Segunda-feira, 19 de novembro de 2012.
Enfoque nas bolsas de valores de sexta-feira:
- O Ibovespa caiu 1,56 por cento, a 55.402 pontos, no menor nível de fechamento desde 26 de julho. O giro financeiro do pregão foi de 6,6 bilhões de reais, ante média diária de 7,2 bilhões de reais em 2012. Analistas técnicos destacaram que o índice ficou abaixo do suporte gráfico dos 56.200 pontos, o que sugere piora na tendência de curto prazo. Na semana, o índice acumulou queda 3,41 por cento, maior desvalorização desde a última semana de setembro. As incertezas e riscos no cenário externo continuam pesando no mercado, um dia após a notícia de que a Europa entrou em recessão pela segunda vez desde 2009 e com investidores acompanhando negociações para evitar o chamado "abismo fiscal" nos EUA. Fonte: REUTERS
Notícias relevantes dessa segunda-feira :
- De acordo com a pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira o mercado reduziu a projeção para a Selic em 2013 pela terceira semana seguida, estimando que a taxa básica de juros permanecerá estável nos atuais 7,25 por cento ao menos até o final de 2013. Os analistas veem que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano deve atingir apenas 1,54 por cento, inalterado sobre a semana anterior. Para 2013, a perspectiva também foi mantida, em 4 por cento. Em relação à inflação, o mercado voltou a elevar sua perspectiva após reduzi-la na semana passada, estimando agora que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrará este ano a 5,46 por cento, ante 5,44 por cento. Para 2013, a pesquisa mostrou que o mercado manteve a expectativa de inflação de 5,40 por cento. A pesquisa desta segunda-feira mostrou também que o mercado manteve a previsão sobre o dólar este ano a 2,02 reais. Fonte: REUTERS
- A incapacidade de endividamento das empresas brasileiras, somada à dificuldade de acesso ao crédito e à falta de linhas adequadas ameaçam o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano. Mostra a sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo informa que quatro em cada 10 empresas dos setores extrativista, da indústria de transformação e da construção civil não possuem mais capacidade de endividamento. Foram ouvidas 2.363 empresas, 660 grandes, 920 médias e 843 de pequeno porte. Das companhias consultadas, 69% disseram ter dívidas. Dessas, 16% disseram estar acima do limite de endividamento, enquanto 37% consideram ter atingido o limite e 47% ainda estão abaixo do patamar máximo. Isso significa, segundo a CNI, que, entre as empresas já endividadas, 53% não possuem mais espaço para tomar crédito. Apenas 18% informaram não possuir qualquer tipo de dívida. Fonte: Correio Braziliense
- O comércio exteror brasileiro terá retrocesso de dez anos em 2012, com superávit abaixo de US$ 20 bilhões, conforme projeções de várias consultorias. A última vez em que a diferença entre exportações e importações ficou abaixo dessa cifra foi em 2002 - o saldo foi de US$ 13,2 bilhões. Para o ano que vem, os resultados comerciais esperados são ainda piores, de no mínimo US$ 12 bilhões, o correspondente a menos da metade do registrado em 2011, de US$ 29,7 bilhões. As consultorias estão revendo para baixo as projeções e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) abandonou, em setembro, a ideia de metas de exportação. O último valor projetado era de US$ 264 bilhões. De janeiro a outubro de 2012, as vendas externas foram de US$ 202 bilhões. Fonte: O Globo
- O membro do Banco Central Europeu Joerg Asmussen disse ontem que a zona do euro deve concordar, esta semana, com um financiamento de dois anos à Grécia, e acenar com a perspectiva de ajuda futura caso necessário. A decisão provavelmente irritará os integrantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), que quer uma solução permanente. Um contrato de dois anos adiaria uma solução de longo prazo para a crise grega para depois das eleições gerais alemãs, em setembro de 2013. O FMI, porém, não deve receber bem o adiamento. Ministros das Finanças da zona do euro e a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, se encontram amanhã para tentar um acordo sobre como tornar a dívida da Grécia administrável. Fonte: O Globo
- A China encostou na Europa e está prestes a se tornar o principal cliente das exportações brasileiras do agronegócio. Os chineses compraram 24,3% dos produtos agrícolas vendidos pelo País no primeiro semestre, ante 24,6% dos europeus, 8,2% do Oriente Médio, 7,3% da América Latina e 5,9% dos Estados Unidos, revela o estudo Especial Agronegócio, do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). Os chineses avançaram velozmente na compra de alimentos e de outros produtos agrícolas produzidos no Brasil. Em 2008, representavam 11,5% das vendas do agronegócio brasileiro, enquanto os europeus detinham 32,9%. O comércio agrícola entre Brasil e China duplicou em três anos, de US$ 8 bilhões em 2008 para US$ 18 bilhões em 2011. De acordo com especialistas, o grande problema do intercâmbio bilateral é a alta concentração. A soja representa hoje 66,7% do que o País vende para a China na área agrícola, seguida de longe por pasta de madeira e celulose (7,5%) e por açúcar (7,3%). Fonte: O Estado de S. Paulo
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
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