O Relatório, intitulado de Radar Macroeconômico, é a ferramenta utilizada pelo projeto Sala de Ações – UFPB para investigar se há correlação entre as notícias da conjuntura macroeconômica nacional e internacional e o desempenho das Bolsas no Mundo. Para isso, é analisado os principais índices do continente americano, europeu e asiático: Ibovespa, Dow Jones, DAX 30, FTSE 100 e SSEC. Além disso, é feito também a análise do fechamento do Ibovespa e volume financeiro observado na bolsa de valores de São Paulo, com o intuito de estudar o comportamento dos investidores.
Na segunda-feira, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter registrado o novo recorde de número de novos casos do COVID-19 e, com incertezas no campo político com a prisão de Fabrício Queiroz, o Ibovespa rompeu a tendência de crescimento após quatro pregões seguidos e fechou o dia com queda de 1,28%. DAX 30, SSEC e FTSE 100 também fechou o pregão com variação negativa acompanhando o receio do recorde registrado na véspera. Na contramão do mundo, o Dow Jones cresceu 0,59%, impulsionado por empresas de tecnologia de setores com boas perspectivas caso haja uma segunda onda do COVID-19.
A terça-feira foi marcada pela garantia do Presidente do Estados Unidos da América (EUA), afirmar que o acordo comercial China-EUA estava mantido. A notícia trouxe perspectivas de aumento de renda do EUA e China e, com isso, Ibovespa registrou alta, assim como Dow Jones, SSEC, DAX 30 e FTSE 100. Para as bolsas europeias, houve ainda outro acontecimento importante no dia: os dados da atividade econômica foram acima do esperado.
No dia 24, a média em sete dias dos novos casos no COVID-19 aumentou em 30% em relação à semana anterior no EUA. Nesse mesmo dia, o Dow Jones, DAX 30 e FTSE 100 fecharam em queda. O Ibovespa, seguindo o receio com os novos casos do COVID-19 e após FMI apontar crescimento de -9,1% ante - 5,3% em abril, seguiu o mundo e fechou o pregão com -1,66%. Já na China, o SSEC fechou o pregão com crescimento de 0,30% em dia que foi anunciado a reforma no mercado de capitais em Pequim.
Na quinta-feira, as bolsas mundiais tiveram desempenho positivo, Ibovespa (1,70%), Dow Jones (1,18%), DAX 30 (0,69%) e FTSE 100 (0,38%). Nesse mesmo dia, no cenário externo foi anunciado os números sobre a atividade econômica no EUA, o qual obteve crescimento do PIB dentro do esperado, mas a encomenda do núcleo de bens de capitais superou as expectativas, o que aponta uma retomada dos investimentos na economia. Além disso, houve mudança na regra de Volcker no EUA, ajudando os bancos a entregarem mais liquidez para o mercado. Na Europa, o BCE anunciou planos para injetar liquidez no mercado. Para o cenário interno, a notícia que marcou o dia foi a aprovação do marco do saneamento no senado. A bolsa da China não abriu por conta do feriado do festival do dragão.
No último dia da semana Dow Jones tem queda de 2,84% com o número de novos casos de COVID-19 voltando a aumentar. O governador do Texas adota algumas medidas restritivas sinalizando um freio na reabertura do comércio e, além disso, o FED decidiu aumentar compulsório e restringir pagamento de dividendos por instituições financeiras. O Ibovespa e DAX 30 seguiu Wall Street e fecharam com variação negativa. O FTSE 100 se recuperou no final do pregão e se manteve perto da estabilidade, 0,27%, relacionado a desvalorização da libra em ante o dólar. A bolsa chinesa permaneceu fechada na sexta-feira pelo mesmo motivo do dia anterior.
Quanto ao desempenho do Ibovespa, na semana 26, em relação aos pontos foi instável variando entre 93.834 (sexta-feira) e 95.983 (quinta-feira) pontos, diferente da semana 25 que obteve uma tendência de crescimento. Por outro lado, o volume financeiro se manteve estável e variou entre R$ 23.009 (segunda-feira) bilhões e R$ 26.289 bilhões (terça-feira).
Igor Manoel Bezerra roque Mendes
Analista Acadêmico da Sala de Ações
Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
Coordenador do Projeto Sala de Ações UFPB
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