Quinta-feira, 25 de outubro de 2012.
Enfoque nas bolsas de valores de quarta-feira:
- Enfoque nas bolsas de valores de quarta-feira • O Ibovespa encerrou o dia com declínio de 0,92%, aos 57.160,74 pontos, colado na mínima do dia, de 57.159 pontos. Na máxima, alcançou 57.986 pontos (+0,51%). O giro financeiro ficou em R$ 6,3 bilhões. Ao contrário de ontem, quando a Bovespa caiu acompanhando o cenário externo, hoje a Bolsa se descolou do exterior e amargou o quinto dia de perdas seguido, focada no mercado doméstico, principalmente nos balanços corporativos. Pela manhã, dados econômicos divergentes na Europa e nos Estados Unidos deixaram as bolsas em direções distintas. O comunicado do Federal Reserve, divulgado na última hora dos negócios, não chegou a influenciar os negócios. Fonte: Agência Estado
Notícias relevantes dessa quinta-feira:
- As expectativas para a inflação desconfortavelmente elevadas para o próximo ano, com a alta prevista para os preços ao consumidor acima dos 5%, fazem o mercado voltar a debater o uso do câmbio na política monetária. Um estudo da MCM Consultores Associados mostra que, atualmente, o grau de repasse da variação do dólar aos preços, conhecido como "pass-through" cambial, estaria em torno de 5%. Ou seja, para uma depreciação de 10% na taxa de câmbio nominal, haveria um impacto no IPCA, referência para o regime de metas de inflação do governo, de 0,50 ponto percentual ao fim de um ano. O estudo lembra que o grau de repasse da alta do dólar aos preços atualmente é menor do que no passado e nota que essa conclusão não é tão recente. Um box especial no Relatório Trimestral de Inflação de junho de 2011 apontava que "os parâmetros associados ao repasse de variações cambiais para a inflação vêm apresentando tendência declinante ao longo do tempo". Fonte: Valor Econômico
- O alto estoque de veículos parados nas concessionárias e nas montadoras, que levou o governo federal a reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros em maio deste ano, não é mais um problema para as revendedoras. Mesmo assim, a presidente Dilma Rousseff continua cedendo e, ontem, anunciou que irá prorrogar a redução da alíquota — pela segunda vez em dois meses — até o fim de dezembro. A notícia animou o setor, que pretende vender até 30% mais neste fim de ano. O vice-presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Distrito Federal (Sincodiv), Hélio Aveiro, explica que, de fato, o estoque para alguns modelos está defasado, mas assegura que há pronta-entrega para os populares. Fonte: Correio Braziliense
- As construtoras estão procurando diversificar seus negócios para reduzir a dependência do setor público. Para isso, perseguem um novo tripé de oportunidades: obras da iniciativa privada, concessões na área de infraestrutura e reforço das operações no exterior. , Identifica o estudo da Ernst & Young, a pesquisa indica que, enquanto a rentabilidade do segmento de construção pesada ficou em 3,06% no ano passado, outros setores se mostraram muito mais lucrativos. A margem líquida foi de 5,91% na energia, atingiu 7,30% na siderurgia e chegou a 11,27% na construção imobiliária - ramos em que uma parte das empreiteiras também atua, de forma complementar às suas áreas de negócio originais. Fonte: Valor Econômico
- Depois de um período de alívio no orçamento, as famílias voltaram a se endividar com vontade. Foi o que constatou a Confederação Nacional do Comércio (CNC), ao fechar a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de outubro. O total de lares com algum tipo de débito com bancos e com o comércio atingiu 59,2%, ante os 58,9% de setembro. Pior, a parcela de famílias inadimplentes, ou seja, que já não conseguem honrar os compromissos em dia, saltou de 19,15 para 20,5%. Mais uma vez, o cartão de crédito se mostrou o grande vilão das finanças dos brasileiros. Dos entrevistados pela CNC, 74,2% afirmaram que estão pendurados nesse sistema de pagamento, cujas taxas de juros chegam a 600% ao ano. Em seguida, aparecem os carnês de loja: 20,1% dos débitos. Fonte: Correio Braziliense
- A Medida Provisória 579 também terá reflexos para os grandes grupos industriais, que investem em energia para consumo próprio e são sócias em hidrelétricas de grande porte no país. Segundo fontes do setor, as indústrias vão rever suas estratégias daqui para frente, à medida que os investimentos em autoprodução deixarem de ser tão atrativos. E se esses grandes grupos optarem por reduzir suas participações em projetos de geração, essa ausência fará falta nos futuros empreendimentos. Com a eliminação dos encargos setoriais para todos os consumidores, os autoprodutores perderam uma vantagem. Eles já eram isentos da cobrança desses encargos, o que lhes garantia um desconto em torno de R$ 30 por MWh nos preços. Depois da MP 579, essa diferença cairá para algo em torno de R$ 10. Fonte: Valor Econômico
- O comitê de política monetária do Fed, o Fomc, não decidiu por nenhuma nova ação em sua reunião de dois dias e repetiu que vai seguir com as compras de ativos hipotecários até que o mercado de trabalho melhore "substancialmente". O Fed demonstrou que quer tempo para avaliar se as medidas tomadas em setembro, quando lançou nova rodada de compra de ativos, vão impulsionar o crescimento e a criação de emprego. O comitê manteve a taxa de juros de referência de curto prazo do país entre zero e 0,25%, repetindo que pretende manter os juros nesse patamar baixo até meados de 2015. No comunicado divulgado após a reunião, o banco central disse que o crescimento das contratações tem sido lento e a taxa de desemprego permanece elevada. Ele observou, porém, que o gasto do consumidor tem se mostrado um pouco mais forte e o mercado imobiliário tem sinalizado melhora, mas que o avanço do investimento das empresas desacelerou. Fonte: Valor Econômico
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
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