domingo, 28 de junho de 2020

O Relatório, intitulado de Radar Macroeconômico, é a ferramenta utilizada pelo projeto Sala de Ações – UFPB para investigar se há correlação entre as notícias da conjuntura macroeconômica nacional e internacional e o desempenho das Bolsas no Mundo. Para isso, é analisado os principais índices do continente americano, europeu e asiático: Ibovespa, Dow Jones, DAX 30, FTSE 100 e SSEC. Além disso, é feito também a análise do fechamento do Ibovespa e volume financeiro observado na bolsa de valores de São Paulo, com o intuito de estudar o comportamento dos investidores.

Na segunda-feira, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter registrado o novo recorde de número de novos casos do COVID-19 e, com incertezas no campo político com a prisão de Fabrício Queiroz, o Ibovespa rompeu a tendência de crescimento após quatro pregões seguidos e fechou o dia com queda de 1,28%. DAX 30, SSEC e FTSE 100 também fechou o pregão com variação negativa acompanhando o receio do recorde registrado na véspera. Na contramão do mundo, o Dow Jones cresceu 0,59%, impulsionado por empresas de tecnologia de setores com boas perspectivas caso haja uma segunda onda do COVID-19. 

A terça-feira foi marcada pela garantia do Presidente do Estados Unidos da América (EUA), afirmar que o acordo comercial China-EUA estava mantido. A notícia trouxe perspectivas de aumento de renda do EUA e China e, com isso, Ibovespa registrou alta, assim como Dow Jones, SSEC, DAX 30 e FTSE 100. Para as bolsas europeias, houve ainda outro acontecimento importante no dia: os dados da atividade econômica foram acima do esperado.

No dia 24, a média em sete dias dos novos casos no COVID-19 aumentou em 30% em relação à semana anterior no EUA. Nesse mesmo dia, o Dow Jones, DAX 30 e FTSE 100 fecharam em queda. O Ibovespa, seguindo o receio com os novos casos do COVID-19 e após FMI apontar crescimento de -9,1% ante - 5,3% em abril, seguiu o mundo e fechou o pregão com -1,66%. Já na China, o SSEC fechou o pregão com crescimento de 0,30% em dia que foi anunciado a reforma no mercado de capitais em Pequim.

Na quinta-feira, as bolsas mundiais tiveram desempenho positivo, Ibovespa (1,70%), Dow Jones (1,18%), DAX 30 (0,69%) e FTSE 100 (0,38%). Nesse mesmo dia, no cenário externo foi anunciado os números sobre a atividade econômica no EUA, o qual obteve crescimento do PIB dentro do esperado, mas a encomenda do núcleo de bens de capitais superou as expectativas, o que aponta uma retomada dos investimentos na economia. Além disso, houve mudança na regra de Volcker no EUA, ajudando os bancos a entregarem mais liquidez para o mercado. Na Europa, o BCE anunciou planos para injetar liquidez no mercado. Para o cenário interno, a notícia que marcou o dia foi a aprovação do marco do saneamento no senado. A bolsa da China não abriu por conta do feriado do festival do dragão.

No último dia da semana Dow Jones tem queda de 2,84% com o número de novos casos de COVID-19 voltando a aumentar. O   governador do Texas adota algumas medidas restritivas sinalizando um freio na reabertura do comércio e, além disso, o FED decidiu aumentar compulsório e restringir pagamento de dividendos por instituições financeiras. O Ibovespa e DAX 30 seguiu Wall Street e fecharam com variação negativa. O FTSE 100 se recuperou no final do pregão e se manteve perto da estabilidade, 0,27%, relacionado a desvalorização da libra em ante o dólar. A bolsa chinesa permaneceu fechada na sexta-feira pelo mesmo motivo do dia anterior. 

Quanto ao desempenho do Ibovespa, na semana 26, em relação aos pontos foi instável variando entre 93.834 (sexta-feira) e 95.983 (quinta-feira) pontos, diferente da semana 25 que obteve uma tendência de crescimento. Por outro lado, o volume financeiro se manteve estável e variou entre R$ 23.009 (segunda-feira) bilhões e R$ 26.289 bilhões (terça-feira).

Igor Manoel Bezerra roque Mendes
Analista Acadêmico da Sala de Ações


Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

Coordenador do Projeto Sala de Ações UFPB














Igor Manoel Bezerra roque Mendes
Analista Acadêmico da Sala de Ações


Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
Coordenador do Projeto Sala de Ações UFPB





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