O relatório Focus, elaborado a partir de uma pesquisa de expectativas com cerca de 120 profissionais do Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Gerin) provenientes de bancos, corretoras e outras instituições financeiras, apresenta o levantamento das expectativas do mercado apresentando as previsões para os índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. A análise da sala de ações é centrada em sete indicadores: PIB, IPCA, IGP-M, Meta da taxa Selic, Dívida Líquida do Setor Público, Balança Comercial e a Taxa de Câmbio. Com a proximidade do fim do ano, as expectativas dos agentes tendem a se manterem estáveis
O relatório publicado no dia 10 de agosto apresentou uma estabilidade das expectativas de mercado comparativamente à semana anterior. A expectativa para o Índice de Preços ao consumidor Amplo (IPCA), considerado o índice oficial da inflação no Brasil, permaneceu estável em 1,63% para 2020. O índice, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mede a variação de preços de mercado para o consumidor final, captando a inflação para famílias com renda média mensal entre 1 e 40 salários mínimos.
A inflação pelo lado da oferta, refletida pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), elevou-se de 8,66% para 8,76%, a maior expectativa para este indicador registrada no ano. Calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M capta variações nos preços de atacado, preços ao consumidor e preços da construção civil (com pesos respectivos de, 60%, 30% e 10%).
Considerada a taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic é utilizada no mercado interbancário para financiamento de operações com duração diária, além de servir de referência para as demais taxas de juros da economia. A expectativa dos analistas de mercado, permaneceu estável, indicando que a Selic deve encerrar o ano em 2,00%, o patamar mais baixo de toda série histórica.
A taxa de câmbio é um fator importante por afetar diretamente as exportações e importações do país.A expectativa da taxa de câmbio para o fim do ano permaneceu estável em R$ 5,20.
A projeção balança comercial, expressão do saldo das exportações subtraídas as importações realizadas pelo país, permaneceu estável US$ 55 bilhões.
A expectativa de crescimento da economia brasileira elevou-se de -5,66% para -5,62%, consolidando cinco semanas consecutivas de alta e atingindo a melhor projeção em 3 meses. O crescimento da economia é medido pelo aumento do Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde à soma de todos os bens produzidos pelo país.
A projeção dos analistas de mercado para a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) permaneceu estável, devendo encerrar 2020 em 67,50% do PIB.
No dia 11 de agosto, o Ministério da Economia anunciou a saída dos secretários Salim Mattar (Desestatização, Desinvestimento e Mercados) e Paulo Uebel (Desburocratização, Gestão e Governo Digital). Os dois integravam a equipe econômica desde janeiro de 2019 e serão substituídos, respectivamente, por Diogo Mac Cord, atual secretário de Desenvolvimento de Infraestrutura da pasta, e Caio Andrade, atual diretor-presidente da estatal Serpro. Os secretários alegaram insatisfação com o ritmo das privatizações e da reforma administrativa. O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou a saída dos auxiliares como uma “debandada”.
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