domingo, 21 de julho de 2024

 













O Escritório Financeiro da Sala de Ações da UFPB foi criado para dar treinamento aos integrantes do projeto no que diz respeito ao "atendimento" ao público dos principais assuntos de finanças pessoais. O objetivo é treinar alunos para a elaboração de planejamento financeiro, orçamento familiar, criação de reservas de emergências, soluções de dívidas, previdência privada e previdência social, investimentos em renda fixa e investimentos em renda variável. 


Nos últimos anos o projeto tem efetuado atendimentos de mais de 400 pessoas com uma taxa de performance de mais de 80% (ou seja, 80% de resoluções de problemas apontados pelos interessados consultados). A equipe é treinada por meio de oficinas, minicursos, workshops e treinamentos temáticos para despertar a solução dos desafios reais sobre Educação Financeira. Atualmente o projeto mantém uma forte parceria com o PROCON PB, construindo um ambiente de atendimento aos interessados que procuram o PROCON para negociações e mediações no que se refere as finanças pessoais. Nossa meta é oferecer uma sala ambiente para "educar" os interessados que, por ventura, tenham problemas de equilíbrio orçamentário. 


O Ambiente do Escritório Financeiro permite que se construa monitores de acompanhamento dos principais produtos financeiros que possam auxiliar os interessados em "checar" as respectivas taxas de juros que vigoram atualmente, bem como simular investimentos programados e seus respectivos custos financeiros


Vale ressaltar que este estudo tem a finalidade exclusivamente de aferição do aprendizado acadêmico.




MONITORAMENTO SEMANAL  - SEMANA 29


A Renda Fixa é composta por ativos que correspondem a títulos de dívidas, sendo os bancos, as empresas e o Governo Federal, as diferentes emissoras desses títulos, pois precisam do dinheiro para financiar algum empreendimento ou custo de produção.

 

Na Renda Fixa, geralmente são as debêntures que possuem maior rentabilidade, dado a sua maior propensão ao risco, ou seja, é mais arriscado emprestar o dinheiro para uma empresa, do que por exemplo colocar o dinheiro na poupança, no Banco, por isso, os investidores cobram mais por essa operação. No caso da poupança, esta apresenta o menor retorno do ano, dado que está entre os investimentos mais seguros do país, abaixo apenas dos títulos do Tesouro Direto, que são garantidos pelo Governo Federal.

 

O desempenho dos ativos de Renda Fixa estão atrelados à variação da taxa Selic, taxa básica de juros da economia e são influenciados por fatores como o endividamento do país, o nível da inflação, a relação internacional com outros países e entre outros fatores macroeconômicos. No cenário atual, esses ativos apresentam uma boa rentabilidade, com a Selic em 10,50% ao ano, sendo a perspectiva futura uma manutenção dessa taxa, ou seja, permanecerá nesse patamar até o final do ano, de acordo com o Boletim Focus. Já nos próximos anos, a previsão é de queda até 9% a.a em 2027, de acordo com o Boletim. No entanto, o mercado prevê algo diferente, uma alta para os próximos anos, com DI futuro para Janeiro de 2027 a uma taxa de 11,43%, nesta sexta-feira, contrariando o relatório Focus. 























Conclui-se que o mercado de Renda Fixa está com rentabilidade anual atrativa até esta semana do mês, à frente de muitos investimentos considerados mais arriscados, na renda variável. Além disso, com uma perspectiva de alta nos próximos anos, o que poderá aumentar a rentabilidade de títulos pós-fixados na Selic, ou então, diminuir o retorno na marcação a mercado, em caso de venda antecipada de títulos pré-fixados. 

 

No mês de junho, a taxa Selic se manteve com uma variação de 0,79% no mês, porém, diferente dos meses anteriores, não foram as debêntures que apresentaram maior retorno, mas sim o Tesouro IPCA, dado que o IPCA obteve uma queda no mês, com uma variação de 0,21%, sendo a variação do mês anterior de 0,46%, de acordo com o IBGE. Dessa forma, ao obter uma queda da taxa do IPCA no mês de junho, o preço do título aumenta na marcação a mercado, resultando no maior retorno do mês entre os ativos de Renda Fixa.

 

No mês de Julho, as taxas andam muito próximas a 0,55% em sua variação nominal, do dia 1 de julho ao dia 19 de julho, com Selic em 0,55% até esta semana do mês. O destaque deste mês, até o dia de hoje, são os CDBs, com referência na TBF (Taxa Básica Financeira), que variou cerca de 0,84%, refletindo um aumento no custo de transações financeiras e de ativos prefixados do Tesouro Nacional, no mercado secundário. Uma notícia relevante nesta semana foi o lançamento de CDB que rende 130% do CDI e com aporte mínimo de R$1,00, pelo Mercado Pago, o que pode ter impactado os custos de transações medido pelo TBF.

 

Como os investimentos apresentam oscilações diariamente por diversas razões, vale salientar que uma carteira de investimentos deve ser bem diversificada, segundo o investidor clássico, Benjamin Graham.

 

 

João Gabriel Ferreira Dias - Assessor Acadêmico da Sala de Ações

Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia - Coordenador da Sala de Ações

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