O relatório Focus, elaborado a partir de uma pesquisa de expectativas com cerca de 120 profissionais do Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Gerin) provenientes de bancos, corretoras e outras instituições financeiras, apresenta o levantamento das expectativas do mercado apresentando as previsões para os índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. A análise da Sala de Ações é centrada em sete indicadores: PIB, IPCA, IGP-M, Meta da taxa Selic, Dívida Líquida do Setor Público, Balança Comercial e a Taxa de Câmbio.
O relatório semanal das expectativas de mercado, publicado no dia 22 de junho de 2020, elevou pela segunda semana consecutiva a expectativa do Índice de Preços ao consumidor Amplo (IPCA) de 1,60% para 1,61%. O IPCA mede a inflação para famílias com renda média mensal entre 1 e 40 salários mínimos, sendo considerado o índice oficial da inflação no Brasil. O índice, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mede a variação de preços de mercado para o consumidor final.
O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), calculado pela FGV, reflete a inflação pelo lado da oferta, sendo composto por preços de atacado, preços ao consumidor e preços da construção civil (respectivamente, 60%, 30% e 10%). Este índice capta a inflação do atacado, por englobar desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. A expectativa para o IGP-M se elevou pela quinta semana, de 5,45% para 5,52%.
A taxa Selic é determinada pelo Comitê de política monetária (Copom) do Banco Central, é utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração diária e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. A expectativa dos analistas de mercado é que a Selic permaneça neste patamar, devendo encerrar 2020 em 2,25%.
A taxa de câmbio é um fator importante por afetar diretamente as exportações e importações do país. A expectativa da taxa de câmbio para o fim do ano permaneceu estável em R$ 5,20.
A expectativa de crescimento da economia brasileira se elevou após 18 semanas consecutivas de queda, passando de -6,51% para -6,50%. O crescimento da economia é medido pelo aumento do Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde à soma de todos os bens produzidos pelo país.
A balança comercial é a expressão do saldo das exportações subtraindo as importações do país, indicando uma situação de déficit ou superávit do comércio brasileiro. A previsão do resultado da balança comercial permaneceu estável em US$ 52,50 bilhões.
Por fim, a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) é colocada no boletim como porcentagem do PIB e expressa a diferença entre a dívida pública bruta e os créditos não-financeiros do setor público e do Banco Central. A projeção mediana dos economistas do mercado financeiro para a dívida líquida do setor público se elevou de 65,61% para 66,20%.
Luiz Fernando Oliveira do Nascimento
Analista Acadêmico da Sala de Ações
Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
0 comments:
Postar um comentário
Agradecemos seu comentário.