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Sala de Ações tem como prerrogativa semanal a discussão dos setores da bolsa de
valores através do monitoramento e do estudo dos diversos ativos listados na
B3, para verificar a correlação entre as notícias das empresas e do setor em
relação ao desempenho dos ativos e a variação do número de negócios. O
monitoramento também visa a comparação entre as rentabilidades dos setores e os
benchmarks (Ibovespa, CDI). Nessa semana o Ibovespa fechou em alta de 0,41% e apresenta
um resultado anual de -3,16%, em comparação com o CDI anual de 0,50%.
O setor de consumo subiu 1,15% nessa semana e
acumula no ano queda de -0,49%. Quanto as notícias, a JBS, se comprometeu a
zerar suas emissões de gases causadores do efeito estufa até 2040 e investir U$
1 bilhão, nos próximos 10 anos, para alcançar essa meta. Já a Magalu anunciou a
compra da Tonolucro e Grandchef, se consolidando como uma das maiores
plataformas de food delivery do país. Enquanto a Cogna reportou um EBITDA de negativo
de R$ 100 Milhões. O CEO admitiu que foi um ano difícil, mas reforço o caminho
para a reestruturação. O número de negócios caiu 0,98% nessa semana.
O setor básico obteve um retorno semanal de 1,23%,
fechou o mês de março com retorno de 9,57% e acumula no ano, até aqui 15,86% Os
destaques da semana foram Braskem e CSN, com retornos de 6,99% e 4,79%
respectivamente. Para a petroquímica, o ex-diretor executivo da companhia Jose
Carlos Grubisich vai se declarar culpado de acusações federais ligadas a um
esquema de suborno de US$ 250 milhões que os EUA disseram também envolver a
controladora da Braskem, Odebrecht. Enquanto a CSN se destacou após a alta do
minério de ferro na semana. Como notícias relevantes, a Sabesp estuda a
participação no leilão de ativos da Cedae. O leilão da Cedae deve ocorrer no
final de abril. No qual terá uma outorga mínima de 10,6 bilhões de reais. Já a
Cosan confirma que avalia o IPO da Raízen, a companhia enviou um comunicado
para a CVM, esclarecendo as especulações geradas nas últimas semanas. O setor
fechou a semana de forma mais calma, com uma queda de 5,12% no número de
negociações.
O setor de energia apresentou um desempenho médio de
2,18% na semana, fechou março com um retorno de 11,89% e no ano, o setor
ultrapassou o Ibovespa, com -2,03%. As três maiores altas da semana ficaram com
a Equatorial com (7,94%), Taesa (4,48%) e Cemig (2,57%), respectivamente. A
Equatorial arrematou a concessionária de distribuição de energia CEEE-D. A
distribuidora atende cerca de 1,7 milhão de consumidores em 72 municípios no
Rio Grande do Sul, nas regiões sul e centro sul do estado, litoral, campanha e
região metropolitana de Porto Alegre. Seguindo o plano de desinvestimentos, a
Cemig prevê se desfazer de sua participação na Taesa. Apesar do investimento
ter dado bons retornos, de acordo com o presidente da estatal, Reynaldo
Passanezi Filho, não foi tão bem-sucedido em outros aspectos. Por fim, o número
de negócios caiu 11,44% na semana.
O setor imobiliário apresento alta semanal de 2,87%,
com um acumulado anual de -5,29%. O principal destaque da semana foi a CCR, com
alta de 7,58%, após a ViaMobilidade celebrar termo com SP para executar a
expansão das linhas lilás e ouro do metrô de São Paulo. Já a Iguatemi e a
Multiplan anunciaram a retomada das atividades de seus shoppings em Brasília. O
setor apresentou queda de -14,99% no número de negócios.
O setor de transporte e telecomunicação apresentou
alta de 0,17% nessa semana acumula alta de 0,42% no ano. Destaques da semana
foram EMBR3 (5,30%), GOLL4 (4,94%) e RENT3 (4,54%). Nessa semana a Tim anunciou
Nicantro Durante como novo presidente do conselho de administração da companhia,
com mandato até a AGE de 2023. O setor aéreo subiu essa semana com a
expectativa sobre a vacinação, no dia 31/03 foi a data limite para o acionista
da Smiles ter direito aos dividendos da companhia, que também estão inseridos
no valor da incorporação da companhia pela GOL. O setor apresentou alta de
4,48% no número de negócios.
Coordenador:
Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia
Analistas acadêmicos: Robert Figueiredo,
Jéssica Evelin, Kléber Costa e Vítor Martins
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