segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Segunda-feira, 21 de janeiro de 2013. 
Enfoque nas bolsas de valores de sexta-feira:


  • Em um pregão marcado por oscilações limitadas, o Ibovespa indicou queda de 0,38%, aos 61.956,14 pontos. Na máxima, o Ibovespa marcou 62.395 pontos (+0,32%) e, na mínima, 61.822 pontos (-0,60%). O giro financeiro foi de R$ 6,8 bilhões. No Brasil, a Bovespa foi influenciada pela proximidade do vencimento de opções sobre ações, na segunda-feira (21). A letargia vista também no exterior foi resultado de uma agenda relativamente fraca e do pouco ânimo dos investidores com os dados da China, divulgados durante a madrugada. O PIB chinês subiu 7,9% no quarto trimestre do ano passado, acima de expectativa de alta de 7,8%, e a produção industrial avançou 10,3% em dezembro, dentro do esperado. Já as vendas no varejo subiram 15,2% ante o mesmo mês do ano anterior. Fonte: Agência Estado

Notícias relevantes dessa segunda-feira:

  • O mercado elevou a expectativa para a inflação e reduziu novamente a do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. No comunicado na semana passada que acompanhou o anúncio da decisão do BC de manter a Selic na mínima histórica de 7,25 por cento ao ano, o banco afirmou que os riscos de inflação pioraram no curto prazo. No Focus desta segunda-feira, os analistas voltaram a reduzir a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto em 2013 também pela terceira vez, embora ligeiramente, a 3,19 por cento, ante 3,20 por cento na semana anterior. Os analistas consultados estimam agora que o IPCA encerrará este ano a 5,65 por cento, contra expectativa anterior de alta de 5,53 por cento. Fonte: REUTERS
  •  A indústria de alimentos, que representa 9% do PIB nacional e em geral é a última a sentir os efeitos da crise, foi marcada pela desaceleração em 2012. As vendas reais cresceram 4,96%, segundo a Abia, associação das empresas do setor, abaixo dos 5,9% de 2011. Em 2012 foram criadas 59 mil vagas e em 2011, 94 mil. O investimento das empresas do setor caiu 29,3% no ano passado e é o menor desde 2006. Ele totalizou R$ 11,1 bilhões ante os R$ 15,7 bilhões de 2011. O percentual de investimento sobre o faturamento, cuja média foi de 5% no período, caiu em 2012 para 2,6%. A associação que representa 70% da produção física nacional ou 300 empresas entre grandes e médias, de um universo de 36 mil esperneia contra uma carga de impostos que chega a 35%. Em países desenvolvidos, a média fica em torno de 8%. O segmento de produtos desidratados e supergelados foi o que apresentou a maior alta em 2012, com aumento de 22%. Óleos e gorduras também se destacam entre as maiores taxas de crescimento, com 16%. O único setor que apresentou queda de vendas, 1,3%, foi o do açúcar, devido ao aumento de estoques internacionais e queda nos preços após a entrada da Índia como fornecedora. Fonte: Valor Econômico
  •  O crédito imobiliário no Brasil tende a se tornar neste ano a maior operação de financiamento à pessoa física do mercado bancário, ultrapassando o crédito pessoal. Contabilizando todos os tipos de recursos, o saldo das operações de crédito imobiliário somou R$ 342,9 bilhões em outubro. Desse total, 76,8% referiam-se a operações destinadas a pessoas físicas e o restante para incorporadoras e construtoras, em que o tempo de duração dos financiamentos é menor. As operações passam a fazer parte da carteira irmã normalmente quando o mutuário pega as chaves. No acumulado em 12 meses, a carteira cresceu 35,6%. Ainda assim, a modalidade representa apenas 6,2% do PIB do Brasil, muito abaixo dos EUA, por exemplo, onde supera 70%. No fim de 2011, era 5,1%. Até novembro do ano passado, o crédito habitacional para pessoa física somava R$ 269,6 bilhões, enquanto o crédito pessoal totalizava R$ 314,6 bilhões. Fonte: Valor Econômico
  • A indústria de produção de aço brasileira espera reverter neste ano o fraco desempenho de 2012, que terminou com uma queda de produção de 1,5% na comparação com o ano anterior e um aumento pífio de 0,5% no consumo de produtos siderúrgicos. O setor aposta nos efeitos de medidas tomadas pelo governo de defesa comercial, como elevação da alíquota de importação, o fim da guerra dos portos, com incentivos de alguns governos estaduais às importações e um câmbio mais competitivo. Outra medida defendida pela siderurgia e outros setores industriais, em discussão no governo, com o BNDES à frente, é a adoção do "Compre Nacional", uma espécie de "Buy American" do governo de Barack Obama. O plano prevê a exigência de conteúdo nacional mínimo, de 55% a 60%, nos chamados programas especiais, como obras da Copa do Mundo e da Olimpíada, e em todos os contratos em que há presença de financiamento público. Fonte: Valor Econômico    
  • Conselheiros políticos da presidente Dilma Rousseff acompanham com apreensão os primeiros indicadores de desempenho da economia neste início de ano. O temor é o de que a atividade fraca de 2012 continue e contamine um dos pilares da alta popularidade da presidente: o emprego. Se o Produto Interno Bruto (PIB) não reagir, o mercado de trabalho pode ser atingido, segundo avaliam as confederações da indústria, do comércio e dos serviços. O mesmo alerta foi feito pelo economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do Banco Central (BC). "Se tivermos fraqueza na indústria e os investimentos não acontecerem, o emprego pode sofrer", observou. Mesmo atentando para as consequências negativas de um desemprego fraco na indústria, Thadeu de Freitas acredita que o ano será positivo para o comércio e para o emprego. A estimativa é de que o setor cresça 7%, que é um pouco menos do que os 9% de 2012. Ainda assim, será o dobro do crescimento estimado para o PIB. Thadeu de Freitas acredita que o crédito não vai aumentar no mesmo ritmo de 2012, mas, apesar disso, a compra de bens de consumo duráveis deverá animar o comércio. Fonte: O Estado de S. Paulo
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça 
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

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