domingo, 30 de junho de 2024


 O Escritório Financeiro da Sala de Ações da UFPB foi criado para dar treinamento aos integrantes do projeto no que diz respeito ao "atendimento" ao público dos principais assuntos de finanças pessoais. O objetivo é treinar alunos para a elaboração de planejamento financeiro, orçamento familiar, criação de reservas de emergências, soluções de dívidas, previdência privada e previdência social, investimentos em renda fixa e investimentos em renda variável. 


Nos últimos anos o projeto tem efetuado atendimentos de mais de 400 pessoas com uma taxa de performance de mais de 80% (ou seja, 80% de resoluções de problemas apontados pelos interessados consultados). A equipe é treinada por meio de oficinas, minicursos, workshops e treinamentos temáticos para despertar a solução dos desafios reais sobre Educação Financeira. Atualmente o projeto mantém uma forte parceria com o PROCON PB, construindo um ambiente de atendimento aos interessados que procuram o PROCON para negociações e mediações no que se refere as finanças pessoais. Nossa meta é oferecer uma sala ambiente para "educar" os interessados que, por ventura, tenham problemas de equilíbrio orçamentário. 


O Ambiente do Escritório Financeiro permite que se construa monitores de acompanhamento dos principais produtos financeiros que possam auxiliar os interessados em "checar" as respectivas taxas de juros que vigoram atualmente, bem como simular investimentos programados e seus respectivos custos financeiros.


Vale ressaltar que este estudo tem a finalidade exclusivamente de aferição do aprendizado acadêmico.


Alguns conceitos são importantes destacar e podem ser apreendidos a partir de nossa cartilha de Educação Financeira <<Cartilha2ed>>       

Vale a Pena Baixar a Cartilha.


Dívidas

 

A palavra "dívida" frequentemente carrega uma conotação negativa para muitas pessoas, devido à falta de compreensão sobre o que realmente constitui uma dívida e a lógica de crédito associada a ela. Essa aversão é agravada pela situação de muitas famílias que se encontram endividadas e de indivíduos em estado de superendividamento, ou seja, em dificuldades para sobreviver enquanto tentam pagar suas dívidas. Contudo, é importante destacar que, quando a Serasa menciona que mais da metade da população está endividada, ela inclui tanto dívidas consideradas ruins quanto aquelas que podem ser vistas como boas.

O objetivo deste relatório é apresentar uma visão abrangente sobre o mundo das dívidas, proporcionando uma compreensão clara de sua lógica. Além disso, busca orientar os indivíduos para que, caso seja necessário contrair uma dívida, que isso ocorra de maneira racional e que a dívida seja classificada como uma "dívida boa".


Diferenciação entre Dívidas Boas e Ruins

 

Para introduzir o conceito de dívidas boas, é essencial entender como uma dívida pode ser considerada benéfica. Vamos analisar a seguinte situação: João estabelece uma relação de crédito com seu banco com a intenção de financiar um carro. Existem duas possíveis finalidades para este financiamento:

 

  1. Situação 1: João adquire um segundo carro para uso pessoal, visando maior conforto e logística para ele e sua família. Neste caso, o financiamento resultará em uma saída de dinheiro mensal para o pagamento das parcelas, sem gerar um retorno financeiro direto. Portanto, essa é considerada uma dívida ruim.
  2. Situação 2: João financia o carro com o intuito de trabalhar como motorista de aplicativo, o que proporcionará uma renda extra. Neste cenário, a dívida gera um retorno financeiro que pode, eventualmente, superar o custo das parcelas do financiamento, configurando-se como uma dívida boa.

 

As características de uma dívida ruim incluem seu propósito estritamente voltado ao consumo, o que resulta na diminuição do patrimônio do consumidor. Em contrapartida, uma dívida boa é sustentável e contribui para o aumento do patrimônio do consumidor, através da geração de renda ou valorização de ativos.

 

A Lógica do Crédito

 

Em uma relação de crédito, sempre há a presença de duas partes: o credor e o devedor. O credor é a parte que concede o empréstimo, acreditando no retorno do valor emprestado, enquanto o devedor é aquele que solicita o empréstimo e se compromete a devolvê-lo conforme acordado.

 

Para que essa relação funcione adequadamente, é essencial que o credor conheça bem o devedor, a fim de avaliar o risco associado ao empréstimo. Existem diversas maneiras pelas quais o credor pode realizar essa avaliação:

 

  1. Histórico de Pagamentos: O credor pode analisar o histórico de pagamentos do devedor em relação a outros empréstimos solicitados anteriormente. Esse histórico fornece uma visão sobre a confiabilidade do devedor em cumprir suas obrigações financeiras.
  2. Relação com Instituições Financeiras: O credor pode examinar a relação do devedor com a instituição financeira específica e com outras instituições financeiras. Isso ajuda a entender o comportamento financeiro geral do devedor.
  3. Pontuação de Crédito: A pontuação de crédito, como a fornecida pela Serasa, é um indicador importante do risco de crédito. Uma pontuação alta sugere que o devedor tem um bom histórico de crédito, enquanto uma pontuação baixa indica maior risco.
  4. Garantias: O credor pode utilizar o bem que o devedor deseja adquirir como garantia. Isso significa que, em caso de inadimplência, o credor tem um meio de recuperar o valor emprestado.

 

Com essas ferramentas, os bancos e outras instituições financeiras conseguem avaliar de forma eficaz o risco de emprestar dinheiro a um determinado devedor. Quanto mais segura for essa relação, melhores serão as condições oferecidas ao devedor, facilitando o acesso ao crédito de forma sustentável e benéfica para ambas as partes envolvidas.


Precauções antes de entrar em uma dívida:

 

Agora olhando sob o ponto de vista do devedor, ele deverá se preocupar com o seu histórico de pagamentos e com a sua relação nos Bancos onde tem vínculo, procurando não estar inadimplente antes de entrar em uma nova dívida e estudar bem as taxas de juros do mercado, que variam para cada tipo de crédito, dado ao nível de segurança que esses tipos proporcionam para o credor, o banco. Dessa forma, na intenção de ajudá-lo a estudar as diferentes modalidades de créditos, a Sala de Ações disponibiliza uma ferramenta de acompanhamento das taxas dos principais tipos de crédito do mercado financeiro. Ademais, o consumidor pode verificar as seguintes questões antes de pedir um empréstimo:

 

a) Orçamento financeiro:

 

O orçamento é essencial para identificar quanto de renda entra no mês e quanto sai, de modo a entender o padrão de vida do consumidor e se há dinheiro disponível para o pagamento de parcelas em um contrato de dívida. A dívida não deve comprometer mais do que 30% da renda do consumidor, caso contrário, as instituições financeiras irão olhar mais negativamente para o seu cliente, entendendo que este não tem boa capacidade de organização das suas finanças.

 

A Sala de Ações disponibiliza uma planilha de orçamento financeiro.

 

b) Pontuação no Serasa:

 

Basta baixar o aplicativo do Serasa no seu celular, se cadastrar e verificar a sua pontuação, bem como histórico de dívidas anteriores. Essa pontuação terá peso na hora que o Banco for analisar seu devedor.

 

c) Verificar custos e contrato:

 

Ler o contrato do empréstimo com atenção, reconhecer o valor da multa em caso de atraso e exigir cópia do contrato antes de fechar o negócio. Bem como, prestar atenção nos custos de crédito envolvidos, verificando não somente a taxa de juros empregada, mas também o Custo Efetivo Total (CET), o qual engloba todos os custos envolvidos na operação.

 

d) Verificar se a instituição está autorizada a funcionar pelo Banco Central, ou conveniada ao INSS e levantar o número de reclamações. Isso pode ser visto por meio deste site: https://www.bcb.gov.br/meubc/encontreinstituicao.








Precauções antes de entrar em uma dívida:

 

Agora olhando sob o ponto de vista do devedor, ele deverá se preocupar com o seu histórico de pagamentos e com a sua relação nos Bancos onde tem vínculo, procurando não estar inadimplente antes de entrar em uma nova dívida e estudar bem as taxas de juros do mercado, que variam para cada tipo de crédito, dado ao nível de segurança que esses tipos proporcionam para o credor, o banco. Dessa forma, na intenção de ajudá-lo a estudar as diferentes modalidades de créditos, a Sala de Ações disponibiliza uma ferramenta de acompanhamento das taxas dos principais tipos de crédito do mercado financeiro. Ademais, o consumidor pode verificar as seguintes questões antes de pedir um empréstimo:

 

a) Orçamento financeiro:

 

O orçamento é essencial para identificar quanto de renda entra no mês e quanto sai, de modo a entender o padrão de vida do consumidor e se há dinheiro disponível para o pagamento de parcelas em um contrato de dívida. A dívida não deve comprometer mais do que 30% da renda do consumidor, caso contrário, as instituições financeiras irão olhar mais negativamente para o seu cliente, entendendo que este não tem boa capacidade de organização das suas finanças.

 

A Sala de Ações disponibiliza uma planilha de orçamento financeiro.

 

b) Pontuação no Serasa:

 

Basta baixar o aplicativo do Serasa no seu celular, se cadastrar e verificar a sua pontuação, bem como histórico de dívidas anteriores. Essa pontuação terá peso na hora que o Banco for analisar seu devedor.

 

c) Verificar custos e contrato:

 

Ler o contrato do empréstimo com atenção, reconhecer o valor da multa em caso de atraso e exigir cópia do contrato antes de fechar o negócio. Bem como, prestar atenção nos custos de crédito envolvidos, verificando não somente a taxa de juros empregada, mas também o Custo Efetivo Total (CET), o qual engloba todos os custos envolvidos na operação.

 

d) Verificar se a instituição está autorizada a funcionar pelo Banco Central, ou conveniada ao INSS e levantar o número de reclamações. Isso pode ser visto por meio deste site: https://www.bcb.gov.br/meubc/encontreinstituicao.





João Gabriel Ferreira Dias - Assessor Acadêmico da Sala de Ações

Prof. Dr. Sinézio Fernandes Maia - Coordenador da Sala de Ações







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