quarta-feira, 24 de março de 2021

A Sala de Ações tem como prerrogativa semanal a discussão dos setores da bolsa de valores através do monitoramento e do estudo dos diversos ativos listados na B3, para verificar a correlação entre as notícias das empresas e do setor em relação ao desempenho dos ativos e a variação do número de negócios. O monitoramento também visa a comparação entre as rentabilidades dos setores e os benchmarks (Ibovespa, CDI). Nessa semana o Ibovespa fechou em alta de 2,13% e apresenta um resultado anual de -1,43%, em comparação com o CDI anual de 0,40%.

O setor de consumo apresentou alta de 1,81% e acumula no ano uma queda de -2,35%. As maiores alta dos setores foram PCAR3 (13,69%), RADL3 (6,95%), NTCO3 (5,46%) e JBSS3 (5,66%). Quantos as notícias as ações do Grupo Pão de Açúcar foram beneficiadas pela informação de que o seu controlador Casino estaria considerando fazer um re-IPO da Cnova, braço e-commerce do grupo, do qual o GPA tem 34% de participação. Já a JBS anunciou que entrará no mercado de pescados, após a Seara, conhecida por alimentos processados à base de frangos e suínos, lançou uma nova linha de pescados. A Hypera nessa semana aprovou uma na reunião do Conselho de Administração de quinta-feira (10), o contrato de empréstimo com o BNP Paribas no valor de R$ 300 milhões. Já a Ambev aprovou a recompra de até 5,7 milhões de ações. O setor apresentou queda de -0,98% no número de negócios.

O setor básico apresentou alta semanal de 2,76% e no ano chega ao seu maior patamar, atingindo 15,15% de retorno. O grande destaque da semana foi a Sabesp, que conseguiu um retorno de 10,84%, devido a votação do marco do saneamento, na qual foram mantidos os vetos presidenciais, fato anima o investidor, pelo fato de trazer novas perspectivas para o desenvolvimento do subsetor de saneamento, acabando assim, com as incertezas sobre a nova lei. A Cosan foi destaque na semana após a Raízen fazer o pedido de registro de companhia aberta à CVM. Já a CSN oscilou bastante e fechou a semana em baixa, tendo em vista a baixa do minério de ferro, que caiu devido a temores com problemas ambientais em Pequim. Por fim, o setor obteve uma queda de -19,49% no número de negócios.

O setor de energia obteve um desempenho semanal de 4,97% e no ano, as elétricas ainda se encontram negativas, pela média, em -4,64%. A notícia que marcou a semana e que, sendo a principal responsável pelo bom desempenho das empresas do setor, foi a aprovação do marco do gás. Após muita discussão, desde setembro do ano passado, o marco foi aprovado. Para os agentes do setor, o marco trará consigo o ambiente propício para o desenvolvimento desse mercado e investimentos na área. A versão aprovada do marco foi o texto que circulou na câmara dos deputados que, de acordo com os agentes, é a que melhor proporciona resultados para o setor. Com isso a semana se mostrou tranquila e houve uma queda de -11,69% nas negociações do setor.

O setor imobiliário apresentou alta semanal de 1,82%, diminuindo a queda do ano para -6,73%. Os destaques da semana foram IGTA3 (3,99%), BRML3 (3,35%), MRVE3 (2,31%) e CYRE3 (2,21%) Quantos as notícias, analistas do Santander recomendam ações dos shoppings para lucras com a vacinação, os analistas consideraram os resultados apresentados de 2020 sólidos. Já a CCR apresentou queda de 8% no tráfego entre os dias 5 e 11 de março. Já a Cyrela reportou lucro 75,1% no 4t20, resultado 38% acima do esperado pelo BTG. O setor apresentou queda de -35,05% no número de negócios.

O setor de transporte e telecomunicação apresentou alta de 0,88% na semana e acumula no ano uma alta de 4,18%, ainda puxado pela alta no ano de 63,95% da Embraer.  Os destaques dessa semana foram a RAIL3 (5,43%), TOTS3 (4,52%) e VIVT3 (3,20%). Quantos as notícias a Smiles aprovou a compra de antecipada de R$ 100 milhões de passagens da GOL. Já a VIVO anunciou pagamento de R$ 270 milhões em JCP em 2022 e o CADE permitirá concorrentes no processo de fusão da Localiza e Unidas, após receios de concentração de mercado e eventual aumento de preços. Por fim a Embraer reportou prejuízo R$ 3,61 Bilhões, fortemente afetados pela pandemia. Quanto ao número de negócios o setor apresentou queda de -28,23% no número de negócios.

Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

Analistas acadêmicos: Ivonaldo Ferreira, Robert Figueiredo, Jéssica Evelin, Kléber Costa e Vítor Martins












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