quarta-feira, 12 de outubro de 2022

O relatório Focus, elaborado a partir de uma pesquisa de expectativas com cerca de 120 profissionais do Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Gerin) provenientes de bancos, corretoras e outras instituições financeiras, apresenta o levantamento das expectativas do mercado apresentando as previsões para os índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. A análise da sala de ações é centrada em sete indicadores: PIB, IPCA, IGP-M, Meta da taxa Selic, Dívida Líquida do Setor Público, Balança Comercial e a Taxa de Câmbio. Com a proximidade do fim do ano, as expectativas dos agentes tendem a se manterem estáveis

O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que é calculado pela fundação Getúlio Vargas (FGV), reflete a inflação sob a ótica da oferta e capta variações nos preços de atacado, preços ao consumidor e preços da construção civil (com pesos respectivos de 60%, 30% e 10%). A expectativa mediana do índice para 2022, atingiu a décima semana consecutiva em queda. Atualmente se espera que o IGP-M encerre o ano em 9,96%, mudança significativa quando comparado aos 10,51% apresentados na semana anterior.

Calculado pelo IBGE e considerado o índice oficial de inflação no Brasil, as expectativas de mercado para o Índice de Preços ao consumidor Amplo (IPCA) para 2022, apresentam mais uma semana de queda, passando de 6,70% para 6,61% atualmente. Como no indicador anterior, a tendencia negativa nas expectativas, já persiste há 10 semanas. O IPCA mede a variação de preços de mercado para o consumidor final, captando a inflação para famílias com renda média mensal entre 1 e 40 salários mínimos.

A expectativa de crescimento do PIB brasileiro para o fim do ano, apresentou mais uma alta na semana, atingindo 2,26% ante os 2,10% apresentados na semana anterior. A diferença de 16 pontos base nas expectativas em apenas uma semana é considerada alta, principalmente quando se trata de um indicador mais estável como o PIB, porém isto pode ser explicado pelo resultado oficial do indicador para o segundo trimestre, que foi divulgado recentemente, e surpreendeu o mercado. O crescimento da economia é medido pelo aumento do Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde à soma de todos os bens produzidos pelo país no intervalo de um ano.

A taxa de câmbio é tida como preço de uma moeda estrangeira, em termos da moeda local. Impactada pela taxa de câmbio, a balança comercial é expressão do saldo das exportações subtraídas as importações realizadas pelo país. Com isso, a expectativa da taxa de câmbio real/dólar para o fim deste ano, permanece em R$5,20 na semana, enquanto a expectativa relacionada a balança comercial para o final do ano, apresentou uma leve queda, passando de US$ 68,06 bilhões, para US$ 68,03 bilhões nesta semana. A mediana das expectativas para a balança comercial oscilou bastante nas últimas semanas, o que indica uma incerteza do mercado frente ao indicador.

A expectativa mediana dos analistas de mercado em relação a taxa Selic, para o fim de 2022, permanece em 13,75%. Esta expectativa já persiste há 11 semanas, sendo justamente este, o valor efetivo da taxa atualmente. A Selic é considerada a taxa de juros básica da economia brasileira, na qual é utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração diária, servindo também de referência para as demais taxas de juros da economia.  

 

Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

Analista acadêmico: Robert Figueiredo de Queiroz















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