quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Quinta-feira, 13 de dezembro de 2012. 
Enfoque nas bolsas de valores de quarta-feira:

  • O Ibovespa fechou em queda de 0,25 por cento, a 59.474 pontos. O volume financeiro da Bovespa foi de 22,39 bilhões de reais, inflado por vencimento de opções sobre Ibovespa e índice futuro. A notícia de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, ampliou seu programa de estímulos à economia chegou a impulsionar as ações brasileiras, mas o Ibovespa entregou os ganhos na reta final do pregão. O Fed se comprometeu a adquirir 45 bilhões de dólares em títulos do Tesouro dos EUA, além dos 40 bilhões de dólares em ativos hipotecários que começou a comprar em setembro. Nos minutos finais do pregão na Bovespa, investidores também acompanharam o início do discurso do Ben Bernanke, que afirmou que o objetivo das medidas é aumentar o fôlego da economia no curto prazo. Fonte: REUTERS
Notícias relevantes dessa quinta-feira:
  • A Câmara dos Deputados aprovou ontem à noite o texto-base da Medida Provisória 579, que trata da renovação antecipada das concessões do setor elétrico e reduz as contas de luz a partir de 2013. A votação foi simbólica, ou seja, apenas com a manifestação dos líderes dos partidos, sem registro dos votos individuais no painel eletrônico. Embora a oposição tenha apresentado requerimentos para alterar partes da MP, todos as legendas encaminharam voto favorável à aprovação. O texto, no entanto, pode ser alterado porque os parlamentares ainda devem analisar trechos do texto de forma separada, os chamados destaques. Depois de aprovada, a MP seguirá para apreciação no Senado. Baixada em setembro pela presidente Dilma Rousseff, a MP propõe às concessionárias de energia que antecipem a renovação das concessões com vencimento entre 2015 e 2017. Em troca de um prazo adicional de 30 anos, elas têm que concordar com uma redução de até 70% na receita. Fonte: Correio Braziliense
  • Dilma Rousseff anunciou ontem, em Paris, a disposição de reduzir o preço do gás natural. A intenção foi revelada em declaração feita no discurso do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, a grandes empresários da França. Minutos depois, foi abordada em outro local de Paris pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O objetivo da medida é o mesmo da redução da energia: melhorar a competitividade do Brasil. A discussão sobre o elevado custo do gás tem sido motivo de campanha da indústria nacional, para quem o preço no Brasil está entre os maiores do mundo e sufoca as empresas. A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) já apresentou ao Ministério de Minas e Energia, Ministério de Desenvolvimento e agências reguladoras ampla proposta de uma nova política nacional para o gás. O próximo a conhecer o material é o Ministério da Fazenda. Fonte: O Estado de S. Paulo
  •  A decisão do Fomc, o Comitê de política monetária do banco central dos Estados Unidos, foi uma surpresa. Não pela manutenção dos juros ou pelo anúncio de compras de treasuries de longo prazo em substituição ao volume negociado na operação "Twist", mas pela mudança na política de comunicação do Fed. É algo inédito. Em substituição à meta temporal até então vigente (meados de 2015), o banco central americano anunciou, ontem, que manterá a taxa de juros em níveis "excepcionalmente" baixos enquanto a taxa de desemprego permanecer acima de 6,5% e se a inflação projetada para os próximos um ou dois anos não exceder 2,5%. Além disso, as expectativas de longo prazo devem se manter ancoradas. Segundo Bernanke, atingir uma das "metas" não é sinônimo de mudança na política monetária, o que, nesses tempos, significa elevar os juros iniciando a estratégia de saída. Mas as metas devem ser interpretadas como "orientações" e não como "gatilhos", ou seja, atingi-las não significa uma mudança automática nos juros. Fonte: Valor Econômico
  • A África do Sul suspendeu ontem as importações de carne bovina brasileira por temores relacionados à identificação do causador do mal da vaca louca em um animal que morreu no Paraná em 2010, informou o Itamaraty. Em uma semana, foi o segundo país a impôr a restrição, apesar dos esforços do governo brasileiro para acalmar os importadores. No sábado, o Japão anunciara medida semelhante. Segundo o Itamaraty, que não descarta que outros países impeçam a entrada de carnes produzidas no Brasil, a medida está sendo tomada por precaução. Houve ainda o registro de um carregamento de carne do Brasil barrado no Irã, em data ainda não definida. O governo também está preocupado com a Rússia, que, há duas semanas, suspendeu o embargo às carnes bovina, suína e de frango de Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná. O Ministério da Agricultura vem realizando uma força-tarefa para acalmar os importadores. Fonte: O Globo
  •  O coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, afirmou ontem que não recebeu qualquer pedido de revisão dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) por parte do Ministério da Fazenda. “Não recebi qualquer informação que não seja a que eu li nos jornais” - disse Olinto, depois de participar da coletiva do PIB municipal.”. Após a divulgação de um crescimento de 0,6% do PIB no terceiro trimestre, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que pediu ao IBGE para revisar os dados apurados entre julho e setembro. Sua preocupação foi com o fato de serviços de administração, saúde e educação públicas terem ficado estáveis (0,1%) ante o segundo trimestre. Na época, o IBGE divulgou nota afirmando que não ocorreram mudanças metodológicas, nem de fontes de informação, no cálculo do PIB, para o qual são seguidas as recomendações internacionais. Roberto Olinto afirmou, ainda, que o IBGE calcula a variação de estoques da indústria, ao contrário do que afirmou o economista Francisco Lopes em artigo ontem no jornal "Valor Econômico". Só que, por uma decisão de metodologia, os dados estão numa tabela de valores encadeados. Fonte: O Globo
Analista acadêmico: Fênix Felipe de Mendonça 
Coordenador: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia

0 comments:

Postar um comentário

Agradecemos seu comentário.