quarta-feira, 28 de abril de 2021

O relatório Focus, elaborado a partir de uma pesquisa de expectativas com cerca de 120 profissionais do Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Gerin) provenientes de bancos, corretoras e outras instituições financeiras, apresenta o levantamento das expectativas do mercado apresentando as previsões para os índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. A análise da sala de ações é centrada em sete indicadores: PIB, IPCA, IGP-M, Meta da taxa Selic, Dívida Líquida do Setor Público, Balança Comercial e a Taxa de Câmbio. Com a proximidade do fim do ano, as expectativas dos agentes tendem a se manterem estáveis

O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que é calculado pela fundação Getúlio Vargas (FGV), reflete a inflação sob a ótica da oferta e capta variações nos preços de atacado, preços ao consumidor e preços da construção civil (com pesos respectivos de 60%, 30% e 10%). A expectativa mediana para o índice na semana, se manteve em 12,66% para o fim do ano. Com isso, as projeções para o índice encerram um ciclo de alta após 14 semanas consecutivas.

Calculado pelo IBGE e considerado o índice oficial de inflação no Brasil, as expectativas de mercado para o Índice de Preços ao consumidor Amplo (IPCA) para 2021, voltam a subir, passando de 4,85% para 4,92% nesta semana. O IPCA mede a variação de preços de mercado para o consumidor final, captando a inflação para famílias com renda média mensal entre 1 e 40 salários mínimos.

A expectativa de crescimento do PIB brasileiro para o fim do ano nesta semana volta a ser de baixa, na qual se espera um crescimento de 3,07% para o fim do ano, ante 3,08% da semana anterior. Tais projeções estão em queda há 7 semanas seguidas. O crescimento da economia é medido pelo aumento do Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde à soma de todos os bens produzidos pelo país no intervalo de um ano.

A taxa de câmbio é tida como preço de uma moeda estrangeira, em termos da moeda local. Impactada pela taxa de câmbio, a balança comercial é expressão do saldo das exportações subtraídas as importações realizadas pelo país. Com isso, a expectativa para a taxa de câmbio real/dólar para o fim do ano está em alta há três semanas, saltando de R$5,37 para R$5,40. A expectativa para a balança comercial em 2021 volta a subir, atingindo US$ 57,65 bilhões, ante US$ 55,30 bilhões da semana anterior e com isso, alcança o maior patamar desde o início do ano.

A expectativa dos analistas de mercado na semana, em relação a taxa Selic para o fim de 2021 é estável, permanecendo em 5,25%. A Selic é considerada a taxa de juros básica da economia brasileira, na qual é utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração diária, servindo também de referência para as demais taxas de juros da economia.  

 

Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

Analista acadêmico: Robert Figueiredo de Queiroz











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