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Sala de Ações tem como prerrogativa semanal a discussão dos setores da bolsa de
valores através do monitoramento e do estudo dos diversos ativos listados na
B3, para verificar a correlação entre as notícias das empresas e do setor em
relação ao desempenho dos ativos e a variação do número de negócios. O
monitoramento também visa a comparação entre as rentabilidades dos setores e os
benchmarks (Ibovespa, CDI). Nessa semana o Ibovespa fechou em alta de 2,93% e apresenta
um resultado anual de 1,76%, em comparação com o CDI anual de 0,60%.
O setor de consumo apresentou alta semanal de 4,15%,
com um retorno no ano de 6,92%. Nessa semana o Grupo pão de açúcar apresentaram
alta de 6,35%, com a expectativa por parte dos investidores sobre a venda da
fatia na Cnova. Já a JBS informou no dia 12 a aquisição da empresa holandesa
Vivera por 341 Milhões EUR, a empresa é a terceira maior fabricante de produtos
à base de plantas na Europa. Por fim as Lojas Renner confirmou que pretende
realizar follow-on, com a venda de 102
milhões de ações, com a companhia podendo arrecadar R$ 4,783 bilhões, com um
potencial lote adicional de 35.700.000 ações, a precificação de ocorrer no dia
29, com o início da negociação ocorrendo no dia 03 de maio, os recursos irão
para o caixa da companhia, que deve ser utilizados para novos investimentos,
aquisições e expansões. O setor apresentou queda de -0,98% no número de
negociações.
O setor básico apresentou uma alta de 5,49% na
semana, no mês de abril já se encontra com 11,01% e, acumula até aqui, 30,68%
no ano, estando bem à frente de CDI e Ibovespa. Os principais destaques da
semana foram Braskem, Usiminas e CSN, com retornos de 15,24%, 12,34% e 11,39%
respectivamente. A Braskem foi impulsionada após o BTG Pactual elevar a
recomendação de neutra para compra das ações da companhia. O banco estima um
potencial de alta de mais 30%, após atualizar suas projeções e almejar soluções
muito próximas nos casos de Alagoas e do México. Já as siderúrgicas foram
impulsionadas mais uma vez pela alta do minério de ferro na China. Com isso, a
notícia em relação a suspenção das atividades portuárias da CSN, decretada pela
prefeitura de Itaguaí, foi deixada de lado pelo mercado e, não impediu o bom
desempenho semanal da companhia. Por fim o setor obteve uma queda de 4,17% no
número de negócios na semana.
O setor de energia apresentou uma simpática alta
semanal de 0,65%, já o retorno do mês de abril até aqui é de 0,88%, no
desempenho anual, o setor de energia se encontra com 0,43%, ficando positivo
pela primeira vez em 2021. O senador Rodrigo Pacheco, prorrogou a MP que define
regras para privatização da Eletrobras por 60 dias. O governo prevê uma
capitalização de R$50 bilhões para a companhia. Além disso, Wilson Ferreira,
ex-CEO da estatal, decidiu renunciar ao cargo de conselheiro no colegiado da
empresa. Ademais, a estatal federal aprovou a emissão de R$2,7 bilhões em
debêntures. A Equatorial recebeu um adiantamento das receitas provenientes da
sua atuação no mercado de transmissão no valor de R$120,2 milhões. Já a Energia
do Brasil, anunciou o encerramento do seu programa de recompra de ações.
Consolidando a estabilidade do setor na semana, houve uma alta de apenas 0,10%
número de negócios
O setor imobiliário apresentou queda semanal de
-0,54% e queda de -5,01% no ano. Essa semana, a Iguatemi apresentou seu novo
programa de corporate venture capital, que visa apoiar empresas com potencial
de alto crescimento, a companhia avalia investimentos e parcerias em empresas
ligadas aos seus principais negócios, com real estate, varejo, e-commerce, moda
e eventos, a companhia também detém 65% do capital da Engandin Investments, que
detém 16% do capital social da Infracommerce, que divulgou na semana passada a
faixa indicativa de preço da sua oferta pública inicial, situada entre R$ 22 e
R$ 28. Já a MRV registrou R$ 1,7 bilhão em lançamentos, maior resultado da
história da construtora para o período, apesar de queda de 3,2% nas vendas em
comparação com 1T20, ainda foram consideradas fortes, com a Venda sobre Oferta
atingindo 17,4%, patamar visto como positivo para XP, que mantém recomendação
neutra e preço-alvo de R$ 23, a corretora também reitera compra e preço-alvo de
R$ 33, para a Cyrela, após a divulgação prévia operacional do 1T21, que apesar
de queda de 85,3% nos lançamentos, impactados por restrições impostas para
conter a disseminação de Covid-19, apresentou alta de 21,9% nas vendas totais
contratadas, em comparação com 1T20. No dia 16 a Massachusetts Financial
Serrvices aumentou a participação para 5,01% de ações ordinárias, segundo
comunicado da gestora, o objetivo da
compra é de investimento e não objetiva alteração do controle acionário ou da
estrutura administrativa da companhia. O número de negociações subiu 8,99%
O setor de transporte e telecomunicação apresentou
queda de -0,18% nessa semana e acumula um retorno anual de 5,38%. Quanto as
notícias, O BTG Pactual, reduziu o preço-alvo da Rumo de R$ 28 para R$ 27, após
a companhia revisar o guidance para 2021, devido a diminuição do EBITDA e aumento
do capex, o banco ainda recomenda compra e considera que o papel pode alcançar
R$ 30, com a incorporação do projeto Lucas do Rio Verde. Já a Planner elevou o
preço justo da ação da Localiza de R$ 60 para R$ 76, levando em consideração a
recuperação dos volumes de aluguéis da companhia de 2021, segundo a corretora,
a companhia deve apresentar problemas em renovar a frota com a restrição de
compra de carros, contudo um menor fornecimento das montadora, permitirá
maiores cotações das diárias do aluguel, a companhia também pode enfrentar
problemas com a concorrência, com a entrada de montadoras, concessionárias e
seguradoras no segmento de locação de carros. Por
fim o Banco Safra vê melhora para o setor de telecomunicações e mentem
recomendação de compra para Tim e Vivo, com preço-alvo de R$ 19 e R$ 58,
respectivamente, o banco considera a implantação da fibra no negócio e o leilão
do 5G, deve trazer boas oportunidades de investimento, como também trazer uma
resultados maiores esse ano. O setor apresentou queda de -4,95% no número de
negociações.
Coordenador:
Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
Analistas acadêmicos: Robert Figueiredo, Jéssica Evelin, Kléber Costa e Vítor Martins
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