O
relatório Focus, elaborado a partir de uma pesquisa de expectativas com cerca
de 120 profissionais do Departamento de Relacionamento com Investidores e
Estudos Especiais (Gerin) provenientes de bancos, corretoras e outras
instituições financeiras, apresenta o levantamento das expectativas do mercado
apresentando as previsões para os índices de preços, atividade econômica,
câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. A análise da sala de ações é
centrada em sete indicadores: PIB, IPCA, IGP-M, Meta da taxa Selic, Dívida
Líquida do Setor Público, Balança Comercial e a Taxa de Câmbio. Com a
proximidade do fim do ano, as expectativas dos agentes tendem a se manterem
estáveis
O
Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que é calculado pela fundação
Getúlio Vargas (FGV), reflete a inflação sob a ótica da oferta e capta
variações nos preços de atacado, preços ao consumidor e preços da construção
civil (com pesos respectivos de 60%, 30% e 10%). A expectativa mediana
para o índice apresentou na semana, uma alta considerável, saltando de 6,97%
para 8,02% em 2021.
Calculado
pelo IBGE e considerado o índice oficial de inflação no Brasil, as expectativas
de mercado para o Índice de Preços ao consumidor Amplo (IPCA) elevaram-se de
3,62% para 3,82%. O IPCA mede a variação de preços de mercado para o consumidor
final, captando a inflação para famílias com renda média mensal entre 1 e 40
salários mínimos. Como no IGP-M, as expectativas do IPCA para 2021, além da
alta variação em apenas uma semana, estão em constante crescente desde o início
do ano.
A
expectativa de crescimento do PIB brasileiro apresentou queda pela terceira
semana consecutiva, passando de 3,43% para 3,29% em 2021. O crescimento da
economia é medido pelo aumento do Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde
à soma de todos os bens produzidos pelo país no intervalo de um ano.
A
taxa de câmbio é tida como preço de uma moeda estrangeira, em termos da moeda
local. Impactada pela taxa de câmbio, a balança comercial é expressão do saldo
das exportações subtraídas as importações realizadas pelo país. Com isso, a
expectativa para a taxa de câmbio real/dólar para o fim do ano foi de alta, em
relação à semana anterior, passando de R$5,01 para R$5,05. Para a balança
comercial, a expectativa caiu de US$ 57 bilhões para US$ 56 bilhões, uma
redução, mesmo com uma nova perspectiva de desvalorização cambial.
A expectativa dos analistas de mercado foi de alta para a taxa Selic, que pela primeira vez no ano, tem alteração no intervalo de apenas uma semana. Com isso, houve uma mudança de 3,75% para 4,00%, em sua projeção para o fim de 2021. A Selic é considerada a taxa de juros básica da economia brasileira, na qual é utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração diária, servindo também de referência para as demais taxas de juros da economia.
Coordenador:
Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
Analista
acadêmico: Robert Figueiredo de Queiroz
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