segunda-feira, 4 de março de 2013

Segunda-feira, 04 de março de 2013. 
Enfoque nas bolsas de valores de sexta-feira: 

  •  O Ibovespa caiu 0,94 por cento, a 56.883 pontos, após ter acumulado baixa de 3,91 por cento em fevereiro. O giro financeiro do pregão foi de 7,46 bilhões de reais. Embora tenha mostrado alguma recuperação no quarto trimestre, o PIB fechou 2012 com crescimento anual de apenas 0,9 por cento, o pior resultado em três anos. Dados fracos de atividade industrial de China e Europa também pesaram nos mercados, somando-se a preocupações com o impasse político na Itália e cortes automáticos de gastos públicos nos Estados Unidos, no total de 85 bilhões de dólares, que entraram em vigor nesta sexta-feira. Apesar disso, a inesperada melhora da indústria e do sentimento dos consumidores nos EUA trouxe alívio a Wall Street, ajudando os principais índices a reverter as perdas. Fonte: REUTERS
Notícias relevantes dessa segunda-feira: 
  • De acordo com pesquisa Focus do Banco Central, os analistas consultados não alteram sua perspectiva para a Selic neste ano mantida nos atuais 7,25 por cento a 16 semanas, embora o mercado futuro de juros já venha embutindo há algum tempo a probabilidade de alta ainda neste semestre. A pesquisa Focus mostrou leve elevação da estimativa para o IPCA no final deste ano a 5,70 por cento, ante 5,69 por cento na semana anterior. Sobre a economia, a projeção é de um crescimento de 3,09 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, ante 3,10 por cento. O mercado de câmbio também vem ganhando destaque neste início de ano devido à inflação. O dólar tem se acomodado recentemente na faixa de 1,95 real a 2 reais que muitos consideram uma banda informal definida pelo BC com o objetivo de reduzir o custo de produtos importados e controlar pressões de preços. Mas após cinco semanas de reduções, o mercado manteve desta vez a projeção de que o dólar encerrará 2013 a 2 reais. Fonte: REUTERS
  •  O Banco Central ganhou poderes para impedir a distribuição de dividendos por bancos que não se adaptarem às novas regras sobre capital mínimo, anunciadas na sexta-feira para ajustar o arcabouço regulatório brasileiro ao novo acordo internacional de Basileia. O BC poderá proibir que sejam pagos, total ou parcialmente, inclusive dividendos mínimos obrigatórios determinados pela Lei das Sociedades Anônimas (25% do lucro). A restrição se estende a juros sobre capital próprio. Alguns ativos, entre os quais créditos tributários, serão excluídos do cálculo do capital principal e do PR, num processo de "purificação" do capital. O BC desistiu de excluir créditos tributários relativos a provisões para risco de crédito, que ganharam novo tratamento na MP 608, evitando uma descapitalização estimada em R$ 60 bilhões no conjunto do sistema financeiro. Ainda assim e supondo continuidade do atual fluxo de retenção de lucros, o BC calcula que alguns bancos precisarão de novos aportes de capital a partir de 2017. Somadas, as necessidades dessas instituições chegariam a R$ 14,7 bilhões até 2019. Fonte: Valor Econômico
  • As novas medidas do governo da China para conter o aumento dos preços dos imóveis provocou queda no mercado de ações do país e afetou também outras bolsas asiáticas. Ainda na sexta-feira, após o pregão, o governo afirmou que as cidades com uma alta excessivamente rápida nos preços devem aumentar o valor da entrada para a compra do imóvel e aumentar as taxas na hipoteca da segunda casa, além de um imposto de 20% sobre o ganho de capital em imóveis usados. Fonte: DCI
  •  De olho no aumento do crédito para estimular o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a equipe econômica reabriu as discussões para aumentar de R$ 500 mil para R$ 750 mil o valor máximo dos imóveis que podem ser comprados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O aumento do limite foi pedido por dirigentes de bancos privados ao ministro da Fazenda, Guido Mantega. Mantega pediu à área técnica do governo para fazer uma análise da proposta e do seu impacto sobre os recursos do FGTS e dos preços dos imóveis. Na área técnica, há uma grande preocupação, no entanto, com o risco de a medida se transformar num fator de pressão de alta dos preços dos imóveis. Desde o anúncio do pacote, o tema ficou "congelado", mas agora voltou a ganhar força, porque está em curso um diálogo mais intenso do governo com os bancos privados. A equipe econômica tem atendido vários pleitos dos bancos para conseguir apoio aos investimentos na área de infraestrutura. Fonte: O Estado de S. Paulo
  • O governo ainda discute a taxa de juros que os bancos privados terão que cobrar caso usem a parcela de R$ 15 bilhões dos depósitos compulsórios para empréstimos a obras de infraestrutura de transportes e logística. A indefinição sobre a concessão ou não de subsídios federais nesse programa adiou a regulamentação da medida, que estava na pauta da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) na semana passada. Há duas propostas: numa delas os financiamentos seriam feitos às mesmas taxas praticadas pelo BNDES no programa de concessões. No caso das rodovias, TJLP e juros de até 1,5%, a um custo total de 6,5% ao ano. Para as ferrovias, juros ainda mais baixos: de 1% ao ano, além da TJLP, que está em 5%. Essa solução tem a vantagem de não exigir subsídio direto do governo. Os juros de até 6,5% ao ano seriam suficientes para cobrir o risco das operações, considerando que a captação será o compulsório sobre depósitos à vista que não é remunerado pelo Banco Central. A outra proposta em discussão é permitir que os bancos emprestem os recursos do compulsório às mesmas taxas do PSI (Programa de Sustentação do Investimento). As regras atuais estabelecem juros fixos de até 3,5% ao ano nessas operações. Seria uma taxa muito mais barata do que as praticadas nos financiamentos das concessões. O problema é que nesse caso o Tesouro Nacional teria que entrar com recursos para equalizar as taxas. Fonte: Valor Econômico
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça

Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

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