A análise
grafista Giro pela Bolsa tem como
objetivo demonstrar as variações nos índices setoriais, bem como o IBovespa e o
câmbio a preços Futuros. Com isso, busca-se ter uma noção de como o mercado
interno operou durante a semana. A
Teoria de Dow é a base dos nossos estudos, mais voltado para a análise com
uso de Price Action e Ondas de Elliot, não considerando
condições macroeconômicas; admite-se por hipótese que todas as informações
pertinentes ao mercado se encontram nos preços dos ativos, ou seja, no GRÁFICO.
A análise
buscou na semana 32 (02/08 a 06/08)
manter o nível de previsão semanal para
os respectivos ativos escolhidos. Os índices setoriais que abrangem as empresas
observadas nos monitores fundamentalistas buscam obter uma melhor noção de como
os ativos podem performar durante o período de vigência na carteira e, se
necessário haver realocações, adicionalmente aos índices setoriais da carteira
é analisado o índice Financeiro tendo em vista sua influência no índice
Bovespa, o IBOV e o Dólar a preço futuro.
O Índice de Energia validou a tendência
de baixa na semana após formar um topo duplo e atingir o alvo da figura aos
77.760 pontos. A tendência foi validada pelo fato de o índice perfurar o último
fundo formado aos 79.300 pontos. Vale ressaltar a possível formação de uma
figura baixista denominada Ombro-Cabeça-Ombro (OCO), que se rompida, teria o
alvo na região dos 71.700 pontos, zona de preço do fundo deixado em março deste
ano. O próximo suporte que também é a chamada “região de pescoço” do OCO são os
77.800 pontos, que se rompido, dá sequência ao movimento baixista e pode
habilitar a projeção da figura mencionada.
O Índice Imobiliário seguiu um movimento de baixa muito forte
desde a última análise realizada na semana 30. Como apontado, fechou abaixo do
suporte dos 950 pontos acelerando o movimento de queda. Assim como pode ocorrer
a formação do Ombro-Cabeça-Ombro (OCO) no IEEX, aqui no índice
imobiliário, a figura foi formada, teve a linha de pescoço rompida na semana
anterior e tem como projeção a região dos 830 pontos, zona de suporte de dois
fundos formados em março de 2021. Para anular a projeção da figura e pensar em
uma reversão de tendência, o índice necessita de fechamentos acima dos 950
pontos, zona da linha de pescoço da figura e atual resistência. Essa região
também é próxima de onde se encontra sua média móvel exponencial de 21 períodos
(roxa).
O Índice de Consumo quebrou uma linha de tendência de alta desde
a última análise realizada, perfurando também região de suporte e fundo
apontado na semana 30 aos 5.400 pontos, acelerando assim um movimento de queda
e revertendo a tendência de alta no curto prazo. A quebra da linha abriu espaço
para traçar uma retração de Fibonacci e entender até onde o preço pode corrigir
o movimento de alta iniciado em março desse ano. Pode-se perceber que o índice
já corrigiu até a região de 61,8%, zona muito importante. O que se espera,
levando em consideração o contexto, é o início em breve de uma nova onda de
alta (Onda 3). Fechamentos abaixo dos 5.000 pontos, anulam essa análise e abrem
espaço para uma queda maior. O Alvo superior mais próximo é a região dos 5.257
pontos como um início da onda 3.
O Índice de
Materiais Básicos após não
conseguir superar o topo dos 7.100 pontos, deixou um topo mais baixo anulando
uma possível retomada de alta e iniciando uma consolidação. Fechamentos abaixo
dos 6.690 pontos (zona de suporte), iniciam uma movimentação de baixa e, para
uma nova tentativa de movimento altista, fechamentos acima dos 7.100 pontos são
necessários.
O Índice do Setor
Financeiro perdeu o suporte dos
11.900 pontos e testou o próximo suporte aos 11.650 pontos. Uma quebra da linha
de tendência de baixa, assim como fechamentos acima da resistência aos 12.350
pontos são necessários para reverter a tendência de baixa vigente. Como próximo
alvo de baixa, 11.350 pontos é a região de suporte mais próxima.
O Índice do Setor Industrial se mantém lateralizado com uma possível
formação de um triângulo nas últimas semanas. Para confirmar a figura o índice
necessita perfurar a região dos 26.270 pontos que no momento funciona como
suporte e base do triângulo. A projeção caso a figura seja confirmada é para a
região dos 25.400 pontos. Caso o índice tenha uma semana positiva e cruze para
cima as médias, a figura será desconfigurada.
O Petróleo
Brent nessa semana, teve uma forte queda, cruzou a média exponencial de 9
períodos (laranja) e tocou a média exponencial de 21 períodos (roxa), isso fez
o índice perder o nível de sobre comprado de acordo com o indicador Índice de
Força Relativa (IFR), ficando em um terreno neutro de acordo com o indicador.
Como alvo mais inferior, a região de suporte dos US$66,85 é o próximo alvo. Uma
retomada da tendência de alta só acontece com fechamentos acima dos US$77,40.
O Dólar futuro seguiu tentando confirmar a tendência de alta, mas ainda sem sucesso,
necessita ultrapassar os últimos topos formados aos R$5,29 para
confirmar sua alta e teria como primeiro alvo os R$5,36. Caso resolva retornar,
o alvo mais abaixo são os R$5,04, mas para isso, precisa passar por ambas as
médias nas regiões de R$5,20 e R$5,18.
O Índice Bovespa
futuro está em um cenário muito parecido com o da semana anterior, ainda
com fechamentos próximos a região de retração de 38,20% de Fibonacci. Possui um
suporte intermediário nos 120.940 pontos e mais abaixo os 119.345 pontos, que é
a retração de 50%. Para retomada de um movimento de alta, os 124.830 pontos é a
resistência a ser superada, região onde se encontra também a média móvel exponencial
de 21 períodos (roxa). O indicador OBV, que nos mostra o saldo de volume
do ativo, continua em uma congestão no gráfico diário. No gráfico semanal o
índice continua em tendência de alta e conseguiu terminar a semana acima do
nível da média mais lenta (roxa), que tinha sido perdido na semana anterior.
Variações na Semana:
IEEX: (+0,33%)
IMOB: (-1,76%)
ICON: (-0,02%)
IMAT: (-0,09%)
IFNC: (+1,41%)
INDX: (+0,83%)
UKOIL: (-6,51%)
WDO1!: (+0,95%)
WIN1!: (+0,80%)
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
Analista Acadêmico: Kermit O. G. Costa
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