O relatório Focus, elaborado a partir de uma pesquisa de expectativas com cerca de 120 profissionais do Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Gerin) provenientes de bancos, corretoras e outras instituições financeiras, apresenta o levantamento das expectativas do mercado apresentando as previsões para os índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. A análise da sala de ações é centrada em sete indicadores: PIB, IPCA, IGP-M, Meta da taxa Selic, Dívida Líquida do Setor Público, Balança Comercial e a Taxa de Câmbio. Com a proximidade do fim do ano, as expectativas dos agentes tendem a se manterem estáveis
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou na última sexta-feira, 28, o resultado do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) para o mês de agosto. Este indicador reflete a inflação sob a ótica da oferta, porque capta variações nos preços de atacado, preços ao consumidor e preços da construção civil. Em agosto, o IGP-M avançou 2,78%, contra os 2,23% registrados no mês anterior. O IGP-M acumula alta de 9,64% no ano e de 13,02% nos últimos 12 meses. A expectativa dos analistas de mercado, divulgada na segunda-feira, 24, era de que o IGP-M encerrasse 2020 em 9,36%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que corresponde a 60% do IGP-M, elevou-se 3,74% em agosto, impulsionado pela alta no grupo de matérias primas brutas. Neste segmento, destacou-se o minério de ferro, respondendo por 30% do IPA de agosto, com uma elevação nos preços de 10,82% comparativamente ao mês anterior. Outros destaques incluem soja em grãos e café, que avançaram, respectivamente 7,04% e 9,81% no mês.
Considerado o índice oficial da inflação no Brasil, o índice, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao consumidor Amplo (IPCA) mede a variação de preços de mercado para o consumidor final, captando a inflação para famílias com renda média mensal entre 1 e 40 salários mínimos. A expectativa mediana do mercado para o IPCA se elevou de 1,67% para 1,71% comparativamente ao relatório publicado em 17 de agosto.
O crescimento da economia é medido pelo aumento do Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde à soma de todos os bens produzidos pelo país no intervalo de um ano. A expectativa de crescimento do PIB brasileiro em 2020 elevou-se de -5,52% para -5,46%, a sétima alta consecutiva na expectativa de desempenho da economia brasileira.
A taxa Selic, considerada a taxa de juros básica da economia brasileira, é utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração diária, servindo também de referência para as demais taxas de juros da economia. A expectativa dos analistas de mercado, permaneceu estável, indicando que a Selic deve encerrar o ano em 2,00%, o patamar mais baixo de toda série histórica iniciada em 1996.
A taxa de câmbio é tida como preço de uma moeda estrangeira, em termos da moeda local. Impactada pela taxa de câmbio, a balança comercial é expressão do saldo das exportações subtraídas as importações realizadas pelo país. Os analistas de mercado mantiveram as projeções do saldo da balança comercial e da taxa de câmbio real/dólar estáveis, respectivamente em US$ 55,00 bilhões e R$ 5,20.
A projeção dos analistas de mercado para a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) reduziu pela segunda semana consecutiva, devendo encerrar 2020 em 67,00% do PIB. Essa melhora é fruto, em parte, de uma diminuição na previsão do déficit primário do governo, passando de 11,73% para 11,63% do PIB.
0 comments:
Postar um comentário
Agradecemos seu comentário.