxelas, na terceira reunião em três semanas, os credores internacionais concordaram em reduzir a dívida grega em 40 bilhões, para 124% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Para reduzir a dívida grega, os ministros concordaram em reduzir os juros dos empréstimos, ampliar o vencimento do empréstimo concedido à Grécia pela chamada troika (FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) de 15 para 30 anos e conceder um período de carência de dez anos para o início do pagamento desses recursos. Mas não foram divulgados detalhes sobre a redução da dívida, a ser feita por meio da recompra de títulos pelo governo grego com desconto. Devido à falta de detalhes, os ganhos nas bolsas europeias não foram grandes. Além disso, os ministros se comprometeram a tomar passos adicionais para levar a dívida grega a "significantemente abaixo de 110%" em 2022. Fonte: O Globo
  • O governo vai lançar no dia 6 o programa de desenvolvimento dos portos com investimentos previstos em torno de R$ 40 bilhões, a exemplo do que ocorreu com ferrovias e rodovias e está em estudo para os aeroportos. Pelo plano, o governo federal terá mais poder na gestão dos 18 portos administrados pelas docas estatais, que hoje têm relativa autonomia, por ligações com os governos regionais. Com as mudanças, o governo espera reduzir o custo Brasil e destravar barreiras ao comércio exterior. O programa prevê também o fortalecimento da SEP, que será responsável pela licitação de terminais portuários, terá o poder concedente nas concessões de portos e abrigará sob seu guarda-chuva a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), hoje ligada ao Ministério dos Transportes. No caso das docas, será transferida a instâncias federais a gestão e o planejamento das instalações, ficando em escala local só a operação. Fonte: O Globo
  •  O setor siderúrgico registrou este ano a primeira queda de produção desde 2008, quando a crise desencadeada pela quebra Banco Lehman Brothers arrastou a economia mundial para um período de forte retração. O Instituto Aço Brasil (IABr) prevê que a fabricação de aço bruto alcance 34,8 milhões de toneladas, uma queda de 1,1% em relação ao ano passado. Para 2013, o cenário ainda é muito nebuloso. Tanto que o instituto nem se arriscou a fazer uma projeção. Além de projetos engavetados, o setor vive também o drama de ter uma siderúrgica recém-inaugurada, a Companhia Siderúrgica Atlântico (CSA), já colocada à venda pela controladora, a alemã ThyssenKrupp. O momento de retração da economia mundial não tem favorecido as negociações. O presidente do conselho do IABr se mostrou preocupado com os dados de utilização da capacidade instalada do setor. Segundo ele, a atual capacidade ociosa poderia atender a 100% da demanda interna de aço no País. A previsão da entidade é de que o uso da capacidade do setor fique em 72,5% este ano. Fonte: O Estado de S. Paulo
  • Fazer investimentos ainda não é um hábito dos brasileiros. A maior parte deles, 61%, não tem nenhuma aplicação financeira segundo uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O levantamento - encomendado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) - foi realizado nas 27 capitais brasileiras. Foram ouvidas 623 pessoas. O índice de investidores sobe um pouco quando se trata das classes A e B - 52% dos entrevistados dessa faixa de renda disseram ter o costume de fazer aplicações financeiras. Nas faixas C e D, o percentual é menor, de 29%. A caderneta é a única aplicação financeira de 27% dos entrevistados. Nas classes A e B, esse percentual é de 31%. Outros 7% disseram usar a caderneta de poupança conjuntamente com diferentes modalidades de investimentos. Apenas 5% dos consumidores ouvidos afirmaram que investem, mas que não têm recursos em poupança. Fonte: Valor Econômico
  • Os países do Brics - Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul - tentam acelerar negociação de um fundo comum de reservas internacionais que poderá variar de US$ 50 bilhões a US$ 240 bilhões, dependendo da proposta que prevalecer no grupo. Negociadores dos cinco grandes emergentes farão uma teleconferência no começo de dezembro para avançar na discussão e reforçar sua proteção contra choques externos. O Valor apurou que a proposta mais ambiciosa é a da China, país com as maiores reservas internacionais do planeta. Pequim defende um fundo comum de US$ 240 bilhões, o mesmo montante da Iniciativa de Chiang Mai, que reúne países do sudeste asiático. A ideia é pavimentar o terreno para um anúncio formal dos líderes na cúpula dos Brics em março de 2013, na África do Sul. As discussões ocorrem ao mesmo tempo em que Brasil e China estão em posições opostas na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre algum mecanismo para corrigir desalinhamentos cambiais que afetam o comércio. Fonte: Valor Econômico
  •  O governo decidiu que só permitirá um novo reajuste para gasolina no início do ano que vem. Por mais que reconheça as pressões da Petrobras, a equipe econômica avalia que um aumento agora poderia provocar impacto não só sobre a inflação dos primeiros meses de 2013, como também respingaria nos últimos dias deste ano. Fontes do Palácio do Planalto informaram que o reajuste pode ficar em torno de 10%, abaixo do percentual de 15% que vem sendo pedido pela estatal do petróleo. Fonte: O Globo
  • O governo vai recorrer à base aliada no Congresso para tentar convencer os líderes de bancada do Senado a incluírem na pauta de discussões, ainda neste ano, o debate em torno da chamada guerra fiscal entre os estados. Ontem, em café da manhã com lideranças políticas aliadas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou a proposta, já defendida em reunião com governadores, de unificar em 4% as alíquotas interestaduais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O objetivo é acabar com a política predatória adotada por alguns estados, que, para atrair investimentos, oferecem descontos de até dois terços da alíquota máxima do tributo, de 12%. Para o senador Armando Monteiro (PTB-PE), “não será fácil” incluir o tema na pauta de votações ainda este ano. “Lembrem que nós tínhamos a Lei Kandir (medida que isentou produtores rurais de pagar ICMS nas exportações), mas a compensação não era automática. Então, é preciso pensar em uma maior proteção para os estados”, disse. Fonte: Correio Braziliense
  • O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já admite que a resolução que prevê a unificação da alíquota do ICMS nos estados só deverá ser votada pelo Senado em meados do ano que vem. Pela proposta, haverá um prazo de transição de oito anos para os estados que, hoje, têm alíquota de 12%, enquanto aqueles que operam com 7% terão um período de quatro anos para se adequarem à nova sistemática que, faz parte do projeto de reforma tributária fatiada do governo. O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), defendeu a aceleração das discussões, mas frisou que os debates em torno da unificação do ICMS devem vir juntamente com a questão do indexador da dívida dos estados com a União e a simplificação do PIS/Cofins. Fonte: O Globo 
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça 
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

0 comments:

Postar um comentário

Agradecemos seu comentário.