Terça-feira, 27 de novembro de 2012.
Enfoque nas bolsas de valores de segunda-feira:
- O Ibovespa encerrou com declínio de 1,45%, aos 56.737,10 pontos. Com o recuo desta segunda-feira o índice passou a acumular perda de 0,58% no mês e, no ano, de 0,03%. Na mínima, o índice atingiu 56.502 pontos (-1,86%) e, na máxima, se manteve estável, nos 57.572 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 5,122 bilhões. Depois de acumular alta de quase 4% na semana passada, a segunda-feira começou com uma realização de parte dos lucros na Bovespa. O movimento foi amparado pelo mau humor externo, devido à incerteza sobre a reunião em Bruxelas para definir a liberação de ajuda financeira à Grécia e o abismo fiscal nos EUA. Também colaborou para o cenário negativo o resultado das eleições regionais na Espanha no fim de semana. Fonte: ESTADÃO
Notícias relevantes dessa terça-feira :
- O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica, também conhecida como PIB (Produto Interno Bruto) mensal, cresceu 0,2% em setembro, na comparação com agosto, já descontadas as influências sazonais. Com isso, o indicador acumulou expansão de 1% no terceiro trimestre de 2012, frente o trimestre anterior. De acordo com o IBGE, o PIB brasileiro cresceu só 0,1% no primeiro trimestre e 0,4%, no segundo. Se confirmar a estimativa da Serasa, de 1% de crescimento no terceiro trimestre, o PIB acumularia expansão também de 1% no ano. Pelo lado da demanda, o consumo do governo, com crescimento acumulado de 4,1% em nove meses, e o consumo das famílias, com alta de 3,2% para o mesmo período, têm sustentado a atividade econômica até agora. Já os investimentos (formação bruta de capital fixo) acumulam uma retração de 4,4% em três trimestres do ano. Fonte: O Estado de S. Paulo
- Fundos de desenvolvimento terão redução temporária de juros. As taxas de juros dos fundos de desenvolvimento da Amazônia (FDA) e do Nordeste (FDNE) devem ser reduzidos temporariamente para 2,5% ao ano até março de 2013. Hoje, essas operações são corrigidas pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), em 5,5% ao ano, acrescidas de um a três pontos percentuais. O governo busca manter a atratividade dos empréstimos oferecidos por esses fundos. Depois da redução temporária, as taxas dos fundos de desenvolvimento devem ser fixadas em percentuais, como já decidido internamente pelo governo em setembro. Esses juros devem voltar para algo em torno de 5% a 6,5% ao ano. A ideia da equipe econômica é estimular os investimentos com esses recursos, já que nos primeiros seis meses do ano, nenhum valor foi repassado pelo FDNE, que tem dotação de R$ 2,022 bilhões para 2012. O FDA emprestou, nesse período, apenas R$ 47 milhões do R$ 1,397 bilhão disponível. Fonte: Valor Econômico
- Os bancos espanhóis que foram estatizados pelo governo (Bankia, Caixa Catalunya, Novagalícia e Banco de Valencia) receberão uma injeção de 37 bilhões de euros, quase a totalidade do empréstimo europeu de 40 bilhões destinado ao setor financeiro espanhol, afirmou o ministro da Economia da Espanha Luis de Guindos. O ministro fez o anúncio dois dias antes de o vice-presidente da Comissão Europeia (CE), Joaquín Almunia, apresentar o plano de resgate do setor bancário do país. No total, os países europeus colocaram 100 bilhões de euros à disposição do governo de Madri. A Zona do Euro não aprovou ainda um Sistema Supervisor Financeiro, condição imprescindível para a recapitalização direta dos bancos, sem passar pelos Estados. Fonte: Correio Braziliense
- A menos de um mês do Natal, indicadores do comércio varejista mostram que as vendas ainda não deslancharam. O elevado nível de endividamento dos consumidores continua atrapalhando as compras. A expectativa dos lojistas de que as vendas se acelerem a partir do próximo fim de semana pode não se confirmar. Quase um terço dos consumidores (32,6%) relatou que pretende usar esse dinheiro para quitar dívidas, segundo pesquisa realizada no mês passado com mil pessoas pelo instituto de pesquisas Ipsos Public Affairs para avaliar a confiança dos brasileiros. Na primeira quinzena deste mês, as vendas ficaram praticamente estagnadas, aponta a pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Depois do crescimento anual de 6,3% em outubro, as consultas para vendas a prazo aumentaram só 0,3% na primeira quinzena deste mês em relação ao mesmo período de 2011. Fonte: O Estado de S. Paulo
- As maiores economias do mundo se unem para atacar a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no setor automotivo no Brasil e o programa Inovar-Auto do governo. Elas temem que Brasília possa ampliar o benefício fiscal para outros setores. A queixa foi levantada na OMC e envolveu 34 países que questionam a legalidade da política brasileira. Europa, Estados Unidos e China deixaram de lado atritos comerciais entre eles para unir forças para pressionar o Brasil. O Japão também saiu ao ataque, alertando que as medidas estão desenhadas para "proteger a indústria nacional" e são "inconsistentes" com as regras da OMC. Austrália, Coreia, Canadá, EUA, Taiwan, China e Hong Kong também criticaram o Brasil pela redução do IPI. O Itamaraty foi obrigado a se defender. Mas, como vem fazendo nos últimos meses, se limita a dar uma explicação genérica. O governo alega que as medidas visam encorajar o desenvolvimento técnico, aumentar o padrão ambiental e elevar a qualidade dos carros no Brasil. Na avaliação do governo, as leis brasileiras estão de acordo com as regras da OMC e não há qualquer motivo para uma disputa. Fonte: O Estado de S. Paulo
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
0 comments:
Postar um comentário
Agradecemos seu comentário.