domingo, 28 de abril de 2024


 

O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), representa a inflação com base na oferta e monitora variações nos preços de atacado, varejo e construção civil (com participações de 60%, 30% e 10%, respectivamente). A mediana das expectativas para 2024, após registrar queda por onze semanas seguidas, permanece estável por três semanas seguidas, com projeção de encerrar o ano em 2,00%.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE e considerado a referência oficial de inflação no país, teve alta nas expectativas para 31 de Dezembro de  2024, passando de 3,71% para 3,73%. Dito isso, o IPCA avalia a variação dos preços para o consumidor final, representando a inflação para famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos.

A projeção de crescimento do PIB brasileiro para o final do ano apresentou um aumento, alcançando 2,02%, frente aos 1,95% da semana anterior. Esse comportamento do mercado vem acontecendo por 10 semanas consecutivas.

A taxa de câmbio indica o valor de uma moeda estrangeira em relação à moeda nacional. Outrossim, influenciada pela taxa de câmbio, a balança comercial reflete o saldo entre exportações e importações do país. As expectativas para a taxa de câmbio real/dólar para o fim do ano teve uma elevação e está em R$5,00, isso pode ser imputado a mudança da meta fiscal brasileira, a projeção é de déficit zero para o ano de 2025. Em meio a esse cenário negativo o mercado respondeu e o Ibovespa fechou em queda na semana. Enquanto as projeções para a balança comercial foram revisadas positivamente, apresentando alta, de US$ 79,75 bilhões para US$ 80,00 bilhões.

Em suma, a expectativa mediana dos especialistas para a taxa Selic no final de 2024 obteve alta pela segunda semana consecutiva e está em 9,15%, depois de marcar 16 semanas consecutivas nesse patamar. A Selic é a taxa de juros básica da economia brasileira, usada no mercado interbancário para financiamento de operações de curto prazo e serve como referência para outras taxas de juros. Sendo a principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação. Atualmente, a Selic está em 10,75%, após seis reduções consecutivas, tal medida visa impulsionar a economia, estimulando o consumo e os investimentos no país.




O quadro geral nessa semana foi de comportamento dos indicadores em com exceção do IGP-M, o que chama atenção, pois nesse momento o Brasil se encontra em um cenário onde o mercado está instável e apresentando diversas oscilações.


O IPCA apresentou alta na semana. Esse indicador desempenha um papel fundamental na economia, fornecendo informações para a formulação de políticas monetárias e ajustes contratuais. Quando está elevado, implica em perda do poder de compra e desvalorização da moeda, com potencial de afetar negativamente a estabilidade e crescimento econômico.


O PIB vem apresentando alta pela 10 semana consecutiva. Dito isso, várias podem ser a motivação desse fenômeno, em geral o indicador do PIB positivo, sugere uma economia em crescimento.



O IGP-M permanece estável pela terceira semana seguida, essa consistência pode representar um périodo de previsibilidade, já que influencia nas decisões do Banco Central em torno da Política Monetária. Além disso, em meio ao cenário baixista que o indicador vem apresentando desde o dia 5 de janeiro, para o lado da oferta isso é desinteressante, já que pode ocorrer redução dos lucros, devido ao desestímulo a produção devido aos preços em queda.





A Taxa Selic Meta, tem a segunda semana consecutiva de alta. Tal indicador, tem impacto nos gastos do governo, no que se diz respeito a decisões de políticas fiscais e recursos disponíveis para investimentos e programas sociais, além de impactar na confiança dos investidores na solvência fiscal.

A Dívida Líquida do Setor Público manteve alta nessa semana. Tal métrica é fundamental para avaliar a saúde financeira do país.


Ângela Julia Lemos

Assessora Acadêmica SA


Prof,. Dr. Sinézio Fernandes Maia

Coordenador da Sala de Ações - UFPB


RESUMO DOS SLIDES MONITORADOS NA SEMANA 17 



















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