A
Sala de Ações, em suas análises de riscos, elaborou uma carteira de
monitoramento de um dos indicadores de riscos usualmente utilizado pelo
mercado; o Beta Mercado. Este indicador, derivado da teoria moderna da carteira
está baseado no Modelo de Precipitação de Ativos (CAPM), inicialmente proposto
por SHARPE. O monitoramento da carteira de Beta Mercado está construído a
partir dos ativos selecionados na carteira fundamentalista com base nos filtros
de Benjamin Graham. Salienta-se que o exercício é puramente acadêmico e tem
como prerrogativa principal a aferição do analista acadêmico a partir dos
testes metodológicos adotados.
A
ideia de risco está associada à probabilidade de ocorrência de determinados
resultados em relação a um valor médio esperado. Ou seja, o risco pode ser
definido como uma medida da variação dos retornos de um ativo. De maneira
geral, o risco é representado pela medida estatística do desvio padrão. Podemos
separar o risco total de qualquer ativo em risco sistemático(inerente a todos os
ativos negociados no mercado, determinado por eventos de natureza política,
econômica e social) e risco não sistemático (identificado nas características
do próprio ativo).
No
modelo CAPM, o risco sistemático é expresso
pelo coeficiente beta. Ou seja, o coeficiente beta representa o risco
inerente ao mercado, medido em relação ao risco da carteira de mercado (índice
Ibovespa). Uma das formas de calcular o beta é pela divisão entre a covariância
dos retornos de um ativo e os retornos do índice de mercado pela variância do
retorno do índice de mercado:
Beta
= [(Covariância Retorno Ativo(i); Retorno Mercado) / Variância Retorno Mercado]
Além
de indicar o risco de um ativo em relação ao risco de mercado, o beta também
indica o nível do retorno de um ativo em relação ao retorno de mercado
(seguindo o princípio de que quanto maior for o risco, maior será o retorno.
Dessa forma, um beta igual a 1 indica risco (e retorno) iguais aos do mercado, enquanto
um beta superior a 1 indica risco (e retorno) superior ao do mercado e vice
versa.
A
Célula de Gestão de Risco analisa o beta das 25 empresas que compõe o monitor
de preços dos cinco setores (básico, consumo, energia, transportes e
telecomunicações e imobiliário) semanalmente. Os ativos de empresas que com
coeficiente beta entre 0,9 e 1,10 são compradas na segunda-feira e vendidas na
sexta-feira. Na semana seguinte, o beta é recalculado e a carteira é
reposicionada, com a rentabilidade da semana anterior sendo acumulada.
Analista Acadêmico:
Jessica Evelin Silva Damacena
Coordenador do
Projeto: Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
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